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Mostra assinala trajetória do Grupo Divulgação

Cena do espetáculo "O Triunfo do Apocalipse", de José Luiz Ribeiro, apresentado em 2010

Cena do espetáculo “O Triunfo do Apocalipse”, de José Luiz Ribeiro, apresentado em 2010 (Foto: Jesualdo Castro)

Comemorando os 47 anos da apresentação do primeiro espetáculo do Grupo Divulgação, o Forum da Cultura, da UFJF, acolhe em sua Galeria de Arte, a mostra “Marcos do GD”.  A exposição fotográfica apresenta registros de espetáculos encenados ao longo da trajetória do GD.

Clicados por diversos fotógrafos, como Reginaldo Arcuri, Mazinho, Amado Neto, Jesualdo Castro, Marcus Martins, dentre outros, a mostra documenta, pontualmente, alguns espetáculos e poderá ser visitada de segunda a domingo, das 14 às 20:30h, até o dia 14 de julho. A entrada é gratuita.

A exposição

Composta por dezenove obras em diversos tamanhos, a coletânea “Marcos do GD” visa dividir com os visitantes alguns momentos importantes do grupo, além de rememorar a história da companhia teatral mais antiga da cidade.

“Marcos do GD” traz como destaque, um espaço com fotografias em preto e branco, um trabalho de revelação, num tempo em que a tecnologia exigia um esforço de alquimista do fotógrafo, preso em seu laboratório.

Espetáculos de diversas datas, como “Seis personagens à procura de um autor”, de 1973, estão representados nas fotografias, além de montagens mais recentes, como “Bailes da Vida” (2008), “Porcaria em Águas Claras” (2008) e “O Triunfo do Apocalipse” (2010).

Dentre as produções teatrais representadas destacam-se “Yerma” (1973), que contou com a partitura musical de Maurício Tapajós, feita especialmente para o espetáculo; “O Escorial” (1971), realizada onde hoje é a Câmara Municipal de Juiz de Fora, prédio que seria destinado a ser uma casa das artes; “A Escada de Jacó” (1995), também premiado em festival nacional, no qual Márcia Falabella ganhou o prêmio de melhor atriz, no papel de D. Sara; “Veredas da Salvação”, apresentada exatamente quando o Forum da Cultura assina um convênio com o Ministério da educação para a grande reforma que aconteceu em 1993; “Esta noite se improvisa”, apresentada em 1984, considerada a melhor, entre as dez melhores peças, da faixa Rio/São Paulo, pela revista “Afinal” e “O Devoto” (1997), com texto de José Luiz Ribeiro, baseado em um conto de Edmilson Pereira.

Também podem ser apreciadas, fotografias da montagem “Seis personagens à procura de um autor”, de 1973, – peça que recebeu uma vasta premiação no Primeiro Festival Nacional de Teatro Amador (Fenata) -, além de “Arlequim, servidor de dois amos” (1975), finalista da representação dos festivais em Minas Gerais e “Calígula” (1976), espetáculo comemorativo dos 10 anos do Divulgação.

Para José Luiz Ribeiro, diretor fundador do Grupo Divulgação, comemorar mais um aniversário é de fundamental importância – “o grupo está completando 47 anos de trabalho, com uma quantidade muito grande de espetáculos apresentados, e principalmente, projetos, como o “Escola de Espectador”, que oportuniza a freqüência ao teatro, sistematicamente. Esse projeto é o nosso trabalho de extensão, buscando cada vez mais a construção da cidadania”.

Próximo de completar seus 50 anos de teatro, com mais de 102 textos escritos e 237 direções, dentro e fora do Divulgação, José Luiz acredita que, “a memória do Grupo está sendo preservada através dessas fotografias que nós consideramos marcos de determinadas cenas e da própria história do grupo”.