Homenageando Santo Antônio, Padroeiro da cidade, o Forum da Cultura, da UFJF, celebrando os festejos de junho, exibe a exposição “Festa Junina”, no Museu de Cultura Popular. A mostra exalta as tradicionais festas populares do mês e pode ser visitada de segunda a domingo, das 14h às 20:30h, até o dia 30. A entrada é gratuita.
Em ritmo de arraiá
Realizada desde 1999, a tradicional exposição de “Festa Junina” comemora os santos do mês de junho: Santo Antônio, São João e São Pedro. Em sua 14ª edição, a mostra conta com peças que representam os festejos folclóricos, danças, rituais, brincadeiras e simpatias.
A alegria da data encontra-se representada de várias formas, como em imagens e esculturas de casais de noivos, bandas de música, santos, festas na roça e peças que representam algumas danças típicas das festas juninas, como a ciranda, a dança do pau-de-fita, a dança da cobra e o Bumba-meu-boi. Também poderão ser apreciadas, as imitações dos famosos trios nordestinos. O Bumba-Meu- Boi tem várias representações, incluindo alguns conjuntos de jogos de damas e xadrez.
A festa junina é mostrada com suas barraquinhas, quadrilha e casamento na roça na maquete produzida pelo Núcleo de Criação Cenográfica, em 2005. Decorada com bandeirinhas, e, apresentando um estilo característico de pequenas cidades, a peça traz os principais ícones das festas de junho.
O caráter interativo é que a exposição oferece ao público um cantinho da sorte. Simpatias de Santo Antônio ligadas ao casamento mostram o universo lúdico ao visitante. O espectador poderá “tirar a sorte” e “desvendar” o futuro, através da interpretação dos signos.
De procedências variadas, como Ceará, Pernambuco, São Paulo, Salvador, Vale do Jequitinhonha, Maranhão, Portugal e Juiz de Fora, as peças expostas resgatam a cultura e a beleza desses festejos populares.
Santos de Junho
Abrindo as festividades temos o padroeiro de Juiz de Fora, Santo Antônio, comemorado no dia 13. O patrono da cidade é ainda referência nas simpatias para as moças casadoiras, por ser aclamado como “santo casamenteiro”. Nascido em Lisboa e morto em Pádua, o santo foi incorporado às comemorações juninas pela religiosidade portuguesa.
Durante o ano, as igrejas católicas celebram o santo com a distribuição do “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a tradição, que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que não falte alimentação em casa. O Santo é objeto de punições quer, roubando o menino Jesus das imagens ou, sendo colocado de cabeça para baixo até que a fiel arrume casamento.
Dando continuidade aos festejos, temos a noite de São João, celebrada no dia 24 e conhecida como a mais fria e longa do ano. Daí a tradição das fogueiras e do barulho da festa, como palmas, foguetes e muita música, para espantar as almas penadas. Encerrando as comemorações, no dia 29, celebra-se São Pedro, o porteiro do céu.
Comemoradas nos quatro cantos do país, as festas juninas chegaram ao Brasil numa tradição religiosa portuguesa e, ao longo dos tempos, foi agrupando outras manifestações culturais de diversas regiões do mundo. De natureza eclética, a festa junina brasileira incorporou a dança da quadrilha francesa, o ritmo do pau-de-fita europeu, os fogos de artifício e os balões de inspiração chinesa.