Está em cartaz na Galeria de Arte, do Forum da Cultura, da UFJF, até o dia 2 de junho a mostra “Detalhes Naturais”, realizada com fotografias do Clube dos Fotógrafos Amantes da Natureza.
“Detalhes Naturais” é composta de 46 obras, de 15 integrantes do Clube, com o objetivo de mostrar os pequenos detalhes que estão à nossa volta, em contato com a natureza, e quase ninguém percebe.
A arte da fotografia em prol da natureza é o objetivo deste Clube de Fotógrafos de Juiz de Fora. Por meio da técnica de imortalizar o movimento da vida através das lentes fotográficas, o grupo que, abriga fotógrafos profissionais e amadores, expressa sua criatividade, através da captura das curiosidades oferecidas pela mãe natureza.
A mostra está aberta à visitação, de segunda a domingo, das 14h às 18h, com entrada franca.
A natureza em detalhes
O Clube dos Fotógrafos foi criado em 1998 por Antônio Marques, um grande apreciador da fotografia. O grupo não possui fins lucrativos e concentra, em média, 36 integrantes ativos.
Nas palavras do presidente da entidade, Milo Sabião, “fazer parte deste “Clube” é unir o útil ao agradável, é estarmos em constante parceria com pessoas que nos são caras, fazendo uma atividade artística, cultural e física, em contato com a natureza que tanto gostamos e admiramos”.
Periodicamente, o Clube organiza exposições coletivas no intuito de divulgar seus trabalhos. Dessa forma, “Detalhes Naturais”, apresenta uma coletânea de obras dos fotógrafos, Milo Sabião, Flávio Motta, Fábio Singulani, Marco Aurélio Thomaz, Renato Miranda, Walter dos Santos Silva, Neli Gouvêa Silva, Mônica Bara, Eliane Nunes, Ivanir Tavela, Rosângela Ribas, Ronan Corrêa, Mercedes Braga e Semiramis Marques.
Para Milo, a proposta da exposição é “dividir com o público um pouquinho dos sentimentos que batem na alma de cada fotógrafo do Clube, ao conseguir “copiar” o mais fiel possível, os detalhes que dificilmente as pessoas percebem”. Ele explica que, cada uma das fotografias que compõem a mostra, possuem um sentido especial. “O significado é poder mostrar um misto de trabalho e prazer, trazendo para as pessoas um pouco do que vivemos e fazemos com a ajuda da natureza, em detalhes quase que imperceptíveis”.
Os visitantes podem esperar muita beleza e preciosidade em “Detalhes Naturais”, não só pelo fato de expor interpretações inusitadas, como também apresentar visões da natureza.
Um dos destaques da exposição é uma foto de uma teia de aranha, capturada pela fotógrafa Mônica Bara. Essa “teia de aranha”, que geralmente só a observamos quando “sujam” nossa casa, ou quando esbarramos nelas sem querer. Guardando proporções, são mais duras que o aço, e servem de morada segura e local de sobrevivência. Além de serem verdadeiras obras de arte da natureza, impõem sua beleza a cada posição que se olhe.
O ambiente também conta com a foto de um inusitado coqueiro na praia do Aventureiro, na Ilha Grande, Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. “O detalhe é que esta árvore foi açoitada fortemente por uma “ressaca” do mar, vindo a cair, tendo desbarrancado sua base e exposta suas raízes, o que a fez ficar na horizontal. Mas, por incrível que pareça não se abateu. Simplesmente continuou a crescer, sendo um dos cartões postais daquele paraíso.
A mostra conta ainda, com algumas fotos de fungos, que são micro maravilhas em detalhes, que só a natureza poderia fazer; a captura de um grande “furo” em uma rocha na beira do mar, em Jericoacoara no Ceará, que por isto também é cartão postal de lá, além de muitas outras.
O grupo utiliza as mais diversificadas técnicas e táticas possíveis, unindo talento e conhecimento, nas mãos de artistas complexos, como Renato Miranda, Mônica Bara, Flávio Motta, e, apresentando outros que utilizam simplesmente o instinto e a vontade de fotografar. Milo afirma – “Utilizamos desde as mais complexas máquinas fotográficas, às mais simples amadoras. Tudo para buscar um único objetivo: fazer arte através de nossas lentes”.
Para ele, “expor no Forum da Cultura, é coroar o trabalho com a glória dos grandes espaços culturais que esta casa representa na cidade e emoldurar as fotos com a moldura da importância cultural que o trabalho merece.