Fechar menu lateral

Forum da Cultura abre exposição “Cestaria”

 

A mostra reúne 75 peças organizadas no Museu de Cultura Popular e na Galeria de Arte

O Forum da Cultura, da UFJF, apresenta a mostra “Cestaria”, no Museu de Cultura Popular e na Galeria de Arte. Reunindo diversas peças de trançado artesanal, a exposição fica em cartaz do dia 19 de fevereiro até o dia 03 de março. As visitas podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 14 às 18 horas. A entrada é franca.

A individualidade do artesanato

Destacando a beleza de objetos e utensílios do dia-a-dia de certas comunidades, como povos indígenas, afros e populações ribeirinhas, as produções artesanais representadas em “Cestaria” carregam em si uma parte da cultura destas pessoas. Seja em tamanho real ou representações do objeto em miniatura, cestas, armadilhas de pesca, balaios e outras peças são construídos com capricho, utilizando materiais como palha, cipó, corda, bambu e até mesmo capim.

Além de produções nacionais, a exposição conta também com peças de diversos países, e, consequentemente, de diversas outras culturas: Portugal, Angola, Colômbia, China, Marrocos, Tunísia e Venezuela. O objetivo da mostra é celebrar a produção artesanal e toda a sua peculiaridade, uma vez que uma peça manufaturada é sempre diferente de outra, tornando-a uma obra de arte única e insubstituível.

A arte singular e minuciosa do trançado

Esse tipo de artesanato possui uma infinidade de técnicas e uma variedade de formas, espessuras e composição material. A arte encontrada nos trançados da cestaria revela um fazer secular, com peças, geralmente criadas, segundo sua função.

A cestaria começou a ser usada como utensílio doméstico. Sua origem se confunde com os períodos mais arcaicos da civilização. A técnica foi enormemente utilizada pelos índios na fabricação de cestos para transportar objetos ou armazenar alimentos. Com a comercialização, os índios passaram a fabricar outros tipos de peças de fundo decorativo como pulseiras, colares e armadilhas para pesca.

No Brasil, a cestaria surge em todas as tribos indígenas, devido à acessibilidade e abundância de matéria prima. Para os índios, o fato de o trançado estar diretamente ligado à sua utilidade não diminui seu valor simbólico e narrativo.

A influência da cultura negra fez do bambu, cortado em tiras finas e delgadas um material para produção de cestos e balaios. Das palmeiras surgiram redes, esteiras e abanos que fizeram o conforto das sinhazinhas, diante do calor tropical.

A utilização da tinta, tirada das sementes e da cebola fervida, deu ao artesanato um colorido novo que passou a habitar as vitrines chiques das lojas de artesanato, recebendo elogios e espalhando a técnica em vários pontos de cultura.

O Forum da Cultura da UFJF fica na Rua santo Antônio, 1112, Centro. Mais informações no site www.ufjf.br/forumdacultura ou pelo telefone (32)3215-3850.