Das viagens encantadas de Marco Polo às narrativas das grandes navegações, o homem se encanta com a diferença e alteridade de outros povos. A “Festa das Nações” sugere um passeio pelo mundo a partir da iconicidade de espaços sacralizados como representação de uma cidade ou país.
Cada viajante guarda um objeto que marque sua passagem por uma determinada cidade. Estes fetiches se configuram como chaves das narrativas de viagens, passeios e acontecimentos especiais. A identidade de cada cidade se configura em histórias que se contam através de monumentos, paisagens, templos ou edifícios.
Percebendo a necessidade de conservar estas lembranças, os artistas e artesãos criaram réplicas, desenharam cartões, fotografaram ou inventaram mascotes. Esta indústria de pequenos objetos fomentou renda que saía das barracas de feiras populares e ocupou as lojas especializadas em artesanato ou lembranças de viagens.
Circular por essa mostra incentiva o visitante a identificar monumentos representativos de cidades famosas. A Torre Eiffel será sempre uma lembrança de Paris; a réplica do Davi, de Michelangelo, evocará Florença; o Big Ben lembrará Londres e a baiana vestida em verde e amarelo simbolizará o Brasil.
Os homens precisam de símbolos para abastecer sua memória. Esta exposição é uma reunião de muitos deles. O Museu de Cultura Popular convida para uma viagem no imaginário de cada viajante que circulou pelo mundo. É o momento de acordar lembranças e resgatar do fundo da memória a experiência vivida e a alegria usufruída.