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Anvisa libera o produto “Kit Estéril”

Há cinco anos uma inquietação pessoal levou o médico mastologista Geraldo Sérgio Vitral a estudar o diagnóstico mais preciso do câncer de mama por meio da aplicação de um novo produto. Com a parceria e a orientação da professora da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Nádia Rezende Barbosa Raposo, o chamado “Kit Estéril” é o primeiro da instituição a ser viabilizado para comercialização na área da saúde. A previsão é de que o kit esteja disponível no mercado para uso médico ainda neste semestre.

Segundo Nádia, a concepção do produto é advinda dos “casos clínicos não tão bem resolvidos por limitações técnicas percebidas na prática”. Em 10 de janeiro deste ano, o “Kit Estéril” recebeu a certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pela liberação e certificação de novos produtos sob vigilância sanitária no país. A professora destaca que esse passo foi primordial na corrida para a criação do produto, que será lançado com o nome BLD-Marker – Kit Marcador Tecidual para Cirurgia Radioguiada, e está sendo produzido pela empresa Saldanha Rodrigues Ltda., com representação em São Paulo e Manaus.

Ela explica que o processo de liberação pela Anvisa segue pontos importantes, como a avaliação da sua eficácia e segurança. “A empresa compradora encaminha o protótipo a uma indústria para produção em larga escala e, em seguida, à Anvisa, comunicando-a sobre a produção desse lote piloto e sobre a utilização para pesquisa clínica.” Com a liberação da Anvisa, a empresa compradora trabalha, agora, na confecção do design final para, enfim, colocar em circulação.

Conforme os pesquisadores, essa criação traz inúmeros benefícios, como novas parcerias com indústrias nacionais e internacionais e também geração de emprego. “O ponto mais importante desse trabalho é, sobretudo, a melhoria da qualidade do tratamento do paciente que alcança 100% de eficácia”, assegura Nádia. Sérgio afirma que essa aprovação valoriza o que é produzido no âmbito da UFJF, demonstrando que produtos criados aqui têm aplicabilidade e inserção no mercado. “Isso gera novos produtos, novas ideias e cria uma projeção internacional para a universidade.”
Além da comercialização, os estudos para a criação do “Kit Estéril” foram publicados em um capítulo do livro “1º tratado de Mastologia”, editado pela Sociedade Brasileira de Mastologia, em setembro de 2010, de autoria dos pesquisadores.

Fonte: Diretoria de Comunicação – UFJF.

Para acessar a matéria na íntegra, acesse a página da UFJF.