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Facom é destaque no prêmio Oddone Turolla de Jornalismo

Elisabetta Mazocoli e Nayara Zanetti venceram na categoria impresso, Davi Sampaio ficou em segundo e Gabriel Landim venceu o prêmio na TV. Désia Souza foi finalista no rádio e Thais Mariquito também foi uma das finalistas no prêmio na categoria de mídias digitais

 

Egressos da Faculdade de Comunicação da UFJF (Facom/UFJF) foram destaque no prêmio Oddone Turolla de jornalismo. A premiação, realizada na quarta-feira, 23, é uma iniciativa do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio). Os prêmios foram divididos em  seis categorias: geral, impresso, estudante, internet, rádio e tv e com a presença de faconianos em sua maioria. 

O prêmio, lançado em 2024 e já consolidado como uma das principais iniciativas de valorização da imprensa regional, tem como objetivo reconhecer trabalhos que se destacam pela qualidade, profundidade e relevância na cobertura de temas ligados ao comércio e ao desenvolvimento econômico de Juiz de Fora e região. As vencedoras da categoria impresso, Elisabetta Mazocoli e Nayara Zanetti além de se formarem na Facom, também realizam mestrado na mesma instituição. “Foi uma sensação muito gratificante participar e ganhar junto com a minha amiga Nayara, fizemos essa matéria juntas, e ver o impacto que o jornalismo pode ter e ver que o que a gente está fazendo está sendo visto é uma sensação única”, afirma Elisabetta.

Para ela, a Facom cumpriu um papel de abrir portas para novos projetos e uma possibilidade de desenvolvimento do pensamento crítico. “Ainda continuamos desenvolvendo nosso pensamento crítico na Facom e  pensando em como nós podemos ser jornalistas melhores. Toda a nossa formação vem dessa base, que é uma base com muita qualidade, que dá um norte de como atuar como jornalistas em diferentes frentes, tanto no impresso quanto no digital, na TV, no rádio. E isso é muito importante, fora que abre muitas portas, destaca.

Elizabetta Mazocoli e Nayara Zanetti ao receberem o prêmio Oddone Turolla de Jornalismo. Reprodução. acervo pessoal

confira a reportagem vencedora 

 

Dobradinha da Facom

Nesta mesma categoria, o jornalista formado na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Davi Sampaio, também foi um dos finalistas. “Decidi me inscrever no prêmio depois que entregaram um panfleto e vi que o tema era sobre desenvolvimento da cidade. Lembrei de uma matéria que eu tinha acabado de fazer sobre o Tupi, envolvendo os credores do clube”, explica Sampaio.

O jornalista salienta que conseguiu um documento exclusivo, que listava todos os credores e o valor total da dívida, algo que muita gente sempre quis saber. “Quando somei tudo, cheguei a aproximadamente R$ 23 milhões. Foi um furo e tinha tudo a ver com o prêmio, porque o futebol também é desenvolvimento: movimenta patrocinadores, atrai público aos estádios, gera venda de camisas, turismo e toda uma cadeia econômica”, detalha.

Davi Sampaio trabalha desde cedo na área e participou de projetos relacionados ao esporte na Facom. Reprodução: acervo pessoal

Sobre o resultado na premiação, ele  destaca a importância da instituição na sua formação e a sensação de felicidade ao ser finalista deste prêmio, mesmo sendo tão jovem e com pouco tempo de profissão. “Fiquei muito feliz e surpreso com o segundo lugar, porque só soube que era finalista no próprio dia da premiação.” Formado desde março deste ano e com a importante colocação no prêmio, apesar de concorrer com profissionais mais experientes, aponta que as disciplinas mais aprofundadas, que demandam apuração em documentos e investigação, realmente valem a pena.

“A Facom é o meu berço. Tive grandes professores, como Talison Vardiero, Ricardo Bedendo, Rodrigo Barbosa, Álvaro Americano, entre outros, que sempre estiveram comigo. Desde que entrei na faculdade, já sabia que seguiria na área esportiva, então sempre busquei me aprofundar nessa área: conhecer a cidade, entender o entorno do esporte local. Eu jogo futebol também, então estou sempre presente nesse meio. E a Facom sempre me permitiu ter contato com profissionais renomados da área, que me auxiliaram em tudo”, finaliza.

Confira a reportagem 

Facom em Ação 

Na categoria TV, o doutorando em comunicação, Gabriel Landim, venceu a premiação com a reportagem sobre como o aumento da arrecadação do imposto único pela prefeitura afeta os prestadores de serviço da cidade. Ele salienta que, em um cenário marcado pela desinformação e pela superficialidade do ambiente digital, a televisão segue tendo um papel essencial na construção de credibilidade e na defesa do interesse público. “O nosso trabalho mostra a cara da cidade, retrata a sociedade e representa os interesses do público. É um telejornalismo de empatia, que se coloca no lugar do outro e que eu acredito muito: com uma apuração rigorosa e sustentado por dados, mas que também dá voz a quem vive as histórias, trazendo sentido às narrativas audiovisuais”, complementa. 

Gabriel Landim recebendo o prêmio Oddone Turolla. Reprodução: acervo pessoal

Além disso, para Landim, a conquista vai muito além do reconhecimento profissional: ela simboliza uma trajetória marcada por esforço, dedicação e pela busca constante de fazer um telejornalismo comprometido com a sociedade. “Sempre sonhei em fazer o que faço hoje e, ao conquistar esse espaço, pude cumprir o papel de trazer à tona o interesse público e dar voz às pessoas. Isso é o que me emociona e me move diariamente, é o que me motiva a buscar qualidade e aprofundamento em cada reportagem. Esse prêmio é gratificante não só pela maneira como eu conduzo as reportagens, mas principalmente por esse esforço contínuo de defender os interesses das pessoas”, finaliza.

Confira a reportagem vencedora

Finalista na categoria rádio 

Já na categoria rádio, a jornalista formada pela Facom, Désia Souza também foi uma das finalistas. O seu projeto intitulado “Entre Prédios e Histórias” conta sobre as edificações históricas entre o Parque Halfeld e o Mercado Municipal, e o “Café com História”, que parte da Catedral, descendo pela Espírito Santo e segue até a parte baixa da Halfeld. “No meu projeto, escolhi falar sobre memória e história porque Juiz de Fora é uma cidade com uma história rica, potente e de vanguarda. É importante que as pessoas a conheçam para valorizar sempre as nossas raízes”, destaca Désia.

A ex-faconiana, que participa pela terceira vez, já levou o prêmio geral e venceu a categoria rádio em 2018 e acha importante o reconhecimento do rádio e de ter feito a graduação na Facom. “Eu me graduei na Facom há 20 anos, tenho orgulho da minha formação. Tive professores que me marcaram muito, sobretudo com atividades práticas e que eram capazes de mostrar o quanto precisamos estar antenados, atentos ao feeling e time jornalístico. O jornalismo é uma atividade que a gente amadurece no dia a dia, é dinâmico, se transforma. Somos cada dia mais multiplataforma e, nesse contexto, ter uma base sólida, técnica e ética faz toda a diferença”, finaliza.

Désia é jornalista e formada na Facom há 20 anos. Créditos: Mayara Fernandes / Itatiaia JF

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Finalista na categoria mídias digitais 

A faconiana Thais Mariquito também foi uma das finalistas no prêmio na categoria de mídias digitais. A ex estudante da Facom realizou um projeto sobre a relação do Bar do Futrica com a história de Juiz de Fora  e relata que a Facom a auxiliou muito na arte de contar histórias de maneira humanizada. “A Facom me ajudou muito na minha formação, sou muito grata de ter estudado lá. Ela me ajudou a me formar como uma profissional melhor e a fazer um jornalismo muito humano e direto”, relata. 

Thais Mariquito, ex- aluna da Facom e finalista do prêmio Oddone Turolla de jornalismo na categoria mídias digitais. Reprodução: acervo pessoal

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