Em celebração ao Mês do Orgulho LGBTQIAPN+, a Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (Facom/UFJF) promove, nos dias 24 e 25 de junho, o 1º Ciclo de Conversas – Experiências LGBTQIAPN+ em Comunicação, com o tema Narrativas de #Orgulho: Como contar histórias de vida de pessoas LGBTQIAPN+ no audiovisual. O evento é gratuito, aberto ao público, contará com emissão de certificados e acontecerá no auditório da Faculdade.
A programação tem início na terça-feira (24), às 14h, com a mesa “Produção Audiovisual e Políticas de Fomento: Como contar a sua própria história”, ministrada pela produtora Edileis Ferreira Novais. À noite, a partir das 18h, serão exibidos documentários produzidos por estudantes e egressos da UFJF, que abordam vivências trans, bissexuais e lésbicas:
Após a exibição, haverá uma conversa com os realizadores sobre os bastidores das produções.
Na quarta-feira (25), as atividades começam às 14h, com a aula aberta “Telenovela e Representações LGBTQIAPN+”, conduzida pelo professor Rafael Fialho. À noite, será exibido um episódio da série LGBT+60: Corpos que resistem, com a presença virtual do autor da produção, Yuri Fernandes, jornalista egresso da Facom.
Em seguida, acontece a conversa “Do encontro com os personagens à estreia no Globoplay: bastidores de LGBT+60”. A programação se encerra com a exibição do curta performático Tynna, de Rodrigo Medsan, seguida de um bate-papo com o autor. A noite termina com sorteio de livros e brindes, além do convite para participar do Grupo de Estudos – Experiências LGBTQIAPN+ em Comunicação.
O evento é organizado pelos professores Rafael Fialho, do Departamento de Métodos Aplicados e Práticas Laboratoriais, e Maurício Vieira Filho, professor substituto do Departamento de Fundamentos, Teorias e Contextos.
Segundo Fialho, a proposta surgiu do desejo de unir a discussão sobre o audiovisual – área em que atua como pesquisador – com reflexões sobre identidades dissidentes. “A gente está falando não só de uma formação técnica e conteudista, mas também humanística. É muito importante falar de vivências dissidentes que ainda não são bem aceitas na sociedade e que também enfrentam preconceito no campo profissional do audiovisual”, afirma.
Para a estudante Olivia Furiati, que fará a estreia do documentário neste evento, participar da iniciativa é uma oportunidade de ouvir vozes de grupos e pessoas geralmente invisibilizados. “Quando a faculdade abre as portas para que possamos debater esse tipo de assunto, costumeiramente esquecido, silenciado e repleto de estigmas e preconceitos, percebemos que a instituição se apresenta como um espaço de trocas e um fórum de debates que vê possibilidades na diversidade e nos diálogos que ela pode representar e significar para toda a comunidade acadêmica”, finaliza.
Confira abaixo a programação detalhada:
TERÇA-FEIRA | 24 de junho
Local: Auditório da Facom
14h – Mesa de Abertura
Tema: Produção Audiovisual e Políticas de Fomento: Como contar a sua própria história
Convidada: Edileis Ferreira Novais (produtora executiva de projetos audiovisuais)
Conversa sobre formas de viabilizar narrativas autorais, especialmente de pessoas LGBTQIAPN+, no campo do audiovisual independente.
18h – Mostra de Curtas e Documentários
Exibição de produções realizadas por estudantes e egressos da UFJF:
19h30 – Roda de Conversa com Realizadores
Conversa aberta com os autores das produções, mediada por docentes da Facom.
QUARTA-FEIRA | 25 de junho
Local: Auditório da Facom
14h – Aula Aberta
Tema: Telenovela e Representações LGBTQIAPN+
Ministrante: Prof. Rafael Fialho
Aula integrante da disciplina “Telenovela”, discutindo como as identidades LGBTQIAPN+ têm sido abordadas em produtos televisivos de grande alcance.
18h – Exibição de Episódio da Série “LGBT+60: Corpos que Resistem”
19h – Conversa: Do encontro com os personagens à estreia no Globoplay: bastidores de LGBT+60
Convidado: Yuri Fernandes (jornalista, egresso da Facom e autor da série)
Bate-papo sobre a produção da série documental e os desafios de representar vivências LGBTQIAPN+ da terceira idade.
O autor compartilha sua experiência em narrar, por meio da performance, a história de Tina Medsan, primeira travesti a compor os quadros da Comissão de Constituição e Justiça.