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Programação

Programação

 

A seguir você encontra informações sobre a programação da XXIV Semana de Estudos Clássicos.

 

Horas / Dias 12/09, Segunda 13/09, Terça 14/09, Quarta 15/09, Quinta
10h – 12h  Recepção dos
participantes
Minicursos Minicursos Minicursos
12h – 14h  Almoço Almoço  Almoço  Almoço 
14h – 16h Reunião
do GREC
Sessão de
Comunicações
A e B
Sessão de
Comunicações
E, F e G
Sessão de
Comunicações
K e L
16h – 18h Reunião
do GREC
Sessão de
Comunicações
C e D
Sessão de
Comunicações
H, I e J
 
Sessão de
Comunicações
M e N
 
18h – 19h        
19h – 21h Palestra 1
(Abertura)
 Palestra 2 Palestra 3 Palestra 4
(Encerramento) 
21h Concerto de
Coro e Cordas
    Apresentação
Teatral

 

 

Minicursos

Os minicursos ocorrerão pela manhã nos dias 13, 14 e 15 de Setembro (terça, quarta e quinta-feira), das 10h às 12h. Serão emitidos certificados aos participantes que assistirem aos três dias de aula. Para saber mais sobre a ementa dos minicursos, basta clicar nos respectivos títulos abaixo.

Só é possível se inscrever em um (1) único minicurso.

1. Presença dos clássicos nas literaturas modernas
 – Profa. Dra. Prisca Rita Agustoni de Almeida Pereira – UFJF
 – Profa. Dra. Bárbara Inês Ribeiro Simões Daibert – UFJF
 – Prof. Dr. Alexandre Graça Faria – UFJF

2. Iniciação à métrica clássica romana
 – Prof. Dr. Beethoven Alvarez – UFF

3. Metamorfose da negatividade e da negação na filosofia antiga
 – Prof. Dr. Pedro Calixto – UFJF (Dep. Filosofia/ICH)

4. Da Poética grega à autonomização da arte na Roma clássica
 – Prof. Dr. Wellington Ferreira Lima – UNIFAL

5. Cerâmica: narradora da história
 – Profa. Dra. Sandra Minae Sato – UFJF (IAD)

 

Palestras

Serão ministradas as palestras pelos seguintes professores:

Palestra 1. Horacianas de Haroldo de Campos, um juiz de fora
Prof. Dr. Brunno Vinicius Gonçalves Vieira (Unesp-Araraquara)

Palestra 2. Efeitos da expressividade métrica dos senários iâmbicos de Plauto
Prof. Dr. Beethoven Alvarez (UFF)

Palestra 3. Justiça divina e contingência na elegia às Musas de Sólon (13W)
Prof. Dr. Teodoro Rennó Assunção (UFMG)

Palestra 4. Tradução e (des)colonização: os casos de Electra, Orestes e Medeia
Profa. Dra. Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa (UFMG)

 

Comunicações

Veja neste arquivo PDF a distribuição de todas as sessões de comunicações.

 

Ementas

 

Minicurso 1: Presença dos clássicos nas literaturas modernas

Virgílio e Dante por Prisca Agustoni:

O minicurso começará, no dia 13/09, com a Divina Comédia de Dante Alighieri. A imagem do poeta itálico descendo aos infernos guiado por Virgílio é uma representação poderosa da própria constituição da tradição ocidental: Odisseu primeiro liderou a nékyia homérica, mas será sob a proteção do poeta mantuano e seu Enéias que Dante atravessará as sombras da selva oscura no Renascimento do século XIV. Se as narrativas da antiguidade greco-romana fizeram nascer o canto dantesco, este, por sua vez, trilhou o caminho para as modernas literaturas vernáculas.

Édipos e Macbeth por Bárbara Simões Daibert:

No dia 14/09, o minicurso abordará possíveis entrelaçamentos entre as peças Édipo Rei, de Sófocles, Édipo, de Sêneca e Macbeth, de Shakespeare. Para tanto, investigaremos inovações no modo de representação trágica em Shakespeare a partir do estudo da definição aristotélica da tragédia. Por outro lado, também serão abordados o conceito de livre-arbítrio e sua inserção na tragédia elizabetana, assim como a construção do herói trágico nas três peças em questão, e as diferenças e aproximações possíveis entre os dois Édipos (de Sófocles e de Sêneca) e o herói trágico shakesperiano. 

Tudo o que volta volta mendigo? por Alexandre Faria:

No dia 15/09, a proposta será testar como a cena do retorno de Ulisses e seu reconhecimento por Argos, na Odisséia, constitui uma matriz que é retomada em diversas obras da literatura moderna, em especial, a brasileira. A reflexão parte da função identificada na análise estruturalista como a do retorno do herói. Essa função cumpriria o papel de estabelecer e fixar valores ideológicos em torno das ideias de lar e família na interface entre o animal e o humano; o selvagem (instintivo) e doméstico? A partir dessa indagação, que se desdobrará numa reflexão de cunho social e político, a reflexão será feita em torno de diferentes configurações da família brasileira, vistas em três textos básicos: “O portão”, canção de Roberto Carlos; “Amor”, conto de Clarice Lispector; e “Linda, uma história horrível”, conto de Caio Fernando Abreu.

 

Minicurso 2: Iniciação à métrica clássica romana

Este minicurso tem o objetivo de providenciar uma breve iniciação à compreensão da versificação da poesia romana. Diferentemente da versificação de língua portuguesa, o verso dos romanos se organizava ritmicamente a partir do sequenciamento de sílabas longas e breves, e não tônicas e átonas. Então, precisaremos primeiramente discutir características da métrica quantitativa do verso romano, para estudarmos, em seguida, alguns princípios de prosódia e métrica importantes à composição poética desse verso. Dado o caráter diminuto de um minicurso, vamos nos ater muito especificamente a dois tipos de verso: o hexâmetro datílico (de Virgílio e Horácio) e o hendecassílabo falécio (de Catulo). Pretendemos imprimir um ritmo muito prático ao minucurso, levando os participantes a metrificarem e analisarem diversos exemplos selecionados de versos.

 

Minicurso 3: As metamorfoses da negação e da negatividade no pensamento grego

Há mais de um século que a negação se encontra na cena das ciências. Os debates contemporâneos sobre a negação que opõem Heidegger a Hegel; Reinach, Husserl a Psicologia; Heidegger, Carnap e Wittgenstein; Sartre, Bergson a Heidegger constituem a prova. A negação é um ato de grande complexidade. Onipresente em todas esferas da língua (morfologia, léxico, proposição, enunciação) com funções variadas, o que torna impossível uma abordagem homogênea. No mínimo cinco disciplinas: linguística, lógica, epistemologia, psicologia e filosofia manifestam interesse sobre a negação e a negatividade.  Estudando a evolução da negação no pensamento grego (de Parmênides a Proclus, passando por Platão, Aristóteles e Plotino) o minicurso levanta as seguintes questões: negar consistiria simplesmente em declarar inválida uma conexão de ideias no interior de uma proposição? Será que o «não» que se encontra nas proposições negativas constitui simplesmente o sinal de um aniquilamento de algo preexistente? Negar significa ocultar uma afirmação anteriormente manifesta?  Seria legítimo interpretar a diversidade dos modos da negação como simples diferença de aspecto? Enfim, qual o estatuto e a origem da negação?

 

 

Minicurso 4: Da Poética grega à autonomização da arte na Roma Clássica.

Na Metafísica e na Ética a Nicômaco, Aristóteles opõe Poética a Theoría e a Práxis como os tipos de saberes do homem. Especificamente, ela é o saber das coisas produzidas, daquelas que podem-não-ser. Esse estatuto do saber, que inclui a literatura e tem na tékhné (ou ars) seu modo de ser, pressupõe um estado de coisas em que arte e vida são íntimas e indissociáveis. A observação dos escritores do período clássico romano, por outro lado, demonstra uma forte tensão no que diz respeito ao lugar da arte no seio do grupo. Diferente do pensamento tripartite da Grécia Clássica, a oposição noscere x agere dos romanos remete a uma fase de forte autonomização e estetização da arte até que a neo-retórica e o cristianismo forcem a uma reconfiguração dos discursos.

 

Minicurso 5: Cerâmica: narradora da história

A produção cerâmica está presente em todas as culturas, de forma ininterrupta, desde a origem da Terra. Ao testemunhar a evolução do homem, a cerâmica também foi sujeita das diversas mudanças de pensamento, especialmente na história da arte.

Este minicurso teórico busca apresentar, resumidamente, os diferentes papéis da cerâmica como uma narradora da história da humanidade, demonstrando a versatilidade da matéria e a multiplicidade conceitual deste meio de expressão tão primitivo quanto além de seu tempo. Da pré-história, com as esculturas ritualísticas; passando pelos vasos gregos e romanos, que além das funções utilitárias representaram a gênese dos registros históricos; das representações políticas, sociais e culturais dos tempos modernos até as expressões contemporâneas, a cerâmica também apresenta versatilidade e adaptabilidade para atender as influências de estilo, apropriações, releituras críticas e traduções entre diferentes linguagens.

 

 

Palestra 1: Horacianas de Haroldo de Campos, um juiz de fora

A poesia da antiga Roma é um campo, embora ubérrimo, muito desgastado pelo uso. Ceifaram-na os antigos posseiros do Lácio e a Igreja Romana. Hedonistas, moralistas, vanguardistas. Libertários, totalitários, panfletários. Olhando esse campo, a partir desta altura que nos encontramos no século XXI, é possível entrever, aliás, que a sua fertilidade deve-se muito a essa multiplicidade de cultivadores. A universidade, ou se se quiser a academia, tem sido historicamente a grande preservadora e, por isso, o grande juiz desse legado. Mas, por uma óbvia resistência ao reacionarismo, nós, professores/estudantes de latim, que estamos autorizados a responder oficialmente por ele, ganhamos sempre muito quando abrimos nossas certezas e testamos nossos limites, a partir de pontos-de-vista excêntricos como, no caso da presente fala, aquele do poeta e crítico literário que foi Haroldo de Campos. Tratarei, então, da recepção não passiva do passado latino levada a cabo por Haroldo, especialmente a partir de algumas de suas traduções de Horácio. A considerá-lo um juiz de fora, não aquele do passado colonial, mas de uma perspectiva contemporânea, procurarei mostrar como algumas de suas contribuições tradutórias e críticas têm renovado a leitura da poesia da antiga Roma.

 

Palestra 2: Efeitos da expressividade métrica dos senários iâmbicos de Plauto

Nesta palestra, pretendo apresentar minhas análises de passagens selecionadas das peças cômicas Persa e Estico de Plauto (255-184 a.C.) compostas em senários iâmbicos, versos conhecidos por serem formados por seis iambos e por serem próprios dos momentos sem acompanhamento musical das comédias romanas. Meu objetivo será demonstrar que a variedade métrica interna desses versos pode possuir expressivo valor poético e dramático. Mais especificamente, argumentar que esse valor expressivo se deriva do fato de que a organização métrica dos senários iâmbicos da comédia romana não encerra apenas uma prosódia prosaica nem parece possuir um ritmo tão “solto” cuja distinção possa ser questionada. O estudo de Morgan (2010), que resgata a posição de grande importância e centralidade do metro na literatura latina, evidenciando-a por meio de uma interpretação que busca entender sentidos e o poder expressivo da métrica latina; e, principalmente, a leitura de Gratwick e Lightley (1982), cuja interpretação parte da ideia de que sequências de sílabas breves podem apresentar indícios de variedade rítmica como “meio de expressão”, são o referencial teórico que, entre outros, suportam minhas reflexões. 

 

Palestra 3: Justiça divina e contingência na elegia às Musas de Sólon (13W)

Nesta palestra, pretendo apresentar brevemente – a partir de uma tradução inédita e provisória – aquela que é a maior e inteira elegia (76 versos) do lendário Sólon, poeta e legislador de Atenas, cujo auge de vida foi no começo do século VI a. C., tentando pensar como poderiam se articular teológica e eticamente as duas distintas (e não facilmente conciliáveis) proposições que definem as duas grandes metades (primeira: 1-32; segunda: 33-76) desta elegia, gênero (grego arcaico) cuja ocasião básica e preferencial era o banquete: 1ª) a justiça divina, e particularmente a de Zeus, que atuaria punindo, mesmo que não imediata e diretamente (e sim a um longo prazo e sobre a sua descendência), aquele que adquire riqueza ilicitamente (donde o desejo apenas de uma fortuna lícita e concedida pelos deuses); 2ª) a contingência da ação humana nas várias atividades, ou, na formulação do próprio Sólon, o fato de que “há perigo em todas as ações, pois ninguém sabe/ como há de resultar um empreendimento começado” (65-66), sendo, portanto, constitutiva do humano a simultânea imprevisibilidade e inexorabilidade daquilo que acontece, formulada em imagem religiosa como a divindade “Lote” (Moîra), que “aos mortais traz o mal e o bem” (63), ou como “os dons inescapáveis (dôra áphukta) dos deuses imortais” (64), e que, em certos casos, pode parecer paradoxalmente oposta e ininteligível a um padrão humano de justiça (cf. 67-70), ao que se acrescenta ainda a percepção crítica de um ilimitado e insaciável desejo de riqueza precisamente por parte daqueles que já têm o máximo de recursos (cf. 71-73).

 

Palestra 4: Tradução e (des)colonização: os casos de Electra, Orestes e Medeia

Num curto trecho de um percurso mais longo, vou apenas tentar motivar os ouvintes para algumas questões sobre tragédia, tradução e (des)colonização. O projeto como um todo se apropria do conceito de resiliência, escolhido como referência para a 13ª edição do Festival Internacional de Teatro de Belo Horizonte do ano de 2016 (Fit-BH-2016). Nesse sentido, a proposta que aqui se apresenta, enriquecida por essa contribuição, foi elaborada e vem sendo apresentada desde o IIº Congresso da Sociedade Brasileira de Retórica, quando a peça ateniense Medeia foi traduzida e encenada na íntegra no Parque das Mangabeiras (BH, 2012). Desde então traduzimos e encenamos em salas de aula Electra e Orestes, ambas de Eurípides.

 

Apresentação Musical: Concerto de Coro e Cordas

Programa (35 a 40 minutos)

MONTEVERDI, Claudio (1567-1643)
Madrigais:

1. Zefiro torna e’l bel tempo rimena (SV 108, do 6º livro de madrigais, Veneza, 1614) [5’]
Texto: Francesco Petrarca (1304-1374)

2. Movete al mio bel suon: Prima parte; Seconda parte (SV 154, do 8º livro de madrigais, Veneza, 1638) [5’30”]
Texto: Ottavio Rinuccini (1562-1621)

BACH, Johann Sebastian (1685-1750)
Moteto:

3. Lobet den Herrn, alle Heiden (BWV 230) [6’30”]
Texto: Salmo 117

MOZART, Wolfgang A. (1756-1791) 
Ofertórios:

4. Misericordias Domini (K 222, München, antes de 1765) [7’]
Texto: Salmo 89:1

5. Benedictus sit Deus: I. Allegro; II. Andante; III. Allegro (K 117, Salzburg, 1769?) [8’30”]
Texto: Salmo 66:1,2,13,14
Solo de Soprano: Tamara Medeiros

Ficha técnica 

CORO ACADÊMICO DA UFJF

Coordenação: Prof. Willsterman Sottani Coelho

Vozes: Sopranos: Arlana Dias, Cecília Fajardo, Profª. Eliane Bettocchi, *Letícia Villela, Luísa Mendonça, Michelle Flores, Polyana Monteiro, Tamara Medeiros; Contraltos: Ana Maria Vieira, Izabella Pinheiro, Joseli Souza, Letícia Lourenço, *Monique Magalhães, Patrícia Guaracy, Priscila Carminate; Tenores: Fernando Pereira, Flávio Scaraboto, Guilherme Magalhães, *Pedro Zaiden, Victor Cassemiro; Baixos: *Felipe Braga, *Guilherme Oliveira, Matheus Aquino, *Max Bastos, Vinícius Santos

Monitoria: Arlana Dias (leitura e acervo); Polyana Monteiro (técnica vocal e acervo).

Treinamento Profissional: Tamara Medeiros (técnica vocal, transcrição fonética e acervo); Letícia Lourenço (edição de partituras).

Extensão: Caroline Netto (edição de vídeo); Nívea Ferreira (imagem e difusão).

Participações do LABORATÓRIO DE PERFORMANCE HISTORICAMENTE INFORMADA

Coordenação: Profª. Mayra Cristina Pereira

Instrumentistas convidados: Prof. Eliézer Isidoro (Violino); *Bruna Caroline (Violino); Prof. Álisson Berbert (Violino e Viola); TAE Raquel Rohr (Violoncelo)

REGÊNCIA

Prof. Willsterman Sottani Coelho

* Participantes voluntários.

Histórico

CORO ACADÊMICO DA UFJF

O Coro Acadêmico da UFJF é um projeto de Ensino, Pesquisa e Extensão desenvolvido pelo Departamento de Música do Instituto de Artes e Design (IAD) da UFJF. Nascido no interior da disciplina de Canto Coral, o grupo é atualmente constituído por cantores selecionados ‒ alunos da disciplina “Coro Acadêmico”, docentes colaboradores e participantes voluntários.

Desde sua criação, em fevereiro de 2015, o Coro Acadêmico da UFJF realizou 8 concertos, incluindo concertos de gala nas edições 26ª e 27ª do Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora (2015 e 2016), além de diversas participações em grandes eventos de Música Coral em Juiz de Fora. Até o momento, o Coro Acadêmico da UFJF atingiu diretamente quase de 2.700 pessoas em suas plateias – e ainda conta com canais de difusão no YouTube e no FaceBook.

PROF. WILLSTERMAN SOTTANI COELHO

Mestre em Música pela UFMG, na linha de pesquisa em Performance Musical, desenvolveu a pesquisa “Técnicas de ensaio coral: reflexões sobre o ferramental do Maestro Carlos Alberto Pinto Fonseca”. Desde 2014, é professor de Regência pelo Departamento de Música do IAD-UFJF. De 2006 a 2014, foi professor pela Escola de Música da UEMG e, de 2009 a 2010, pelo Departamento de Música da UFSJ. Desde 2001, tem sido regente de coros, orquestras e bandas, dos quais foi titular em sete grupos. Destacam-se os projetos “Ars Nova Coral da UFMG” (Belo Horizonte, segundo semestre de 2008) e “Coro VivAvoz” (Tiradentes, MG, 2007 a 2010), do qual é fundador, através do projeto “Órgão de Tiradentes ‒ patrimônio de todos nós”, patrocinado pela Petrobras e pelo Itaú Cultural. Como compositor, desde 1999, dedica-se à pesquisa de parâmetros para nivelamento de dificuldade de repertório coral, com fins didáticos e de performance. De suas 21 obras, destaca-se o “Oratório de Páscoa para cantores solistas, coro e camerata de sopros”.

PROFª. MAYRA CRISTINA PEREIRA

Doutora em Musicologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Mestre em Cravo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Bacharel em Cravo pelo Conservatório Real de Haia, Holanda. Realizou seus estudos de Cravo e Música Antiga com renomados professores brasileiros e europeus como Rosana Lanzelotte, Edmundo Hora, Marcelo Fagerlande, Alessandro Santoro, Homero Magalhães Filho, Carlos Alberto Figueiredo, Jacques Ogg, Patrick Ayrton, Ton Koopman, Olivier Baumont e Fabio Bonizzoni. Integrou o grupo Pró-Música Colonial Brasileira, sob direção de Pedro Couri Neto, de 1998 a 2002, apresentando-se em diversas cidades brasileiras. Foi primeira cravista da Italian Continuo Orchestra do Conservatório Real de Haia em 2008 na montagem da ópera Euridice de Jacopo Peri na Holanda e na Bélgica, sob direção musical de Christina Pluhar. No mesmo ano foi cravista acompanhadora do 19º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga em Juiz de Fora. Desenvolveu seus estudos de Órgão no Conservatório Estadual de Música “Haidée França Americano” de Juiz de Fora na classe de Bailinda Heckert e recebeu também orientações da organista Elisa Freixo. É a responsável pela pesquisa e elaboração dos conteúdos expositivos e didáticos sobre instrumentos musicais do portal Musica Brasilis e da exposição interativa Rio Música – Cinco Séculos de Música no Rio, em cartaz em vários centros culturais do Rio de Janeiro de 2012 a 2015. É professora do Departamento de Música da Universidade Federal de Juiz de Fora, onde criou o Laboratório de Performance Historicamente Informada (LaPHI), e autora do livro “Do Cravo ao Pianoforte no Rio de Janeiro – panorama de suas histórias e características”.

 

Apresentação Teatral: O mito de Orfeu e Eurídice

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Um dos mitos mais conhecidos, representado através das grandes operas que perpetuam no tempo e no espaço, ganha a palavra através da voz e do corpo, torna-se um texto dramatizado. Onde é narrado o amor além da vida entre o musico mais talentoso da Grécia, Orfeu, e a Ninfa mais bela da floresta, Eurídice. Nesta versão, optamos por trabalhar com a Teogonia onde Orfeu é um Semideus apadrinhado por Apolo, Deus do Sol e das Artes, filho da musa Calíope e do rei Eagro. O drama/trágico narrado pelas moiras ancestrais da mitologia grega, conta sobre o despertar do amor de Orfeu, pela ninfa Eurídice. Eles se apaixonam, se casam e começa a trilhar uma vida feliz. O que parecia ser então uma vida normal, se transforma em dor, levando Orfeu a desafiar forças quem nem mesmo os deuses eram capazes de desafiar. “Um deus, sábio como você, fala como se a beleza fosse capaz de perder uma cabeça dotada de razão como a minha ou a tua. Nós, que somos mais que meros seres brutos, dominamos a arte e a natureza, não devemos nos perder diante a beleza que encanta a todos. Aos simplórios sim, eles devem se preocupar, ela sempre os levará à perdição”. “Mas, lembre-se: não se deve carregar a soberba dos deuses e a ingenuidade dos homens. Esta é uma mistura perigosa demais para uma só criatura”.

Por que Mito, por que Mitologia? Os mitos gregos estão por toda parte ainda hoje. Estas maravilhosas narrativas, que um dia povoaram não só a imaginação como também a vida cotidiana de todo um povo, de sua cultura e religião, perduraram no tempo e ainda hoje fascinam escritores, cineastas, escultores, psicólogos, antropólogos e principalmente o Público de toda idade em toda parte. Levando conhecimento, histórias fascinantes, culturas jamais imaginadas, renovando esperança e trazendo inspiração. A Mitologia ecoa nos tempos e não deixa de marcar presença em história nenhuma. Por isso não devemos deixar de montá-las, experimentá-las, vivenciá-las. O crítico literário e sociólogo das artes Gyorgy Lukács ao responder a Marx sobre o porquê de lermos as epopeias e a literatura clássica até hoje, diz que nela está a verdadeira arte: “A verdadeira arte, portanto, fornece sempre um quadro de conjunto da vida humana, representando-a no seu movimento, na sua evolução e desenvolvimento”. Portanto, é de suma importância para o artista e o ator, investigar e experimentar a força primordial de toda a arte ocidental, e as histórias que são pilares do próprio teatro, tal qual conhecemos hoje; e também, trazer essas histórias para o formato de nosso tempo.

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Drama/Trágico “O Mito de Orfeu e Eurídice” DURAÇÃO: 70 MIN CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 12 anos   Dramaturgia: Adryana Ryal Direção/Coordenação: Adryana Ryal Colaboração Textual: Tiago Fontoura, Anderson Ferigate, Anderson Vieira, Rafael Gomes Iluminação: Gil Santos Operador: Anderson Mozão Trilha Sonora: Livia Steffany, Danyela Silvério, Adryana Ryal e Marcus Adler Tema de Orfeu e Eurídice: Lívia Steffany Cenografia: Adryana Ryal e Tiago Fontoura Figurino: Adryana Ryal, Danyela Silvério Maquiagem: Adryana Ryal e João Lucas Rocha Coreografia: Anderson Mozão Técnica: Anderson Mozão, Stefane Ribeiro, Mário Galvanni Art Designer: João Lucas Rocha Produção: Adryana Ryal Produção Executiva: Lei Murilo Mendes.

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Elenco: Com: Adryana Ryal , Danyela Silvério, Livia Steffany, Luana Caren, Pablo Abritta, Anderson Ferigate, Luidy Mendonça eTiago Fontoura. Direção, Coordenação e Dramaturgia: Adryana Ryal.

Eis o folder da peça em sua versão frente-e-verso:

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