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Um pequeno grande homem: Arthur Arcuri

A Universidade Federal de Juiz de Fora e toda a arquitetura modernista brasileira perderam, na madrugada de segunda-feira, dia 24, aos 97 anos, o mais importante expoente da Arquitetura Moderna da cidade, Arthur Arcuri. Um dos seus principais projetos é o Plano do Campus da UFJF com seus institutos, de 1965. Em reconhecimento à contribuição de seu ex-professor, a Universidade instituiu luto de três dias.

Nascido em Juiz de Fora, em 26 de fevereiro de 1913, Arcuri era filho do Comendador Pantaleone Arcuri e de Christina Spinelli. Mesmo não sendo arquiteto de formação (na verdade, graduou-se em Engenharia Civil, na Escola Nacional de Engenharia, no Rio de Janeiro), Arcuri dedicou-se a projetos arquitetônicos, sobretudo nas décadas de 40 e 50, vindo a assumir, posteriormente, a companhia do pai, a Pantaleone Arcuri.

Ex-diretor do Museu Mariano Procópio, o primeiro museu de Minas Gerais, conviveu com expoentes do modernismo, como Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Burle Marx, Candido Portinari e Di Cavalcanti. Foi também amigo de Murilo Mendes, Carlos Drummond de Andrade e de João Guimarães Vieira, o Guima, segundo o jornalista e pesquisador Jorge Sanglard.

Devido à importância de seu trabalho, foi citado na enciclopédia Labor, publicação espanhola, como um dos pioneiros da ”Nova Arquitetura Brasileira“. Seu nome também figura no Dicionário Brasileiro de Artes Plásticas, do Instituto Nacional do Livro, além de outras relevantes publicações nacionais.

A Faculdade de Engenharia está de luto por três dias, em homenagem póstuma a este grande engenheiro, arquiteto, professor e, sobretudo, um homem à frente de seu tempo, homenageado com a medalha JK 2008.