Fechar menu lateral

Enem pode substituir 1ª fase do vestibular da UFJF

A UFJF deve intensificar o uso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no vestibular do final do ano. A tendência é que a prova do Governo federal possa substituir a primeira etapa da seleção ou seja responsável pela disputa de um percentual de vagas reservadas especificamente para este fim. Com a adesão da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na semana passada, ao teste do Ministério da Educação (MEC), esta expectativa ganha força, como avalia o pró-reitor de Graduação da UFJF, Eduardo Magrone. A instituição de Belo Horizonte era a única do estado que ainda não havia aderido ao exame, mas anunciou, para a próximo processo seletivo, o uso do Enem como primeira fase de sua avaliação. “A decisão da UFMG certamente influencia um possível aprofundamento da nossa adesão. A universidade é uma instituição muito respeitada, que será citada nos nosso debates”, adianta Magrone. No ano passado, a UFJF aproveitou o Enem pela primeira vez na história de sua seleção, criando um modelo novo aos oferecidos como possibilidades pelo MEC. A prova do Governo atualmente pode substituir a primeira etapa do concurso caso a nota do candidato seja superior.

Para que as tendências e especulações sobre o Enem sejam realidade na UFJF, entretanto, ainda é preciso que a questão entre em debate no Conselho de Graduação (Congrad). O Conselho Superior (Consu), não obrigatoriamente precisa ratificar a decisão, mas pode ser consultado, como aconteceu com a proposta aprovada em 2009. Todo este processo está previsto para acontecer depois do dia 20 deste mês, quando será finalizada a eleição da nova reitoria da instituição. “Há uma tendência de aprofundamento, mas ainda haverá muito debate. A adesão da UFJF ao Enem ainda é tímida, até porque, quando esta foi resolvida, se tratava de uma fase inicial de todo este processo. Mas muitas coisas evoluíram, mudaram. A partir do dia 20, vamos poder nos dedicar a este debate”, ressalta Magrone.

‘Bom critério de avaliação’
Na UFMG, a defesa do processo é forte e, se depender do reitor Clélio Campolina, será intensificada no interior. “O Enem é um bom critério de avaliação do ensino médio, é democrático, dá mais capilaridade e tem efeitos muito importantes de pressão para a melhoria do ensino fundamental e médio.” Segundo ele, o exame nacional deve ser entendido como um critério universal para medir o desempenho do ensino médio no Brasil e ainda vai exercer uma pressão positiva sobre o sistema educacional brasileiro. “Isso vai forçar a escola fundamental e a escola média, principalmente a escola pública, a adequar o seu comportamento para assegurar um desempenho adequado. Isso é um grande avanço em termos de construção democrática. A melhoria da escola pública promove a igualdade de oportunidades.”

Fonte: Tribuna de Minas, 16/05/2010