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O Laboratório de Telecomunicações Aplicadas (LTA) da Faculdade de Engenharia implementou uma rede experimental de acesso que possibilita o serviço de Internet das Coisas (IoT – Internet of Things).

O conceito de IoT consiste na conexão de diversos dispositivos, tais como sensores e atuadores, à Internet de forma a possibilitar o monitoramento e a atuação em qualquer dispositivo através da rede. Uma das tecnologias que pode propiciar este tipo de serviço é a tecnologia LoRa (Long Range). Diferentemente das tecnologias sem fio tradicionais, como o WiFi, o LoRa visa aumentar o alcance ou raio de cobertura da rede, fornecendo porém taxas de transmissão mais baixas, mas proporcionando baixo consumo de potência e mobilidade. As taxas previstas para os transmissores LoRa estão entre 293 bps a 50 kbps.

Portanto, este tipo de rede é ideal para aplicações onde poucos dados são transmitidos por vez, tais como muitas aplicações de sensoriamento remoto ou controle com tolerância ao atraso, isto é, aplicações previstas para o conceito de IoT.

Foi implementado e instalado um gateway LoRaWAN no telhado do prédio Itamar Franco que possibilita o armazenamento de dados transmitidos por terminais que podem estar posicionados em diversos locais do campus da UFJF. Os dados ficam armazenados em um servidor em nuvem chamado de The Things Network (TTN) (abre em nova janela). É possível acessá-lo de qualquer lugar com acesso à Internet.

Assim como o WiFi, a tecnologia LoRa opera em uma frequência não-licenciada (aberta), porém utiliza uma frequência mais baixa (915 MHz), o que possibilita uma maior área de cobertura. A localização mais alta da Faculdade de Engenharia também propicia uma melhor cobertura de todo o campus. Testes preliminares mostraram uma boa recepção no HU e na Faculdade de Odontologia.

Para utilizar a rede é necessário que o dispositivo que se deseja conectar tenha um módulo LoRa acoplado para captura e envio de dados. Os módulos não são caros e podem ser agregados a plataformas como Arduino (abre em nova janela), por exemplo. Assim, cada terminal deve ser cadastrado na rede e configurado em taxa de transmissão e consumo de potência para operar da forma mais adequada a aplicação. Os dados enviados pelo dispositivos pode ser acessados pela TTN e disponibilizados para armazenamento e tratamento local.

O LTA coloca a rede à disposição para aqueles que precisarem em seus trabalhos de ensino, pesquisa e extensão.


Marcos Martins Borges.

Diretor da Faculdade de Engenharia da UFJF.
Prof. Titular – Dep. de Engenharia de Produção e Mecânica.
Faculdade de Engenharia – UFJF.