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PLANO B: MG353 a BR 040

A falta de alternativas para a construção, sem riscos ambientais, de uma nova rodovia atrasa ações que beneficiam a região.

O terceiro adiamento no debate ambiental sobre a rodovia que vai interligar a MG-353 e a BR-040, obra importante para escoamento do tráfego de veículos oriundos da região, chama a atenção não apenas pelos sucessivos recursos, que impedem uma sentença definitiva, mas também pela ausência de propostas alternativas em caso de arquivamento do atual projeto. Já está mais do que claro, independentemente do mérito, que o estado, autor do empreendimento, já deveria ter um plano B, salvo se a obra não estiver dentro de suas prioridades.

Durante recente passagem por Juiz de Fora, o governador Antonio Augusto Anastasia reafirmou que o Aeroporto é uma obra importante, mas advertiu que havia pendências na Agência Nacional de Aviação Civil. Mas nada que se relacionasse com a rodovia. A obra, ademais, não é um benefício apenas para os futuros usuários do Aeroporto Regional, ainda sem data para ser inaugurado. Ela terá, também, repercussão direta no trânsito da área central de Juiz de Fora, hoje sufocado, em parte, pela demanda regional, que nem sempre tem a cidade como destino, mas que é obrigada a cruzá-la para seguir a sua rota.

A interligação entre as rodovias, ora bloqueada pela pendência ambiental, tem que ser levada adiante, mesmo com outro traçado. O Aeroporto, que já vai para o oitavo ano de início das obras, e o escoamento do tráfego são metas que não podem ser abandonadas, devendo, inclusive, ser inseridas nas metas dos candidatos à sucessão estadual. A Zona da Mata, ao curso de décadas, vem experimentando um sucessivo empobrecimento, tendo, por isso, todos os motivos para cobrar uma retomada de rumos.

Fonte: Tribuna de Minas, 14/04/2010, Editorial, página 2