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Grande Colisor de Hádrons

Professores e alunos de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) participam de um dos maiores experimentos da ciência no mundo, no chamado coligerador ou superacelerador de partículas. Na última terça-feira, 30, o Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês) promoveu o encontro de dois feixes de partículas subatômicas – prótons -, em uma energia inédita de 7 TeV (tera-elétron Volts) e velocidade próxima à da luz, reproduzindo momentos após o Big Bang. O estudo prevê ainda a possibilidade de descoberta de outras dimensões e esclarecimentos sobre as diferenças entre matéria e antimatéria, que juntas podem produzir grande energia.

“O objetivo básico com o LHC é conhecer mais profundamente a matéria, quais partículas a constitui. Visa comprovar ainda a existência da partícula de Higgs, que estava prevista teoricamente”, afirma o professor Augusto Santiago Cerqueira, da UFJF, um dos colaboradores da pesquisa internacional. Essa é a chamada “partícula de Deus”, que seria responsável por dotar a massa de toda matéria e traria respostas a dúvidas sobre a formação do universo. “Ela explicaria porque o nêutron tem massa diferente do elétron. E o que isso muda na vida? O poder de transformação do homem sobre a matéria aumenta, melhor se pode trabalhá-la. Um exemplo será com a energia nuclear.”

As partículas criadas nas colisões no acelerador são detectadas por quatro sistemas no LHC, entre eles o Atlas, com o qual a equipe de professores e alunos da UFJF colabora, sendo que o estudante de mestrado Bernardo Sotto Maior está no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), localizado na fronteira da Suíça com a França, onde fica o LHC. O Atlas, uma megaestrutura de cinco andares, disposta a mais de cem metros no subsolo, é constituído de um circuito eletrônico, mecânico e magnético responsável por fazer a leitura das colisões. O choque entre as partículas gera sinais elétricos captados por aparato ao redor do anel de colisão do LHC, de 8,6 quilômetros de diâmetro, os quais são convertidos em sinais digitais. “Cada colisão ocorre a cada 25 nanosegundos, gera uma quantidade de informação que é analisada pelos colaboradores do experimento.”  O professor já teve acesso aos dados da colisão de terça-feira.

Telefone: 2102-3462

Fonte: Assessoria de Imprensa da UFJF, 05/04/2010