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PISM: Disputa abaixo de dois por vaga

EM 85% DOS CURSOS DO PISM

As estatísticas de concorrência e de inscritos no Pism deste ano mostram como o programa seriado está sendo preterido por quem almeja uma vaga na UFJF. Mais de 85% das oportunidades, ou seja, 42 dos 49 cursos, registraram menos de dois candidatos por vaga em um ou em todos os grupos de acesso. Em dez destas graduações, se o concorrente não zerar a prova estará apto para entrar na instituição. Já em outros nove cursos, não houve um único inscrito em um dos grupos. Enquanto as inscrições no vestibular cresceram 47%, as do Pism aumentaram de forma tímida: 6%, passando de 1.929 para 2.049 participantes. Entretanto, se forem analisadas apenas as adesões entre os não cotistas (grupo C), que até 2007 eram os únicos usuários do Pism – o processo do ano passado foi o primeiro a dividir as vagas – houve queda de 9%. Em 2008, também houve diminuição na procura pelo Pism. Trinta e quatro das 45 graduações ofertadas pela instituição no ano anterior não tiveram estudantes inscritos ou registraram disputa igual ou inferior a um candidato por vaga entre os cotistas.

O pró-reitor de Graduação da UFJF, Eduardo Magrone, reconhece uma migração dos candidatos à instituição para o vestibular nos últimos concursos e adianta que a universidade não descarta a possibilidade de ampliação das vagas destinadas ao Pism no próximo ano, como forma de potencializar a procura pelo ingresso seriado. Segundo ele, a atual divisão de oportunidades na proporção de 70/30 (70% do total das cadeiras para quem opta pelo vestibular e 30% para o programa) pode ser um dos fatores desestimulantes para o aluno. “O Pism distribui o desempenho. Quem está bem preparado pode se sentir seguro para disputar menos vagas. Já quem não se saiu tão bem tende a tentar o vestibular. Além do mais, no momento em que a divisão das cotas chegou a 50% no Pism, houve um estreitamento nas probabilidades de admissão dos não cotistas. Isto também influencia.” Ainda em relação à migração do grupo C do Pism para o vestibular, Magrone acredita que estes estudantes têm um comportamento mais pautado pelos cursinhos, que prestam o serviço de capacitar, em todos os sentidos – inclusive orientando sobre chances de aprovação no processo seletivo.

Fonte: Tribuna de Minas, 11/12/2009