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A proposta do Brasil para Copenhague 2009

O governo federal anunciou nesta semana que o Brasil se comprometerá voluntariamente a reduzir as emissões nacionais de gases causadores do efeito estufa em 36,1% a 38,9% até 2020 em relação ao que poluiria se nada fosse feito. Isso quer dizer o seguinte: calculada a tendência de emissão de dióxido de carbono (CO2) e outros similares na próxima década, o Brasil vai tentar contê-la, adotando ações para que o tamanho do estrago ambiental fique menor do que seria se o governo não fizesse nada.

Todos esperavam um número, e acabaram surgindo dois, e ainda por cima com casa decimal. O intervalo foi apresentado pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, em evento que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. “Nosso objetivo é assumir posição política e mostrar que o Brasil tem compromisso com desenvolvimento sustentável”, disse Dilma. Ela explicou que a partir de agora será feito um levantamento das fontes para financiar a redução, com recursos do governo federal, de organismos internacionais, de governos estaduais “que quiserem participar” e da iniciativa privada.

O redutor está dividido em quatro grandes grupos: uso da terra, especialmente controle de desmatamento (24,7% até 2020), agropecuária (4,9% a 6,1%), energia (6,1% a 7,7%) e “outros”, especialmente siderurgia, com a substituição de carvão de desmate pelo originário de replantio de árvores (0,3% a 0,4%). “Não é timida (a meta), é bem proximo de 40% e ninguem prometeu 40%. É uma estimativa. Queria pedir a compreensao para o fato de que é uma tentativa forte do governo. Nao é um fiasco”, disse Dilma.

A saída de divulgar um intervalo, e não um número, é para abrir espaço de discussão com a comunidade científica, com governos e com os diversos setores produtivos sobre os diversos cenários.

Fonte: Site G1, 14/11/2009