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Ciência – Pesquisas sobre Argamassas no Brasil

O professor Pedro Kopschitz Xavier Bastos, do Departamento de Construção Civil da Faculdade de Engenharia, vem desenvolvendo pesquisas sobre Argamassas há muitos anos. Abaixo, o professor Pedro faz uma análise do estado da arte deste tema de grande relevância para a Engenharia Civil.

“A grande maioria das edificações de diferentes tipos e classes sociais possui revestimento de argamassa, seja nas paredes internas, nas paredes externas, nos pisos e nos tetos – até mesmo muitas estruturas de concreto armado são revestidas com argamassa, aumentado sua vida útil. As argamassas à base de cimento constituem partes extensas e volumosas das edificações, podendo contribuir para sua proteção, impermeabilização, estética, isolamento térmico, isolamento acústico e servir de base para aplicação de outros materiais. Falhas no sistema de revestimento, como fissuras e descolamento, significam prejuízos e transtornos, os mais frequentes ligados à infiltração de água pelas fachadas dos edifícios. Como a ocorrência desses tipos de problemas tem sido bastante comum, o meio técnico e científico passou a dar maior importância ao tema.

As pesquisas sobre argamassas começaram a ter maior destaque em meados dos anos 1980, na Europa, primeiramente em institutos da França e, em seguida, em Portugal, para depois tomar corpo no Brasil, quando pesquisadores começaram a se organizar em torno do tema em nosso país.

Os principais trabalhos sobre argamassas têm sido apresentados nos eventos promovidos pela ANTAC – Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído. O mais importante é o Simpósio Brasileiro de Tecnologia de Argamassas, que acontece a cada dois anos, com as seguintes linhas temáticas: Agregados, Aglomerantes, adições e aditivos, Estado fresco de pastas e argamassas, Estado endurecido, Processos de produção, Gestão da produção e aplicação, Desempenho e durabilidade de revestimentos, Técnicas de manutenção de revestimentos, Detalhes construtivos de fachada e Patologias.

As pesquisas têm envolvido as principais universidades do país, entre elas USP, UFG, UFRGS, UFPR, UFSC, UFJF, UFMG, UFBA e UFPE. Na Faculdade de Engenharia da UFJF, o Grupo PARES de Pesquisa Aplicada em Materiais e Construção Sustentável realiza pesquisas nas linhas areia de britagem, agregados reciclados e propriedades das argamassas desde 2003. Atualmente, o PARES desenvolve um projeto apoiado pela Fapemig, intitulado Deformabilidade de Argamassas de Revestimento, que conta com dois alunos de iniciação científica do curso de Engenharia Civil, sob a orientação dos professores Pedro Kopschitz e Afonso Lemonge.

Esta é uma área de pesquisa e trabalho, portanto, já consolidada e muito promissora: existem escolas, laboratórios, investimentos e, principalmente, muito a descobrir e desenvolver. E uma boa notícia: o IX Simpósio Brasileiro de Tecnologia de Argamassas será realizado em Belo Horizonte, em 2011, com a coordenação geral sob responsabilidade da UFJF, em parceria com a UFMG”.

Mais informações: Prof. Pedro Kopschitz (pedrokop@terra.com.br)