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Profissões de futuro no mercado de trabalho brasileiro

Conheça quatro áreas onde devem surgir muitas vagas nos próximos anos: tecnologia, saúde, energia e turismo.

Como vai estar o mercado de trabalho daqui a cinco anos? Olhando para o mundo de hoje, é possível antecipar tendências.

Quase 54 milhões de brasileiros já usam a internet regularmente, mas menos de 14 milhões têm computador em casa. E esse é apenas um dos indícios do grande potencial de crescimento desse mercado no nosso país.

Ampliando as oportunidades para os profissionais do mundo dos computadores e da tecnologia da informação. Como programadores, webdesigners – que fazem as páginas da internet – e engenheiros de sistema.

Opções de trabalho que já existem na capital de Pernambuco, que conta com um dos mais avançados parques tecnológicos do Brasil.

São mais de 100 empresas instaladas no porto digital do Recife, gerando quatro mil empregos diretos e um faturamento anual de R$ 500 milhões.. Além disso, a tecnologia está revelando relações muito produtivas entre áreas aparentemente distantes.

Ele tem diploma de pedagogia. Fez mestrado em psicologia e doutorado em educação matemática. Luciano Meira se reinventou profissionalmente. Hoje ele é consultor de tecnologia.

Por que essa guinada a favor da tecnologia? “Nas minhas pesquisas em educação matemática ficou bastante claro que a tecnologia pode ser um suporte bastante importante para processos de aprendizagem”, diz Luciano Meira, psicólogo e consultor em tecnologia.

Sem abandonar a vocação anterior. “Claro. Mesmo sem abandonar a vocação anterior, como uma contribuição para os processos de construção de novas tecnologias”, conclui.

No Brasil, uma mulher vive hoje em média mais de 76 anos. Um homem, quase 69 anos.

Vidas mais longas que estão gerando mais investimentos em saúde. São gastos com assistência médica e remédios, além de pesquisas para combater doenças.

Assim, o setor pode ser considerado um dos mais promissores. Boa notícia para dentistas, farmacêuticos, profissionais da atividade física e, claro, os médicos.

“A biotecnologia é um mundo novo e tem tudo por fazer. Em diversas áreas, tanto no setor da ética, o setor religioso, da cidadania, mesmo da saúde, tá tudo por fazer…”, diz Ruy Leal, consultor de carreira.

Mesmo com a desaceleração da economia mundial a partir da crise do fim do ano passado, a demanda por energia vai continuar. E as alternativas ao petróleo vão ser ainda mais importantes.

O Brasil pode ser um protagonista nesse cenário, com os biocombustíveis e o gás natural das jazidas do pré-sal. O que vai abrir mais espaço para agrônomos, biólogos, engenheiros agrícolas e de petróleo.

Além de oportunidades para quem trabalha com energia elétrica, como as que vêm surgindo no Maranhão.

As obras da hidrelétrica de Estreito, a 630 quilômetros de São Luis, começaram em 2007. Sete mil empregos diretos e indiretos já foram criados, e outros 13 mil devem ser gerados até a inauguração da obra, prevista para o final de 2011.

Em São Luis, é a companhia fornecedora de energia que vem ampliando a força de trabalho. Harnderson veio do Espírito Santo para trabalhar como trainne. Em três anos, chegou a gerente de gestão comercial.

“Está faltando um pouco de qualificação para os candidatos. Muitas vezes eles estão esperando a companhia contratar para daí eles investirem. Eu acho que eles devem primeiro investir para depois conseguir a vaga”, diz Harnderson Rovay, gerente comercial.

No sudeste asiático, no Oriente Médio e na África, países têm se desenvolvido rapidamente graças ao turismo. O Brasil, que além do litoral e do clima quente também tem áreas de serra e de frio, tem plenas condições de explorar nosso potencial turístico. O que se traduz em vagas para quem trabalha com hotelaria e gastronomia, além de arquitetura e engenharia civil.

“O jovem precisa se preparar a partir de anteontem. Ele precisa entender o que está acontecendo no mundo. Ele precisa se preparar, ele precisa entender e se posicionar. Para onde eu vou? O que vai acontecer comigo. Tá na mão dele. As coisas estão na mão do jovem”, ressalta Leal.

Fonte: Jornal Hoje, 15/6/2009