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Como transformar sua Tese em livro

Para que o conteúdo de uma dissertação ou tese possa ser publicado pela EDITORA UFJF, é necessário que, antes da submissão, o texto seja reformulado, com adequação ao formato de livro e observação de aspectos específicos desse tipo de publicação.

A reescrita deve considerar que se pretende atingir um público mais amplo, menos especializado do que o público- -leitor da tese, o que implica a transposição do discurso acadêmico ao discurso de grande divulgação, com adoção de uma linguagem mais clara e inteligível e reconfiguração da estrutura do texto – deve-se dar atenção especial, por exemplo, à organização dos capítulos e às aberturas e encerramentos de seções. Assim, alguns aspectos devem ser observados:

  • Uma tese acadêmica não é um livro (teses e livros possuem estruturas discursivas próprias).
  • Não existe um único tipo de livro. O autor deve definir com clareza se seu livro terá a forma de um ensaio, uma obra de consulta, um manual, etc. Cada uma dessas “espécies” encerra ordenamentos formais distintos.
  • O autor não deve levar sua tese de doutorado para uma editora. Editores não serão convencidos para aceitar uma proposta “crua” que se adeque aos requerimentos e aspectos formais próprios do livro. É o próprio autor, portanto, que deve assumir a tarefa inicial e decisiva de converter a tese em livro.
  • O “público leitor” ao qual o livro se dirige é uma entidade exageradamente vaga, heterogênea e inacessível. Dentro de tal vastidão, primeiro o autor e, em seguida, de maneira definitiva, o editor devem definir os limites e as características de um público mais concreto. A clareza sobre esse item é vital para determinar o “tom” geral que terá a exposição.
  • Existem certos espaços próprios da tese que devem ser particularmente revistos (inclusive, em muitos casos, diretamente eliminados) para transformar esse gênero acadêmico em um livro. Assim ocorre com as seções reservadas aos contextos teóricos e metodológicos, “estados da arte”, as longas citações textuais que se pensam em função do respeito que determinados autores e obras têm dentro de um campo disciplinar específico, os apêndices, as ilustrações, os gráficos e tabelas ou quadros.
  • Existem certos espaços próprios do livro que devem ser cuidadosamente pensados e elaborados em função de oferecer clareza imediata aos leitores que poderão se mostrar interessados na obra e se aproximem dela.
  • Um livro se caracteriza por ter uma escrita fluida. Ainda que se trate de temas complexos e recorra a determinado vocabulário técnico, essa fluidez é a principal garantia para gerar interesse nos leitores. Tanto a revisão inicial da pesquisa por parte do próprio autor como a edição e a correção de estilo devem se guiar nesse sentido.