(Foto: Yuri Da Dalt)
No último mês, a Editora da UFJF concluiu o projeto de extensão “Oficinas de escrita e produção de livros: da expressão de si à profissionalização no ramo editorial”. Durante dois anos e meio, a iniciativa contou com encontros para impulsionar o aprendizado sobre a criação literária, as técnicas de design e as etapas da produção editorial, através de atividades práticas e debates.
(Foto: Yuri Da Dalt)
A última atividade do projeto, realizada entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025, foram o Clube de Leitura e Escrita e a Oficina Avançada inspirados na obra “A Rainha dos Cárceres da Grécia” do escritor pernambucano Osman Lins. Para o integrante da equipe Charlie Milo Bergo, que é graduando e mestrando em Letras pela UFJF, a iniciativa é um meio de construir novos formatos literários, desenvolvendo o conhecimento em conjunto. “Nos debruçamos sobre uma nova obra e realizamos novas dinâmicas de criação literária e construímos novos diálogos e conhecimentos com um público plural, cujo elo é estabelecido através da literatura”, conta.
Bergo conta que a releitura é uma construção proveitosa, que estimula as capacidades criativas. “Podemos refletir, discutir e escrever sobre a riqueza temática e a construção estética do romance, que também repensa a literatura e o ato da escrita em seu próprio fazer literário”, aponta o integrante.
A Editora já está trabalhando em um novo projeto, iniciado em setembro de 2024, com duração de dois anos. Agora no formato de Extensão em Interface com Pesquisa, o projeto “Oficinas de Autopublicação Digital: possibilidades criativas e potencialidades das produções editoriais eletrônicas” pretende explorar novas possibilidades da autopublicação no meio digital.
Para a coordenadora do projeto, Nathalie Reis Itaboraí, a proposta é desenvolver outras formas de produzir a literatura, democratizando o ensino em uma área pouco divulgada. “A importância do projeto é justamente desenvolver um conhecimento que não está disponível com facilidade, ele exige um estudo sobre literatura digital e suas especificidades”, explica. A ideia é estimular o conhecimento da escrita e da autopublicação com recursos da literatura digital, em gêneros como ciberpoema e livros interativos. De acordo com Itaboraí, “o ambiente virtual é predominante na atualidade, principalmente entre leitores jovens”. Assim, a proposta serve como um estímulo à literatura para o público que está inserido no contexto midiático.
A coordenadora do projeto ainda explica que a literatura no contexto das novas mídias e da digitalização não perde seu valor simbólico, cultural e intelectual. ”É sempre um risco achar que a literatura digital é simplesmente usar os recursos tecnológicos. Por isso nos inspiramos em autores canônicos reconhecidos do Brasil, para propor releituras que utilizem recursos digitais sem abrir mão da qualidade”, aponta. A primeira oficina do novo projeto deve ocorrer no segundo semestre de 2025. Para saber mais sobre os próximos passos, acompanhe os projetos de extensão da Editora nas redes sociais.
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Matéria: Gizele Ferreira
Fotografias: Yuri Da Dalt
Edição: Andreia Sixel e Nathalie Reis
