A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) formalizou a criação do seu Núcleo de Apoio à Inclusão (NAI) nessa quinta-feira, 23, em reunião do Conselho Setorial de Graduação (Congrad). A iniciativa visa a elaboração de políticas e práticas de apoio à acessibilidade e à inclusão, articulando os trabalhos que já haviam sido iniciados em três setores: Diretoria de Ações Afirmativas (Diaaf), Pró-reitoria de Graduação (Prograd) e Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (Proae).
O objetivo do NAI é construir e implementar políticas de ações afirmativas para pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista (TEA), altas habilidades e superdotação, buscando atender discentes, docentes e técnico-administrativos, inclusive promovendo atividades de capacitação.
O núcleo será coordenado pelas professoras da Faculdade de Educação, Katiúscia Vargas e Mylene Santiago. A vice-coordenadora Mylene explica como funcionará a dinâmica de trabalho.
De acordo com pró-reitora de Graduação, Maria Carmen Simões Cardoso de Melo, a criação do NAI veio da necessidade de reunir todas as ações a respeito do tema. “Na UFJF debatemos a questão da inclusão há um tempo, temos vários grupos trabalhando o assunto. Era necessário agregar todas as ações, como um condutor da política de inclusão.”
O Núcleo trabalhará com o recebimento de demandas propondo-se a efetivar o acesso, a permanência e a participação dessas pessoas na Universidade. A princípio o órgão funcionará com a colaboração dos servidores, assim como da comissão de verificação de ingressantes na UFJF pelas cotas destinadas a pessoas com deficiência.
Experiência de outras universidades e próximas ações
A criação do NAI está apoiada em modelo de experiência da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul. A UFJF esteve presente em um encontro na instituição no dia 17 de agosto e foi representada pelo pró-reitor adjunto de Graduação, Cassiano Caon Amorim, e pelas professoras Katiuscia Vargas e Mylene Santiago.
A programação contou com mesas redondas, palestras e plenárias sobre as temáticas relacionadas à inclusão. Segundo Mylene, o conhecimento adquirido no evento serviu de base para as discussões que culminaram com a criação do NAI na UFJF. “Achamos que conhecer o trabalho da UFPel seria uma importante oportunidade para o desenvolvimento do nosso próprio Núcleo”.
De acordo com Katiuscia Vargas, o NAI já possui metas para os próximos meses. “Em setembro, outubro e novembro, realizaremos um trabalho de formação continuada de servidores e docentes da UFJF, através de rodas de conversas para envolvermos toda a comunidade acadêmica no processo de criação e implantação do Núcleo na UFJF. A professora Rita Cóssio, que coordena o NAI da UFPel, estará conosco na primeira roda de conversa. Isso será muito importante para nossa Universidade”.
Outra ação a ser desenvolvida pelo Núcleo, em parceria com outras instituições, é o I Seminário Inclusão Educacional na Educação Básica, Profissional, Tecnológica e Superior. O evento será realizado entre os dias 25 e 27 de setembro, no antigo anfiteatro da Faculdade de Comunicação (Facom), contando com palestras e mini-cursos sobre temáticas variadas no campo da inclusão escolar. “Em breve, as inscrições terão início e divulgaremos para toda a comunidade acadêmica. Este evento marcará as ações da UFJF em relação ao dia da pessoa com deficiência, celebrado em 21 de setembro”, acrescenta Katiuscia.