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Reuniões esclarecem sobre processo de inserção da extensão nos currículos

As Pró-Reitorias de Graduação (Prograd) e de Extensão (Proex) têm realizado uma série de reuniões com os diretores das unidades acadêmicas e coordenadores de cursos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) com objetivo de esclarecer dúvidas sobre o processo de inserção da extensão nos currículos.

A partir da Resolução 75, de 12 de julho de 2022, aprovada pelo Conselho Setorial de Graduação (Congrad), todas as unidades da UFJF devem seguir as diretrizes nacionais de extensão universitária, destinando 10% da carga horária total dos cursos para atividades extensionistas, ou seja, aquelas que promovem o atendimento a diversos segmentos que compõem a sociedade.

Nas reuniões está sendo apresentado o passo a passo para a adaptação dos Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPCs) aos itens propostos pela Resolução 75. “Os cursos precisam estar com seus PPCs aprovados e implementados para o início do primeiro semestre letivo de 2023, levando em consideração os diferentes calendários acadêmicos vigentes”, ressalta o pró-reitor de graduação Cassiano Caon Amorim. Ele reforça que todos os procedimentos operacionais e as orientações sobre as definições dos PPCs se encontram na página da Prograd.

São várias as estratégias possíveis para contabilizar a extensão nos currículos de graduação. Entre elas, estão os programas e projetos extensionistas, a realização de cursos, oficinas e eventos e a prestação de serviços à comunidade. Também é possível criar as chamadas disciplinas extensionistas, que devem ser avaliadas previamente pela Comissão de Acompanhamento das Atividades Curriculares de Extensão (Caex), e serem devidamente cadastradas no Siga. “É preciso que diretores, coordenadores e professores avaliem e verifiquem todas essas possibilidades de acordo com as particularidades e PPCs de cada curso”, resume Amorim.

 

Catálogo para sistematizar as demandas

Segundo a pró-reitora de extensão da UFJF, Ana Lívia Coimbra, a curricularização da extensão deve ser encarada como um esforço institucional, cujas atividades devem promover a interdisciplinaridade, ou seja, que haja espaços de trabalho para alunos de diferentes cursos nos projetos. Para entender os tipos de demandas sociais que a cidade de Juiz de Fora e região possuem, a Proex tem construído um banco de dados, que irá ajudar os proponentes na hora de pensar uma ação.

“Procuramos Organizações Não Governamentais (ONGs), coletivos culturais, movimentos sociais, escolas e igrejas de todas as naturezas para catalogar suas demandas. Os docentes devem procurar a Proex para conhecê-las. Ainda criamos um fórum permanente de gestores municipais para dialogar com prefeitos de cidades da região e fazermos parcerias. Em um contexto no qual a universidade pública tem sido tão atacada, em que o conhecimento acadêmico-científico é descredibilizado, mostramos que nossa produção não é somente contemplativa. Por meio da extensão, o que produzimos na UFJF chega à sociedade e transforma vidas.”

 

Resolução

A pró-reitora explica que a minuta foi criada a partir de um grupo de trabalho formado por membros do Conselho Setorial de Extensão e Cultura (Conexc), do Congrad, da Proex, da Prograd e do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Entre os princípios que ajudaram a formatar a Resolução está o reconhecimento da Universidade como um espaço com forte identidade extensionista e que desempenha importante função social na cidade de Juiz de Fora e região.

“Para a elaboração deste documento, nós, da Proex, também visitamos as unidades acadêmicas para conversarmos com professores e discutir parâmetros. A minuta é fruto dessa escuta e também de uma análise de todas as resoluções já publicadas”, comenta. Tais publicações citadas por Ana Lívia são relacionadas ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, previsto no artigo 207, da Constituição da República Federativa do Brasil; ao Plano Nacional de Educação (PNE); e a Resolução 04/2018, do Conexc, que fixa as normas sobre a política de extensão da UFJF.

“Entendemos a extensão como uma via muito importante para o desenvolvimento da formação dos nossos estudantes, articulada com as demandas reais de diversos segmentos da nossa sociedade. Ao aprenderem algo teoricamente, têm a possibilidade, através de projetos e programas de extensão, bem como de disciplinas extensionistas, oferecerem seus conhecimentos técnicos para atendimento das demandas sociais”, ressalta Ana Lívia.

Outras informações: (32) 2102-3959