Trata-se de um estudo da História do Brasil, levando-se em conta as oscilações
entre períodos mais democráticos e autoritários. O curso tem início no fim do
período imperial, com foco sobre duas mudanças importantes e seus
impactos: a abolição e a proclamação do regime republicano. Passando pela
crise dos anos 20, o curso se encaminha para o estudo dos projetos e das
experiências autoritárias e termina com a análise das vivências democráticas
e suas atuais incertezas.
Programa:
Unidade 1: A República Brasileira: origens, projetos e experiências
1.1- A crise do Império, abolição e a Proclamação da República
1.2- A situação dos libertos e trabalhadores brancos pobres: os desafios da
cidadania anunciada
1.3- O liberalismo econômico: encilhamento e ortodoxia econômica
1.4- A organização da sociedade civil: luta por direitos e o papel do Estado
Unidade 2: Os projetos autoritários e as experiências golpistas e ditatoriais
republicanos
2.1- Movimentos sociais urbanos e rurais
2.2- Os impactos do I Guerra, a crise dos anos 20 e a revolução de 1930
2.3- Autoritarismo, fascismo e nacionalismo: os debates dos anos 30
2.4- As experiências autoritárias de 1937-1945 e 1964-1985
Unidade 3: As experiências democráticas e suas crises recorrentes
3.1- A democratização do pós Guerra: avanços e impasses
3.2- A Carta de 1988 e os avanços da cidadania no Brasil
3.2- Governo Hermes: a política das salvações e as revoltas da Chibata, e do
Contestado
3.3- De Wenceslau a Bernardes: I Guerra, industrialização e movimento
operário
Unidade 4: As Décadas de 20 e 30 e a crise do Estado Novo (1922-1937)
4.1- A Crise da república, o tenentismo e a revolução de 30
4.2- O Governo Provisório, a guerra civil paulista e a Constituição de 1934
4.3- O levante comunista e o Golpe de 37
Unidade 1
1.1-MELLO, Maria T. C. de. República versus Monarquia: a consciência histórica
da década de 1880. Revista História Unisinos, Vol. 14 No 1 - janeiro/abril de
2010.
1-2- BOTELHO JR., Cid. De. O. A crise cambial do encilhamento: algumas
observações sobre a interpretação de Celso Furtado. Economia e Sociedade,
Campinas, v. 12, n. 2 (21), p. 275-294, jul./dez. 2003.
1-3- GOMES, Amanda Muzzi. Monarquistas restauradores e
jacobinos: ativismo político. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, FGV/CPDOC,
2008, vol.21, n.42, Disponível
em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-
21862008000200009&script=sci_abstract&tlng=pt
Unidade 2:
2.1-HERMANN, Jacqueline. Destruído em nome de Canudos. Revista Tempo.
Rio de Janeiro, UFF, vol. 2, n°. 3, 1996. Disponível em:
http://www.historia.uff.br/tempo/artigos_dossie/artg3-4.pdf
2.2- FRITSCH, W. Sobre as Interpretações Tradicionais da Logica Política da
Política Econômica na Primeira República. Revista Estudos Econômicos,
15(2):339-346 MAIO/AGO. 1985
2.3- CARRETA, José A. Médicos e a revolta da vacina. Revista Teoria e Pesquisa,
São Carlos, UFSCAR, vol. 18, n. 1, 2009. Disponível em:
http://www.teoriaepesquisa.ufscar.br/index.php/tp/issue/view/65
Unidade 3
3.1- TORELLI, Leandro. Os interesses da elite paulista na criação da Caixa de
Conversão: os debates parlamentares (1898-1914). Leituras de Economia
Política, Campinas, (12): 1-23, jan. 2006/dez. 2007. Disponível em:
http://www.eco.unicamp.br/images/arquivos/artigos/LEP/L12/LEP121Torelli
.pdf
3.2- NASCIMENTO, Álvaro. "Sou escravo de oficiais da Marinha": a grande
revolta da marujada negra por direitos no período pós-abolição (Rio de
Janeiro, 1880-1910). Revista Brasileira de História. vol.36 no.72 São
Paulo May./Aug. 2016
3.3- SAES, Flávio. A controvérsia sobre a industrialização na Primeira
República. Revista Estudos Avançados, São Paulo, vol.3 no.7 São
Paulo Sept./Dec. 1989. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
40141989000300003
Unidade 4
4.1- FERREIRA, Marieta de Moraes; PINTO, Surama Conde Sá. A Crise dos anos
20 e a Revolução de Trinta. Rio de Janeiro: CPDOC, 2006. Disponível em:
https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/6833/1593.
pdf
4.2- GOMES, Angela de C. A representaçao de classes na constituinte de 1934.
In: GOMES, Ângela de Castro et al. (coord.) Regionalismo e centralização
política. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980. Disponível em:
http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rcp/article/viewFile/59838/581
62
4.3- PANDOLFI, D. e GRYSZPAN, Mário. Da revolução de 30 ao golpe de 37: a
depuração das elites. Revista de Sociologia Política. Curitiba, UFPR, N. 9, 1997.
Disponível em: https://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/39295/24114
Unidade 1
1. ABREU, Marcelo de P. (org.) A ordem do progresso: cem anos de política
econômica republicana (1889-1989). Rio de Janeiro: Campus, 1989,
capítulos 1 a 3.
2. ALONSO, Ângela. Crítica e contestação: o movimento reformista da geração
1870. Revista Brasileira de Ciências Sociais - vol. 15 no 44, 2000. Disponível
http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v15n44/4146.pdf
3. CARVALHO, José M. A formação das almas: O imaginário da República no
Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1990.
4. CASALECCHI, José E. A proclamação da república, 5ed, São Paulo:
Brasiliense, 1992. (disponível on line)
5. COSTA, Maria E.V. Da Monarquia à república: momentos decisivos, 5ed, São
Paulo, Brasiliense, 1991.
6. LYNCH, Christian. O constitucionalismo da inefetividade: a Constituição de
1891 no cativeiro do estado de sítio. In: Revista Quaestio Iuris, vol.05, no
7. PENNA, Lincoln Abreu. O progresso da ordem: o florianismo e a construção
da república. Rio de Janeiro: Sette Letras, 1997.
8. OLIVEIRA, Lúcia Lippi. As festas que a república manda guardar. Revista
Estudos Históricos. CPDOC/FGV, Rio de Janeiro: n.4. 1989. (disponível on
line)
9. SCHULZ, John. A crise financeira da abolição. São Paulo: Edusp, 1996.
10.VISCARDI, Cláudia M. R. Unidos perderemos: a construção do federalismo
republicano brasileiro. Curitiba: CRV, 2017.
Unidade 2
1. BACKES, Ana Luiza. Fundamentos da ordem republicana: repensando o
pacto Campos Sales. Brasília: Plenarium, 2006.
2. BENCHIMOL, Jaime L. Pereira Passos: um Haussmann tropical, Rio de
Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esportes, DGDIC, 1992.
3. CHALHOUB, Sidney. Cidade febril: cortiços e epidemias na corte imperial,
São Paulo: Cia das Letras, 1996.
4. DEBES, Célio. Campos Salles: perfil de um estadista. Rio de Janeiro: Francisco
Alves, , 1978, volumes 1 e 2.
5. DOBRORUKA, Vicente. História e milenarismo: ensaios sobre tempo, história
e o milênio. Brasília: UNB, 2004.
6. LESSA, Renato. A invenção republicana, Rio de Janeiro: Vértice, 1988.
7. LEVINE, Robert M. O sertão prometido: o massacre de Canudos, São Paulo:
EDUSP, 1995.
8. MONIZ, Edmundo. A guerra social de Canudos, Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1978.
9. SEVCENKO, Nicolau. A revolta da vacina: mentes insanas em corpos
rebeldes, São Paulo: Editora Scipione, 1993.
10.VISCARDI, Cláudia. O Federalismo como Experiência: Campos Sales e as
Tentativas de Estabilização da República. Revista Dados [online]. vol.59,
n.4, 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0011-
52582016000401169&script=sci_abstract&tlng=pt
Unidade 3
1. BATALHA, Cláudio. O movimento operário na primeira república, Rio de
Janeiro: Zahar, 2000.
2. DE LORENZO, Helena de C. e COSTA, Wilma P.(orgs) A década de vinte e as
origens do Brasil Moderno, São Paulo: UNESP, 1997.
3. FERREIRA, Jorge e DELGADO, Lucília N. (orgs.) O Brasil republicano: o tempo
do liberalismo excludente. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, vol 1.
4. HALLOWAY, Thomas H. Vida e morte do convênio de Taubaté: A primeira
valorização do café, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
5. LACOMBE, Américo J. Afonso Pena e sua época, Rio de Janeiro, José
Olympio, 1986.
6. MACHADO, Paulo P. Lideranças do Contestado. Campinas: Unicamp, 2004.
7. MELLO, João Manuel C. de. O capitalismo tardio, 4ed, São Paulo: Brasiliense,
1986.
8. NASCIMENTO, Álvaro Pereira do. Cidadania, cor e disciplina na revolta dos
marinheiros de 1910. Rio de Janeiro: Faperj/Mauad,2008.
9. SUZIGAN, Wilson. Indústria brasileira: origem e desenvolvimento, São Paulo:
Brasiliense, 1986.
10.VISCARDI, Cláudia M.R. Teatro das oligarquias: uma revisão da política do
café com leite, Belo Horizonte: C/Arte, 2001. (disponível em PDF)
Unidade 4
1. ARAGÃO, Isabel. Da caserna ao cárcere. Uma identidade militar-rebelde
construída nas prisões (1922-1930). Jundiaí: Paco Editorial: 2012.
2. BEIRED, José L. B. Os intelectuais e a direita autoritária no Brasil. Revista
Estudios Sociales, vol. 33, 2007.
3. CEPEDA, Vera Alves. Contexto Político e Crítica à Democracia Liberal: A
Proposta de Representação Classista Na Constituinte de 1934. Revista
Perspectivas, São Paulo, vol. 35, 2009.
4. FAUSTO, Boris. A Revolução de 1930: Historiografia e História, 14 ed, São
Paulo: Brasiliense, 1994.
5. FORJAZ, Maria Cecília S. Tenentismo e forças armadas na revolução de
30, Rio de Janeiro: Forense, 1988.
6. GOMES, Angela de C. Azevedo Amaral e o século do corporativismo, de
Michael Manoilesco, no Brasil de Vargas. Revista Sociologia e Antropologia. Rio
de Janeiro, UFRJ, vol. 2-4, 2012.Disponível em:
http://revistappgsa.ifcs.ufrj.br/wp-
7. GUIMARÃES, Manuel L.S. (org.) A revolução de 30: Seminário Internacional,
Brasília: UNB,1983. (disponível em PDF)
8. OLIVEIRA, Lúcia L (org) Elite intelectual e debate político nos anos 30. Rio
de Janeiro: FGV, 1980 (disponível emPDF)
9. MACEDO, Allony R. de C. Passado, presente e futuro: revisitando as
origens do Tenentismo e o nacionalismo autoritário das décadas de 1910 e
1920.Revista Crítica Histórica, Ano XI, 21, julho de 2020.
10. MEDEIROS, Jarbas. Ideologia autoritária no Brasil, 1930/1945. Rio de
Janeiro: FGV, 1978.