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Na terceira reportagem da série que faz um balanço dos oito meses da gestão “Reconstruir a UFJF” e que aponta algumas perspectivas para 2017, o destaque é para a Pró-reitoria de Extensão. Nas matérias anteriores, publicadas nessa semana, foram abordados temas relacionados aos trabalhos da Diretoria de Inovação e da Diretoria de Ações Afirmativas

A Pró-reitoria de Extensão (Proex) é responsável pela gestão das ações interventivas da UFJF em sua relação com a comunidade externa, promovendo a articulação entre o ensino, a pesquisa e as demandas da sociedade, em um exercício de contribuição mútua e troca de saberes. Levando em consideração o compromisso social da Universidade, a Pró-reitoria coordena e apoia programas, projetos, eventos, cursos e demais modalidades. Para que a extensão seja praticada de forma participativa e coletiva, em novembro foi aprovado, através da Resolução nº 68 do Conselho Superior, o Novo Regimento do Conselho de Extensão e  Cultura, necessário para a convocação de novas eleições e reativação da discussão sobre extensão na UFJF.

“Uma preocupação nossa foi criar os mecanismos que possibilitassem a reativação do Conselho de Extensão e Cultura. Como ele estava inoperante, sem possibilidade de debate coletivo das ações de extensão, criamos em cada campus, em Juiz de Fora e em Governador Valadares, o Fórum de Extensão Universitária”, afirma a Pró-reitora de Extensão da UFJF, Ana Lívia Coimbra.

O Fórum é um espaço aberto para a participação de professores, técnico-administrativos em educação (TAE’s) e alunos, pelo qual toda a política de extensão e as demais ações são debatidas pela comunidade universitária. “Foi nele que nós definimos, por exemplo, o conteúdo de um edital que consideramos importante, o de projetos de extensão em interface com a pesquisa, que ainda não havia sido promovido no âmbito da Proex”, completa Ana Lívia.

O edital, lançado em agosto de 2016, teve como objetivo, estimular, apoiar e promover projetos de extensão em interface com a pesquisa científica e/ou desenvolvimento tecnológico, a serem executados por professores e técnico-administrativos em educação (TAE’s), com a finalidade de fortalecer a ação transformadora da pesquisa sobre os problemas sociais e ambientais, além de estabelecer uma relação dialógica entre extensionistas-pesquisadores e a sociedade.

A iniciativa contemplou 16 projetos, divididos igualmente entre o campus-base e Governador Valadares – cada um com duas bolsas remuneradas. “Queremos estimular a elaboração de ações de extensão articuladas com a pesquisa, contribuindo para a produção de conhecimento a partir da relação com o  universo atendido pelos projetos, bem como possibilitando que os estudantes envolvidos desenvolvam uma postura investigativa e crítico-propositiva ao efetivarem o trabalho”, destaca a pró-reitora.

Reativação da Intecoop favorece economia solidária

Outra ação de destaque promovida pela Proex foi a reativação da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (Intecoop) da UFJF. Depois de ficar aproximadamente cinco anos desativada, a Intecoop voltou à atividade e a retomada dos trabalhos foi oficializada na programação do 1º Seminário Regional Integrado de Agroecologia, Apicultura e Economia Solidária, que se dedicou ao debate e à discussão do papel desse órgão no cenário local e regional.

“No atual contexto, a Universidade vem estreitando os laços com os movimentos de economia solidária de Juiz de Fora e região. A Incubadora será estruturada de acordo com as necessidades que esses coletivos apresentarem, por meio da criação de núcleos em que serão mobilizadas as diferentes áreas do conhecimento na UFJF para atenderem às demandas de trabalhadores que procuram no cooperativismo popular e no associativismo uma alternativa de acesso ao trabalho”, enfatiza Ana Lívia.

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Intecoop foi oficialmente reativada durante evento que integrou a programação do 1º Seminário Regional Integrado de Agroecologia, Apicultura e Economia Solidária, em novembro (foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

Programa Boa Vizinhança aproxima Universidade das comunidades no entorno dos dois campi

Com o objetivo de estimular ações que contribuam para uma melhoria das condições de vida da população próxima ao campus, além de contribuir com a formação crítica e qualificada dos estudantes, o Programa Boa Vizinhança foi reorganizado e apresentado à comunidade acadêmica em Juiz de Fora, em outubro, pela Coordenadora de Ações de Extensão, professora Luciana Holtz.

Tal iniciativa não se restringiu ao universo do campus-base. No Fórum de Extensão Universitária de Governador Valadares, após debate com a comunidade universitária, foi criado o Programa Boa Vizinhança/Rio Doce, com ações extensionistas voltadas para a população da região atingida pelo rompimento da barragem de Mariana. “Assim, nos dois campi, a Universidade executa atividades junto às comunidades vizinhas, ressignifica a relação com a sociedade que a mantém e busca contribuir para transformar a realidade social dos territórios onde ela se insere”, argumenta Ana Lívia.

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Encontro que marcou a apresentação do Projeto Boa Vizinhança, após o trabalho de reorganização (foto: Clara Downey/UFJF)

Mostras apresentam conhecimento produzido na UFJF à sociedade

Entre os dias 19 e 21 de outubro, a Pró-reitoria promoveu, no campus-base, a 1ª Mostra de Ações de Extensão, com o intuito de trazer visibilidade aos projetos articulados entre o conhecimento produzido na Instituição e as demandas da sociedade. O evento aconteceu no Centro de Ciências da UFJF, e integrou as atividades da Semana de Ciência, Tecnologia e Sociedade, organizada em conjunto pela Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa (Propp) e pela Proex.

Em Governador Valadares, os projetos de extensão e iniciação científica foram debatidos e apresentados à sociedade entre os dias 16 e 18 de novembro. A 1ª Semana de Ciência, Tecnologia e Sociedade da UFJF-GV contemplou, além da 1ª Mostra de Ações de Extensão, o 1º Seminário de Iniciação Científica do campus avançado. Ao todo, nos dois campi, foram apresentadas aproximadamente 320 ações de extensão.

Segundo a pró-reitora, a Proex também tem incentivado e possibilitado a participação de professores, técnicos e alunos em eventos relacionados à extensão universitária. Foi o que aconteceu entre os dias 7 e 9 de setembro, quando mais de 90 participantes (entre alunos, professores e TAE’s da UFJF) marcaram presença no 7º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária (CBEU) – o maior encontro brasileiro relacionado ao tema, promovido em Instituições Públicas de Ensino Superior.

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Mostra de Extensão mobilizou a comunidade acadêmica da UFJF em outubro (foto: Luiz Carlos Lima/UFJF)

Expectativas para os próximos anos

De acordo com a pró-reitora, para que as ações de extensão possam ser implementadas e atinjam seus objetivos, o debate com a comunidade acadêmica se faz essencial. Neste sentido, para os próximos anos está prevista uma série de ações voltadas para o fortalecimento dos programas estratégicos da Proex, que abranjam os dois campi, como o Boa Vizinhança, o Programa de Assessoria aos Movimentos Sociais e o Programa de Apoio às ações da Educação Básica no Colégio de Aplicação João XXIII e Escolas Públicas.

Uma das principais iniciativas de 2017 será a eleição de membros para o Conselho de Extensão e Cultura, procedendo ao debate da política de extensão universitária da UFJF. Também está prevista a realização de um congresso para debater os princípios da extensão universitária, além da segunda edição da Mostra de Ações de Extensão. O objetivo, segundo Ana Lívia, é viabilizar o debate e os encaminhamentos necessários para a implementação da meta 12.7 do Programa Nacional de Educação (PNE) – que trata sobre a inserção da extensão universitária nos currículos de graduação -, em articulação com a Pró-reitoria de Graduação (Prograd).

Também será estruturada a continuidade de editais específicos para a extensão universitária, orientados por demandas espontâneas, estimuladas, e pela extensão em interface com a pesquisa. Outra ação prevista é a construção de parâmetros e mecanismos para o monitoramento e a avaliação das ações de extensão, com posterior inserção no Siga.

“Em conjunto com conjunto com o Escritório de Processos e o Centro de Gestão do conhecimento Organizacional (CGCO), estamos criando soluções para que todas as fases de submissão e desenvolvimento das ações de extensão sejam disponibilizadas aos professores e técnico-administrativos via SIGA. Ao mesmo tempo, vamos iniciar um processo de monitoramento e avaliação das ações para fortalecermos aquelas áreas que estão se desenvolvendo mais e estimularmos aquelas que possuem menos propostas ou estão incipientes. Assim, estaremos de fato contribuindo para que a UFJF cumpra seu papel social, o de mobilizar recursos e produzir conhecimento direcionados à parcela da sociedade brasileira que encontra na extensão universitária uma oportunidade de acesso à direitos e à reafirmação de identidades”, finaliza Ana Lívia.

Outras informações: (32) 2102-3971 – Pró-reitoria de Extensão

Confira as matérias da série já publicadas

Reestruturação do Critt potencializa inovação tecnológica na UFJF
Diretoria de Ações Afirmativas intensifica combate à violência e ao preconceito