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Encerramento do Polo de Enriquecimento da 3ª Idade transforma plateia em alunos de música

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Palco e plateia se desconfiguraram durante a apresentação dos alunos do projeto “Música para Enriquecer” (Foto: José Eduardo Brum/ProEx)

A decoração, com notas e claves expandindo-se do palco para a plateia, já era um sinal da inesperada convocação que marcou, na quinta-feira, dia 03, o início do “Música para Enriquecer”, um projeto de extensão do Polo de Enriquecimento Cultural para a Terceira Idade. Do tablado da Casa de Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), os cinco alunos e as duas instrutoras convidaram familiares, amigos e conhecidos para se tornarem artistas durante a apresentação e conhecerem alguns conceitos musicais como ritmo, escala e pausa.

Por meio de palmas, cantos, batidas no corpo e em copos, o espaço se tornou uma grande sinfonia coletiva, comandada pela dupla de idealizadoras, Carolinne de Oliveira e Marleth Diniz. Elas explicavam cada exercício e técnica num tom lúdico antes de requisitar a participação de todos. Letras projetadas também ajudaram a plateia a acompanhar as músicas, inclusive cantando junto da aposentada Nélly Guedes Mattos, solista da música “Gente humilde” de Chico Buarque. “Foi gratificante,” confessa a intérprete. “É bom fazer parte por ser inovadora a maneira de conhecer música e se expressar.”

Pela primeira vez, o Polo ofereceu a atividade de musicalização a fim de desenvolver mais que os quesitos musicais. Para Marleth, “a coordenação motora, a autoestima, a imaginação, a memorização, a expressividade e a socialização são características desse trabalho. Temos alunos que nunca cantarolaram e agora não param mais.”

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A solista Nélly foi acompanhada por um coro de amigos e conhecidos durante a apresentação de “Gente humilde” (Foto: José Eduardo Brum/ProEx)

O militar na reserva, Guilherme Faria Amorim, é um desses que precisava apenas de motivação. “Sempre toquei violão, mas o projeto me impulsionou a pegar no instrumento e praticar mais.” Já o aposentado e compositor Ricardo Ayoub Pires comenta um diferencial do projeto. “Há uma parte sonora interessante de expressar o som utilizando várias partes do corpo. Assim, brincamos e aprendemos.”

Tendência de expansão

Criado em 1991, o Polo agrega várias unidades acadêmicas no desenvolvimento de cursos e atividades voltados para a terceira idade. Assim, ele propicia o reconhecimento e a reinserção dos idosos na sociedade para que eles envelheçam com qualidade.

Segundo a coordenadora e professora da Faculdade de Serviço Social, Sandra Arbex, a importância desse tipo de ação é constatada por meio de números conjecturais. “Juiz de Fora, com 13% de idosos em sua população, tem uma média maior que a estadual e a nacional. Pelas projeções, em uma década, podemos chegar a 22%. Por isso, a UFJF tem papel importante de formar alunos para trabalhar nessa área.”

Além de musicalização, coordenado pelo professor do Instituto de Artes e Design, Rodolfo Valente, o Polo oferece cursos de línguas estrangeiras, enriquecimento cultural e atualização de conhecimentos, inclusão digital, arte de viver, yoga e pilates.

 

Outras informações: (32) 3215-4694 (Casa de Cultura)

Facebook: Casa de Cultura UFJF

E-mail: polodoenriquecimentocultural@gmail.com

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