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Projeto promove prática de atividade física para crianças portadoras de autismo

Por meio de brincadeiras e circuitos Victória Façanha é estimulada a participar das atividades físicas oferecidas pelo projeto (Foto: Nathalia Nascimento/Proex)

Como cuidar, o que fazer e quais os melhores tratamentos? Essas são algumas das perguntas feitas pelos pais e familiares de crianças portadoras de autismo. A dificuldade em lidar com essas questões e a necessidade de ajudar crianças autistas levou à elaboração do projeto “PRODEMA: Atividade Física Para Autistas”. Atualmente, a iniciativa, coordenada pela professora da Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid) Eliana Ferreira, atende a oito crianças autistas entre 3 e 9 anos de idade.

Segundo a supervisora do projeto e vice-coordenadora de acessibilidade da UFJF, Lívia Saço, a iniciativa busca promover, desde 2010, a prática de exercícios cujo objetivo é ampliar a capacidade de dominar movimentos. “As atividades são aplicadas a qualquer criança, independente do nível de autismo, uma vez que tais atividades contribuem significativamente para estrutura corporal e mental, como também na formação social e educacional.”

Ginástica e qualidade de vida

A supervisora Lívia Saço explica a importância e os benefícios para o corpo e mente de crianças portadoras de autismo (Foto: Nathalia Nascimento/Proex)

“Os estudos e as atividades sobre o autismo são bem recentes”, diz a bolsista do projeto e graduanda do 6º período da Faefid, Inara Silva. “Mas é certo que as atividades físicas são muito eficazes, tanto para desenvolver as habilidades naturais, como correr, andar e saltar, quanto para fazer a conexão da parte emocional, psicológica e da interação”, completa Inara. Segundo a estudante, circuitos de atividades para treinar o equilíbrio e conversas para incentivar a convivência com as pessoas são alguns dos instrumentos eficazes em lidar com essas crianças.

Além dos obstáculos e preocupações da própria deficiência, como a capacidade de imitação reduzida, relação social restrita e dificuldade no domínio da linguagem para comunicar-se, outros aspectos são ressaltados por Stella Regina Façanha Mendes, mãe da autista Victória Façanha Mendes de 12 anos. “O suporte para o autismo em Juiz de Fora é muito escasso. Não existe um médico e nem clínica especializada na doença. Esse projeto foi uma excelente oportunidade de facilitar o tratamento”, aponta a mãe de Victória.

Segundo afirma Stella, a semana de Victória é repleta de afazeres. A menina estuda de segunda a sexta-feira no turno da tarde na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Juiz de Fora (APAE/JF), faz tratamento com psicóloga, fonoaudióloga e pratica ecoterapia e natação. Por meio de um curso de capacitação sobre rotina diária realizado na Associação de Amigos do Autista (AMA), na cidade de São Paulo, Stella aprendeu a conversar com sua filha sobre todas as tarefas que serão feitas durante o dia, como o horário de aula, natação e almoço. Isso ajuda Victória a ficar mais tranquila e ter melhor noção de como será seu dia.

As atividades são realizadas às terças e quintas das 14h às 16h. Os interessados podem se inscrever pelo telefone (32) 2102-3283, pelo e-mail assessoriapedagogica.gime@uab.ufjf.br, ou no site do Núcleo de Pesquisa em Inclusão, Movimento e Ensino à Distância da UFJF.

Outras informações: (32) 2102-3283 (Faefid)