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Mais que vacinar: Projeto orienta comunidade sobre a imunização de crianças

Projeto imuniza entre três mil e cinco mil crianças por mês

Prática educativa, orientação e cobertura vacinal. Esses são os principais objetivos do projeto de extensão “Participação nas atividades de imunização fortalecendo práticas educativas”, coordenado pela professora Marileia Leonel, da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

A iniciativa foi criada em 2004, quando a Universidade iniciou as atividades de vacinação em Juiz de Fora. Posteriormente, o projeto foi ampliado e passou a ser realizado em parceria com o Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente (DSCA) da Secretaria Municipal de Saúde. “Começamos a trabalhar no departamento, pois lá temos uma demanda maior. Atuamos em diversas atividades de vacinação e desenvolvemos materiais educativos para tirar as dúvidas dos pais em relação à prevenção de doenças imunopreveníveis.” (ver abaixo)

De acordo com Marileia, a importância da ação é participar da cobertura vacinal de crianças e orientar os responsáveis. “Nós fazemos o acompanhamento de práticas educativas, para que os pais possam acompanhar a vacinação dos filhos e, também, mostramos as inovações tecnológicas no campo das vacinas.”

Segundo a professora, além do caráter educativo, a iniciativa é uma oportunidade para os alunos conhecerem atividades práticas fora do curso de Enfermagem. O projeto conta com a colaboração da responsável técnica de enfermagem do DSCA, Karla Mendes, de uma bolsista e de quatro voluntárias.

Marileia Leonel: “Também atendemos municípios vizinhos que enviam pessoas para serem atendidas aqui em Juiz de Fora”

Para Fabiana Gusmão, bolsista do projeto há mais de um ano, o conhecimento adquirido foi o mais importante. “Participando da equipe, vi muitas coisas que eu não tive oportunidade em sala de aula. No dia a dia, estou me aperfeiçoando e adquirindo mais conhecimento.” A acadêmica Juliana Freitas está no grupo desde dezembro de 2010 e vê na iniciativa oportunidades de atuação. “Na faculdade, a carga horária é bastante restrita. As atividades desenvolvidas ajudam na minha aprendizagem e na prática com crianças.”

Já a estudante Lidiana Vieira, monitora do projeto, entrou para a equipe por causa do seu interesse pela área de saúde coletiva. “Eu gosto muito da área de vacinas, porque é um campo amplo que dá autonomia para o enfermeiro. Além disso, essa iniciativa tem uma grande importância social, pois ajudamos na imunização de crianças e na orientação dos pais.”

Atendimento diferenciado
Para a comunidade assistida pelo projeto, o maior valor é receber a orientação dada pelos bolsistas. É o caso de Marco César Felício, que leva sua filha de 5 meses ao posto de vacinação. Para ele, o atendimento das bolsistas é um diferencial. “Somos bem atendidos. A equipe esclarece nossas dúvidas, conversa e nos orienta quanto à vacinação.”

Estudantes de Enfermagem veem no projeto uma oportunidade de aprendizagem

Jakeline Magalhães, moradora do bairro Granjas Betânia e assistida pela iniciativa, também compartilha da mesma opinião. “Para vacinar minha filha tenho que ir a outro bairro, pois onde moro não tem posto de saúde. Por isso, me indicaram esse local de vacinação. Aqui temos um atendimento de qualidade e as enfermeiras são muito atenciosas.”

O projeto também estimula a produção acadêmica. A professora Marileia incentiva os alunos a desenvolver e apresentar artigos, pôsteres e pesquisas sobre a iniciativa em congressos, simpósios e seminários das áreas de enfermagem e extensão.

Principais doenças imunopreveníveis:
Tuberculose, poliomielite, hepatites B, sarampo, caxumba, rubéola, febre amarela, coqueluche, tétano, difteria, rotavírus e gripe (Influenza).