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Acompanhamento fisioterápico melhora qualidade de vida de crianças

A pequena Sara recebendo acompanhamento fisioterápico no Hospital Universitário

Desde 1997 é realizado no Ambulatório de Fisioterapia do Hospital Universitário (HU) o projeto “Acompanhamento e atendimento fisioterápico ambulatorial a bebês de risco”, coordenado pela professora Jacqueline Frônio. A iniciativa surgiu da demanda de um atendimento fisioterápico específico para crianças de até 2 anos de idade com fatores de risco.

Um pouco antes da criação da iniciativa, surgia um projeto da Prefeitura de Juiz de Fora de acompanhamento a bebês de risco, que avaliava de modo geral a saúde das crianças. Como parceiro do projeto de extensão da UFJF, a Prefeitura começou a encaminhar as crianças que apresentavam necessidade de tratamento para o HU. Atualmente, crianças atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pelo ambulatório da UFJF, pelo Centro Viva Vida e por médicos particulares são encaminhadas, quando necessário, para o HU.

Diferencial

A fisioterapeuta Érica (à esq.) e a bolsista Mariana atuam juntas no ambulatório fisioterápico

Segundo Jacqueline, o projeto é uma atividade de referência na região. “Poucos locais oferecem esse serviço para crianças tão novas”. Ela também frisa a importância de iniciar o acompanhamento o quanto antes. “É fundamental que essas crianças comecem a ser tratadas o mais rápido possível. Falta conscientização dos médicos e dos pais, que não devem esperar a criança ficar maior para então nos procurar.”

Para diagnosticar se o bebê precisa desse acompanhamento, os médicos avaliam como foi o período de gestação e os sintomas e as deficiências atuais da criança. Os problemas mais comuns em gestantes que podem trazer algum risco são os nascimentos prematuros e com baixo peso, a falta de oxigênio para o bebê, a hipertensão arterial e a diabetes materna. Bebês que foram expostos a algum desses riscos, podem, ao nascer, ter como consequências mais comuns alterações respiratórias, atraso no desenvolvimento, paralisia cerebral, síndrome de Down e problemas motores.

Criado em 1997, atualmente o projeto atende cerca de 15 crianças

A criança, após ser encaminhada para o ambulatório de fisioterapia, inicia o tratamento com uma das bolsistas do projeto. Para ajudar no desenvolvimento, são promovidas atividades, de acordo com a necessidade de cada paciente, como controle da cabeça e do tronco, auxílio para iniciar a marcha e engatinhar, busca do equilíbrio corporal e trabalho nas reações de proteção.  Mariana Cristina Ferreira é bolsista do projeto há seis meses e diz estar satisfeita com a oportunidade. “É uma ótima maneira para aprendermos na prática. Além disso, a iniciativa permite termos contato com vários casos diferentes.”

Em casa

Projeto é realizado no setor de fisioterapia do HU que conta com materiais apropriados para o atendimento

O projeto, que atende atualmente cerca de 15 crianças, é supervisionado pela fisioterapeuta Érica Defilipo, que afirma que o resultado esperado só será alcançado com a participação efetiva dos pais. “A conscientização dos familiares é importante, pois serão eles que darão sequência às atividades desenvolvidas pelos fisioterapeutas com os filhos em casa.”

Márcia Pereira, tia da pequena Sara, de 11 meses, conta que a iniciativa tem melhorado o desempenho de sua sobrinha e elogia a receptividade da equipe. “O trabalho das bolsistas é incrível. Elas não fazem distinção. São amorosas e atenciosas. Percebemos que elas gostam do trabalho”, comenta Márcia. Outra criança acompanhada pela iniciativa é Luigi, de 1 ano e 9 meses. Sua mãe, Joana Dark Souza, conta que o garoto iniciou no projeto com apenas 4 meses de idade. “Ele tem melhorado bastante à medida que o tratamento evolui. A iniciativa da UFJF é importante, pois tem muita criança que precisa desse apoio.”

Mesmo com o sucesso do projeto ao longo dos últimos 14 anos, a professora Jacqueline tem buscado formas para aprimorá-lo. Segundo ela, o segredo para o bom funcionamento da iniciativa é a permanente atualização. “Tento aliar minhas pesquisas acadêmicas com o projeto de extensão. Dessa forma, eu me reúno com a equipe quinzenalmente para discutir os casos e trazer novas ideias e novos tratamentos.”

Outras informações: (32) 4009-5318 (Hospital Universitário)