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Fapemig aprova financiamento de dois projetos da UFJF, que ultrapassa os R$ 100 mil

Os dois projetos receberão no total cerca de R$ 108 mil provenientes da Fapemig

Dois projetos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) foram aprovados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). O edital “Extensão em Interface com a Pesquisa 2010”, tem como objetivo financiar projetos de extensão baseados na pesquisa científica, com aplicação sobre os problemas sociais.

Nesse ano, o edital recebeu 274 propostas, das quais 56 foram contratadas, somando cerca de R$ 2 milhões em recursos. Os dois projetos aprovados pela UFJF foram o “Disseminação de práticas de prevenção ao uso de drogas e violência doméstica na assistência municipal”, coordenado pelo professor Telmo Ronzani, do curso de psicologia, e o “A formação, o trabalho dos docentes que atuam no Ensino Fundamental e a avaliação sistêmica das escolas mineiras”, sob coordenação da professora Maria Calderano, da Faculdade de Educação. Os dois projetos da UFJF receberão financiamento de R$ 108 mil.

Prevenção ao álcool e a outras drogas

Para o prof. Telmo Ronzani, a verba permitirá o aperfeiçoamento das atividades

O projeto “Disseminação de práticas de prevenção ao uso de drogas e violência doméstica na assistência municipal” é desenvolvido desde 2003. Inicialmente, o projeto, que conta com uma equipe formada por 12 pessoas, investigou os aspectos relacionados à prevenção ao álcool e a outras drogas em Juiz de Fora. E desde 2009, começou a implantar um trabalho de prevenção à violência doméstica na cidade.

A notícia da aprovação foi recebida com entusiasmo por Telmo Ronzani. Contemplado com R$ 48.727, o projeto terá a possibilidade de “aprimorar o trabalho desenvolvido e melhorar o atendimento, a partir desses novos recursos”, garante o professor.

O trabalho consiste na capacitação de profissionais das redes de saúde de municípios conveniados. Segundo Daniela Mota, mestranda da UFJF e integrante da pesquisa há cinco anos, já foram capacitados mais de 600 profissionais ao longo desse período. “Esse projeto é importante, pois vem suprir uma deficiência do sistema público em relação a ações de prevenção e combate ao uso de álcool e outras drogas”, diz Daniela.

Formação de professores

Para a prof. Maria Calderano, a qualidade da formação do professor não tem relação direta com o desempenho alcançado pelas escolas no Prova Brasil

A professora Maria Calderano pesquisa há dez anos a relação entre o campo de formação e de trabalho dos professores. Seu projeto, intitulado como “A formação, o trabalho dos docentes que atuam no Ensino Fundamental e a avaliação sistêmica das escolas mineiras”, foi contemplado com incentivo de R$ 59.710.
De acordo com a educadora, o projeto surgiu de uma pesquisa realizada durante o ano de 2009. “Fomos a campo conversar com professores do quinto ano das escolas públicas mineiras para saber o que esses profissionais pensam sobre sua formação, a forma como dão aula e a avaliação sistêmica realizada pelo MEC”. A escolha por essas escolas ocorreu em função do desempenho de cada uma delas na avaliação de rendimento escolar “Prova Brasil”, realizada pelo governo federal.

Segundo Calderano, esse índice gera baixa autoestima nos professores de escolas com piores resultados e nem sempre reflete a realidade daquele estabelecimento de ensino. “Concluímos que não existe relação direta entre a qualidade de formação do docente e o índice alcançado pela escola”, diz a pesquisadora.

Mais informações sobre os dois projetos aprovados pela Fapemig, você poderá conferir na edição de setembro do informativo “Estendendo Extensão