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Dissertações – Ano: 2021

 

Robson Luiz Marques da Silva

Título: “Trabalho bancário e saúde do trabalhador: análise das condições e relações de trabalho nos bancos públicos em Juiz de Fora/MG”

Orientador: Profª. Drª. Ana Lívia de Souza Coimbra

Professores Examinadores: Profª. Drª. Janete Luzia Leite e Profª. Drª. Edneia Alves de Oliveira.

Data da defesa: 31/05/2021

Resumo: O estudo apresentado a seguir foi realizado com os trabalhadores bancários oriundos dos bancos públicos Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil do município de Juiz de Fora/MG. Seu objetivo foi analisar as condições e relações de trabalho dessa categoria e as repercussões no âmbito da saúde em meio às profundas transformações no mundo do trabalho. Analisaram-se os impactos da reestruturação produtiva no Setor Financeiro desde da década de 1980 e suas resultantes no que tange à saúde e às condições de trabalho. No início da pesquisa, foi decretado o isolamento social devido à pandemia da Covid-19, fato esse que impôs o emprego de meios eletrônicos para abordar os trabalhadores. As informações encontradas relevaram que a vida profissional dos bancários está carregada de incertezas, pressões diárias, assédio moral, medo, adoecimento psíquico e mental. Elementos esses que podem caracterizar que o trabalho bancário traz adoecimento para os trabalhadores e que a maneira de resistência destes é o movimento sindical.

Palavras-chave: Bancários; Trabalho; Mudanças no Processo de Trabalho Bancário.

Dissertação (formato .pdf, tamanho 2,63 MB)

 

Lucimara dos Reis Pinheiro

Título: “O Movimento Feminista e a questão da perspectiva de classe: Um estudo sobre a Greve Internacional de Mulheres de 2017 (GIM 2017).”

Orientador: Profª. Drª. Maria Lúcia Duriguetto

Professores Examinadores: Profª. Drª. Marina Barbosa Pinto e Profª. Drª. Verônica Ferreira.

Data da defesa: 15/04/2021

Resumo: No presente estudo buscamos, inicialmente, apreender os processos de luta e afirmação política do sujeito coletivo mulher, visando conferir sentido histórico a esta apreensão. Nossa opção foi vincular esses processos de tomada de consciência de si e das relações sociais que determinam suas condições de existência, de forma material e simbólica, vinculados que estão às dinâmicas que constroem as lutas da classe trabalhadora. Isto posto, evidenciamos que observamos limites em nossas análises. Limites que não permitem, neste estudo, abarcar construções históricas anteriores ao processo de acumulação capitalista, onde, de forma diferenciada, as relações sociais alicerçadas por outras bases materiais se deram trazendo subjetivações e construções relacionais outras para as mulheres e suas existências. No percurso aqui proposto, observamos o processo dialético, diante de uma construção vivida e dimensionada por sobrevivência, assunção a direitos e dentro de uma ordem econômica, social e política. Neste caminhar, buscamos as trilhas para pensar a práxis feminista contemporânea e suas ligações inequívocas com a dinâmica da luta de classes. Entendendo o movimento feminista como um importante elemento da luta antissistema, vislumbramos em sua práxis contribuição teórica fundamental para a construção da teoria social crítica. Em acordo com essas proposições, observamos seu processo de afirmação enquanto movimento vivo no tecido social. Atravessamos o Atlântico para buscar compreender que a vivência das opressões e da exploração se dá de forma diferenciada e não dissociada do processo histórico em que os sujeitos sociais se inserem ou são inseridos. Observado isto, tratamos de analisar de forma crítica a Greve Internacional de Mulheres ocorrida em 8 de março de 2017. Entendemos este evento como um marco importante, no qual o movimento feminista se renova dialeticamente em suas proposições primeiras, retornando seu olhar para uma disputa de projeto político e civilizatório. Avançamos na procura do entendimento dos sofisticados mecanismos de dominação ideológica impostos pelo sistema capitalista e, a partir desse entendimento, corroboramos a tese de que o movimento feminista formula para o avanço do grau de consciência e mobilização da classe. De forma mais acurada, nos ateremos à construção da Greve Internacional de Mulheres de Juiz de Fora em 2017. Mesmo sabendo dos possíveis problemas advindos da proximidade temporal e do nosso envolvimento direto com o objeto estudado, ainda assim, nos propomos a contribuir na formulação de material para a construção da história dos movimentos sociais feministas de Juiz de Fora. Em momentos de ofensiva do capitalismo ultraliberal, perceber a movimentação de resistência das mulheres na defesa de seus direitos, e nesse processo, de elevação de consciência do conjunto de sua classe nos parece fundamental para pensarmos estratégias de combate à questão social, percebendo a sofisticação dos mecanismos de controle ideológico do capital nas mediações discriminatórias que gênero e raça produzem no interior da classe trabalhadora.

Palavras-chave: Classe trabalhadora; Feminismo; Greve Internacional de mulheres; movimento feminista de Juiz de Fora.

Dissertação (formato .pdf, tamanho 1,05 MB)

 

Lara Rodrigues Caputo

Título: “FORMAÇÃO SOCIAL BRASILEIRA, RACISMO E SOFRIMENTO PSÍQUICO DA POPULAÇÃO NEGRA: um estudo de revisão na area de Serviço Social”

Orientador: Prof. Dr. Marco Jose de Oliveira Duarte

Professores Examinadores: Profª. Drª. Elizete Maria Menegat e Profª. Drª. Magali da Silva Almeida.

Data da defesa: 15/03/2021

Resumo: O presente estudo tem como objetivo apresentar a interlocução entre racismo e os sofrimentos mentais, a partir de uma revisão teórica. Traçamos uma análise crítica do processo colonizador vivenciado pelo Brasil até a conformação do racismo na sociedade atual, utilizando de referenciais teóricos de perspectiva crítica, dividido em três capítulos, a saber: 1) O processo de colonização no Brasil: gênese, desenvolvimento e ascensão do capitalismo dependente; 2) Racismo estrutural e a violência: fundamentos, características e a relação com os sofrimentos psíquicos e 3) Racismo e sofrimento psíquico na atualidade: uma revisão integrativa em periódicos do Serviço Social. Apresentam-se, no primeiro capítulo, os principais acontecimentos históricos: invasão do território brasileiro; povoamento desse território; a economia colonizadora com a utilização de força de trabalho negra escravizada; o regime escravista, com ênfase nas contradições existentes nesse processo; a passagem da mão-de-obra escrava para a livre e; a independência da colônia à formação do capitalismo dependente. Seguidamente, no segundo capítulo, aborda-se a conformação do racismo e suas consequências para a população negra relacionada aos sofrimentos mentais, o papel da psiquiatria e do manicômio como viabilizadores da violência. No terceiro e último capítulo, apresenta a revisão integrativa realizada, tendo como base de dados os vinte periódicos da área de Serviço Social, a fim identificar como a profissão e a área de conhecimento vem tratando, teoricamente, da relação entre raça, racismo e os sofrimentos psíquicos. No total, foram encontrados dezesseis artigos, nos quais analisamos, a partir da metodologia da análise de conteúdo, demonstrando seus limites e avanços de elementos comuns entre eles.

Palavras-chave: Racismo; Revisão integrativa; Sofrimento psíquico.

Dissertação (formato .pdf, tamanho 1,52 MB)