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Química comemora conceito 5 da Capes e aquisição de equipamento de análise de metais

O Programa de Pós-Graduação em Química da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) ganhou destaque neste semestre após receber conceito 5 na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Ao lado da Pós-graduação de Ciência da Religião, é o único que possui este conceito na UFJF. Já na última semana, o Departamento de Química recebeu um novo equipamento de análise de metais, que possibilitará o desenvolvimento de vários estudos dentro da universidade.

A avaliação dos Programas de Pós-graduação compreende a realização do acompanhamento anual e da avaliação trienal do desempenho de todos os programas e cursos que integram o Sistema Nacional de Pós-graduação (SNPG). Os resultados desse processo, expressos pela atribuição de uma nota na escala de “1″ a “7″, fundamentam a deliberação do Conselho Nacional de Educação (CNE), órgão do Ministério da Educação (MEC), sobre quais cursos obterão a renovação de “reconhecimento”, a vigorar no triênio seguinte.

A pós em Química da UFJF iniciou suas atividades no ano de 2001 com o curso de Mestrado. Em 2006, foi aprovado pela Capes o curso de Doutorado e, desde então, foram feitas mais de 50 defesas de mestrado e quase dez de doutorado.

Segundo o coordenador do PPG em Química, Luiz Fernando de Oliveira, o programa tem tido como alvo principal os alunos egressos do curso de Química da própria UFJF, e nos últimos anos cresceu a procura de candidatos de outras regiões, tanto de Minas Gerais quanto de outros estados do país. Hoje, são mais de 70 alunos no Programa, aproximadamente metade está fazendo Mestrado e a outra metade cursando Doutorado, dentro das linhas de pesquisa definidas: Espectroscopia Molecular, Química Computacional, Físico-Química de Sólidos e Interfaces, Métodos de Separação, Eletroanalítica e Instrumentação Analítica, Quimiometria, Química Ambiental, Bioinorgânica, Polímeros de Coordenação, Síntese de Moléculas Bioativas e Educação em Química.

Entre os focos de estudo da pós, a produção de conhecimento ganha destaque, ou seja, a publicação de trabalhos em revistas internacionais indexadas, envolvendo a participação de discentes do Programa. Luiz Fernando ressalta que fazem parte do Programa de Pós em Química os dois pesquisadores mais produtivos de toda a UFJF nos últimos cinco anos. “Esse dado foi fornecido pelo Dr. Félix de Moya Anégon, representante do Centro de Ciências Humanas y Sociales do Instituto de Políticas y Bienes Públicos (IPP), do Governo da Espanha, na visita ao Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, fornecendo essa informação durante o seminário realizado no Fórum de Coordenadores de Programas de Pós-Graduação da UFJF.”

Para melhorar a infraestrutura do curso, o coordenador ressalta que é preciso ampliar espaço para novos laboratórios de pesquisas, salas especiais para receber instrumentos de grande porte, espaço para escritórios de professores e mais espaços para os próprios estudantes de pós-graduação. “A obtenção do conceito 5 é fator de grande orgulho para todos os colegas do Departamento de Química que, de uma maneira ou de outra, contribuíram ou contribuem para o desenvolvimento do Programa de Pós-Graduação. Além disso, a partir de agora nosso Programa, e por consequência nosso Departamento, ocupa um novo espaço dentro da Química brasileira, com qualidade e competência”.

Novo equipamento auxiliará pesquisas em diversas áreas

Na última semana foi instalado no Departamento de Química o primeiro equipamento de “Espectrometria de Absorção Atômica” da UFJF. Com este aparelho poderão ser desenvolvidas pesquisas envolvendo análise elementar, tais como de metais pesados, de micro e macro constituintes.

Segundo o professor do Departamento de Química, Júlio César José da Silva, a aquisição do equipamento é muito importante, pois vai possibilitar o desenvolvimento de vários estudos dentro da universidade. “Algumas trabalhos com o equipamento já foram requisitados como análise de metais em água de chuva, análise de metais em sedimentos de rio e análise de espécies metálicas em complexos de platina são alguns exemplos”, explica.

O equipamento também poderá ser usado em pesquisas de outras áreas como meio ambiente, toxicologia, alimentos, saúde, etc. Julio César explica que no curso de Farmácia, por exemplo, onde também dá aulas, o novo equipamento vai possibilitar a análise prática de fármacos que antes não era feita por falta de um recurso. “A utilização do aparelho está disponível à comunidade acadêmica da UFJF e estamos abertos para que os outros departamentos nos procurem.”

Publicada em: 7 de outubro de 2010 em <www.ufjf.br>