Título do projeto: Cartografia Social em territórios atingidos pelo desastre da mineração no município de Brumadinho-MG – Etapa 2: avançando metodologias remotas
Coordenação: Prof. Wagner Batella
Bolsistas: Vitória Custódio Christ de Carvalho / Daniel Alves Braga
Colaboradores: Profa. Clarice Cassab, Prof. Elias Lopes de Lima e Miguel Fernandes Felippe
A ação extensionista soma-se a outras que compõem o programa de extensão Minas de Lama (abre em nova janela), com foco nos territórios atingidos por rompimentos de barragens em Minas Gerais. Na edição passada, fomos fortemente afetados pela pandemia, sendo necessário alterar as ações com o projeto já iniciado. No presente projeto, de maneira particular, pretendemos avançar metodologias de cartografia social passíveis de serem desenvolvidas de maneira remota. Priorizamos comunidades atingidas pelo desastre desencadeado pelo rompimento da Barragem B1 da Mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho – Minas Gerais.
Diante da destruição de seus territórios, das perdas humanas e materiais, seguem-se conflitos de diversas ordens envolvendo as comunidades vitimadas, a Vale, empresa responsável pela barragem rompida, e o poder público. Nessa correlação de forças, é comum aos interesses das comunidades não serem contemplados pelos sistemas técnicos, ditos institucionais e controlados pelo Estado. A proposta de uma ação com foco na Cartografia Social visa apresentar um instrumento para elaboração de uma autocartografia, que em função da situação sanitária que enfrentamos seria preparada de maneira remota, com potencial para valorizar as territorialidades das comunidades atingidas, representar os seus territórios por meio de mapas sociais, bem como oferecer um instrumental que atue no empoderamento dessas comunidades.
A metodologia inicia-se com a seleção de uma comunidade para o desenvolvimento do projeto, isso será feito com apoio do contato preexistente com movimentos sociais de Brumadinho. Na sequência, serão realizadas oficinas virtuais com os sujeitos, discutindo as temáticas e a metodologia de elaboração dos mapas sociais. Todo processo será conduzido considerando o protagonismo da população local. Ao final, os mapas serão tratados em ambiente de Sistemas de Informações Geográficas (SIG) visando a comunicação em ambiente digital.