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Alguns indicadores da população jovem de Juiz de Fora

Olhando o passado afim de alcançar o futuro: alguns indicadores da população jovem de Juiz de Fora


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou recentemente a pirâmide etária de Juiz de Fora que, por sua vez, indicou a maior concentração de pessoas na faixa de 15 a 24 anos. Neste momento que todos aguardam os resultados finais do Censo 2010 talvez seja importante fazermos um exercício de olhar para trás a fim de delimitar um perfil da população jovem da cidade. O que nos permitirá, futuramente, compará-lo com os dados de 2010. Assim, apesar de nem todos os dados referentes ao censo de 2010 terem sido disponibilizados alguns aspectos são possíveis de serem apresentados, tomando como medida as informações contidas no último censo  (2000).

 

Já em 2000 era possível perceber a concentração de indivíduos na faixa de 15 a 24 anos e uma redução nas faixas que compõem a base da pirâmide. O censo de 2000 apresentou, para Juiz de Fora, um total de 84.080 jovens entre entre 15 a 24 anos. Já segundo o Anuário Estatístico de Juiz de Fora, em 2006 a estrutura etária por cor da pele indicava um maior percentual de população entre 10 a 20 anos pardos e pretos, com respectivamente 20,5% e 19,58%. Seguido de 17,55% de brancos. Dentre os jovens pardos, 20,84% eram homens e 20,16% mulheres. Já entre os pretos, 19,99% eram do sexo masculino e 19,17% do sexo feminino.

 

Quanto à concentração da população por faixa etária nas regiões administrativas da cidade era possível notar uma variação expressiva entre a Região Centro e as demais. Na Região Centro havia uma maior concentração de população de faixas etárias mais avançadas, significando uma maior concentração de idosos em relação às outras regiões. Por outro lado, parecia  ser significativa a concentração de jovens nas regiões Leste e Sul da cidade.

 

Dentre a população jovem residente (de 15 a 24 anos) era grande o percentual de alfabetizados. Na faixa de 15 a 24 anos houve uma redução do percentual de jovens como menos de quatro anos de estudo bem como com menos de oito anos. O que poderia indicar uma maior permanência dos jovens na rede de ensino da cidade – como sugeria o aumento do percentual de jovens entre 15 e 17 anos freqüentando a escola.

 

Dentre os jovens de 15 a 24 anos analfabetos 12,19% eram pretos, 21,23% jovens pretos do sexo masculino e 13,16% jovens pretas do sexo feminino. O percentual entre os jovens brancos era de 4.62% sendo a maioria composta por mulheres. A taxa de escolarização bruta no ensino médio da cidade era de 106.03. Desses, 123.37 eram brancos e 80.61 pretos. No ensino superior essa taxa era de 21.52, sendo a grande maioria de brancos.

 

Esses indicadores permitiam sugerir a expressiva presença de jovens no município bem como determinar um certo perfil desse jovem: na sua maioria residente em áreas periféricas da cidade, prteos e/ou pardos.

 

A pirâmide de 2010 reforça o perfil jovem da população da cidade. Neste último censo o número de jovens cresceu para 87.790 jovens, sendo que destes 43.782 são homens e 44.008, mulheres. Esse perfil se explica, em parte, pelo estreitamento da base da pirâmide – correspondente a faixa de 0 a 4 anos.  Assim, ainda segundo o censo de 2000, a taxa de fecundidade passou de 2,0 para 1,7, no período de 1991 a 2000. Em 2000, segundo o mesmo censo, o número total de população entre 0 a 4 anos era de 35.027. Dez anos depois esse número caiu para 28.880 pessoas.

 

O que parece estar ocorrendo é o processo de envelhecimento da população de Juiz de Fora. O que exigirá de todos, no presente, pensarmos os jovens, e no futuro a população idosa.

 

Os dados do Censo 2010, cruzados com outras informações, permitirão traçar novamente o perfil da população da cidade indicando sua evolução e dinâmica.

 

Esperamos por eles!