No ano em que comemora uma década de atividades em Governador Valadares, o campus avançado da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) ganhou mais um motivo para comemorar. O Conselho Superior (Consu) aprovou, na última sexta-feira, 30, por unanimidade, a construção de instalações para o Departamento de Odontologia.
As obras serão realizadas na unidade do bairro São Pedro, local onde desde agosto de 2021 já funcionam os departamentos de Ciências Básicas da Vida (DCBV) e de Fisioterapia. O imóvel de atuais quase 4000m² será ampliado, com a construção de provavelmente mais dois pavimentos, criando uma estrutura para aulas teóricas e práticas, atendimento à comunidade e demais atividades necessárias a uma formação de qualidade dos futuros odontólogos.
Resultado da articulação entre Direção-Geral, Coordenação Administrativa, gerências de Infraestrutura e Tecnologia da Informação e Administrativo-Financeira, Instituto de Ciências da Vida (ICV) e Departamento de Odontologia, a aprovação das obras representa o primeiro passo para a solução daquele que é hoje um dos principais problemas do campus: a ausência de estrutura suficiente para todas as atividades do curso.
A decisão do Consu, como era de se esperar, foi muito festejada no campus. O diretor-geral afirmou que “além de ser motivo de comemoração, é um alívio muito grande e uma expectativa gigantesca para que, nos próximos anos, tenhamos condições de oferecer tudo o que os nossos alunos e servidores da Odontologia merecem em termos de qualidade de ensino, pesquisa e extensão”. Ainda de acordo com Ângelo Márcio Leite Denadai, receber essa notícia após “longo tempo de luta” pela demanda e justamente nesse momento em que o campus completa dez anos é “um verdadeiro presente”.
Para o diretor do Instituto de Ciências da Vida (ICV), a conquista ajuda a ampliar a relevância do curso. “Vai permitir que todos os servidores e estudantes tenham uma maior qualidade durante a execução das suas atividades, o que vai potencializar todo o impacto que a Odontologia já exerce na região por meio dos atendimentos odontológicos e também suprir demandas que hoje não são atendidas, relacionadas a ensino, pesquisa e extensão”, pontuou o docente Leandro de Morais Cardoso, que fez questão de destacar que embora essa tenha se mostrado “a melhor solução possível”, o ideal mesmo é a construção de uma estrutura própria que comporte todos os setores e unidades. “Nós não desistimos do campus”, enfatiza.
A medida, claro, agradou também aos alunos do curso, que desde 2016 reivindicam instalações adequadas às suas atividades. “É, sem dúvidas, uma nova fase”, afirma a presidente do Diretório Acadêmico de Odontologia, Mikaela Laignier, que enumera os benefícios das futuras instalações. “Um espaço só nosso nos dá a oportunidade de dividir a carga horária, que às vezes fica maçante por termos que cumprir com os horários previstos em contrato de aluguel; reduz os gastos com deslocamento; fica menos confuso para os pacientes, o que diminui ausências aos tratamentos; otimiza o nosso tempo, dos professores e técnicos administrativos, e proporciona melhores condições de trabalho”. E finaliza afirmando que “é uma conquista enorme para todos os discentes que já passaram pelo campus e lutaram por este momento”.