De acordo com o que foi decidido pelo Conselho Superior (Consu) na sexta-feira, 11, a plataforma Busco Saúde alerta sobre as alterações feitas no protocolo sanitário visando o retorno das atividades presenciais nos ambientes da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). 

Dentre as principais mudanças, destaca-se o critério adotado para suspensão de atividades em caso de suspeita da doença: agora, as aulas em uma turma serão suspensas no caso de 30% ou mais de sintomáticos nessa mesma turma. No caso de contactantes reincidentes, o usuário deverá procurar atendimento médico nos serviços de saúde e obter um atestado, se for o caso. A equipe de monitores individuais do Busco Saúde fará necessariamente pelo menos um contato pelos canais de comunicação durante o processo de monitoramento (telefone, WhatsApp e e-mail). Enquanto o contato não ocorrer, o usuário deverá manter seu automonitoramento pelo webapp do Busco Saúde.

Quem perder o seguimento do monitoramento por não se automonitorar ou não responder aos contatos dos monitores individuais do Busco Saúde (não atender a ligação, não responder a mensagem por WhatsApp e não responder ao e-mail) até o 7° ou 10°, dia quando for o caso, não receberá a declaração de afastamento e de retorno da plataforma. Além disso, caso os quarentenados quebrem o protocolo de biossegurança até o 10° dia, fazendo novo contato com alguém que tenha testado positivo para Covid-19, os mesmos não receberão uma segunda declaração do Busco Saúde.

A pesquisadora da Faculdade de Medicina da UFJF e responsável pelo monitoramento da plataforma, Sandra Tibiriçá, explica que as sugestões do protocolo são baseadas na mudança do cenário epidemiológico do município e nos dados do próprio Busco Saúde. Foi observado no último boletim, por exemplo, uma clara tendência de redução nas médias móveis de casos diários. No final da semana 4/2022, o número era de 18 casos diários. No dia 20 de fevereiro, esta média foi de aproximadamente 3,3 casos, uma redução de praticamente 81%.  

Sobre a importância de manter os dados atualizados, Sandra afirma que os pesquisadores se baseiam nestes para tomar decisões como a de hoje, que flexibilizam medidas previamente estabelecidas mediante o cenário de transmissibilidade e letalidade da doença.