A nona edição do curso Fala Ciência já está com inscrições abertas.

O mundo parado há mais de um ano em função de uma pandemia viral deixou explícita a necessidade urgente de criarmos no país uma cultura de divulgação científica para envolver o cidadão no debate sobre o desenvolvimento científico e os avanços tecnológicos. Falar sobre ciência de forma acessível à população não especialista, atrativa e visando a apropriação do conhecimento não é tarefa fácil. Pensando nisso, a Universidade Federal de Juiz de Fora, juntamente com as demais instituições que compõem a Rede Mineira de Divulgação Científica, dá continuidade ao esforço de formação de divulgadores da ciência.

Já estão abertas as inscrições para o curso Fala Ciência. Com o objetivo de promover discussões e trocar conhecimento e experiências, o curso de comunicação pública da ciência e tecnologia, promove sua nona edição no dia 27 de maio, das 9h às 17h, em formato on-line. A programação deste ano conta com mesas de especialistas que vão falar sobre desinformação nas redes; algoritmos e seus impactos nos ambientes on-line; políticas institucionais de apoio à divulgação científica; museus virtuais e divulgação da ciência no Twitter.

O reitor da UFJF, Marcus David, fará a abertura do evento.

As inscrições já estão abertas e devem ser feitas pelo Sympla, plataforma pela qual serão emitidos os certificados. A transmissão será pelo canal do Fala Ciência no YouTube. É importante que os interessados se inscrevam no Canal para que sejam notificados sobre as atualizações. Confira também o Instagram do evento.

Outras informações:

https://redemineiradecomunicacaocientifica.wordpress.com

Confira a programação completa:

– 9h às 9h30: Abertura

Marcus David (Reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF e vice-presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior – Andifes)

Amanda Thomaz Monteiro (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM e membro do Comitê Coordenador da Rede Mineira de Comunicação Científica – RMCC)

9h30 – 11h: Como falar de ciência para públicos desconfiados e reduzir a desinformação.

Debatedores: Viviane Alves (Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais – ICB/ UFMG) e Luciana Silva (Fundação Ezequiel Dias – Funed)

Mediador: Marcus Vinicius dos Santos (Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais – ICB/ UFMG e Rede Mineira de Comunicação Científica – RMCC).

Alguns dados já tornam possível afirmar que a pandemia promoveu uma verdadeira corrida de cientistas e de organizações de ensino e pesquisa às redes sociais e à mídia tradicional, como forma de combater a desinformação sobre a Covid-19 e o coronavírus. Quais os desafios para falar de ciência para não cientistas? Divulgar é dever do cientista? Facilitar o entendimento para a população é um trabalho intelectual de reconstrução da retórica ou mera tradução? O que significa o “consenso científico”? E corrigir informações falsas? Entender do assunto é suficiente? E como lidar com as críticas que não trazem nenhum embasamento científico? Qual o papel dos profissionais das várias áreas de comunicação?

11h – 12h30:  Algoritmos, plataformas e seus impactos na comunicação da ciência em ambientes on-line

Debatedores:  Amanda Jurno (Pesquisadora dos grupos R-EST e GAIA), Carlos D’Andréa (Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG), Mila Laranjeira e Virgínia Mota (Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG e Canal Peixe Babel).

Mediadora: Vanessa Fagundes (Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig e Rede Mineira de Comunicação Científica – RMCC)

A emergência de ferramentas on-line utilizadas para produção, edição e compartilhamento de informações e de mídias sociais que funcionam como locais de encontro e de sociabilidade representou um novo leque de possibilidades para a comunicação da ciência. Ao mesmo tempo, introduziu personagens que não só reconfiguram rotinas de profissionais e de instituições, mas também impõem uma nova lógica de audiência e de relevância. Como a mediação algorítmica e a plataformização da web impactam os processos de divulgação científica em ambiente on-line? Tal questão é o ponto de partida da mesa, que abordará estudos desenvolvidos sobre o tema e experiências práticas.

14h – 15h30: Políticas institucionais de apoio à Divulgação Científica

Debatedores: Natália Flores (Agência Bori e Labjor/Unicamp) e Marcelo Yamashita (Universidade Estadual Paulista – Unesp)

Mediadora: Ana Eliza Alvim (Universidade Federal de Lavras – Ufla)

A interação entre os cientistas e o público não especializado é cheia de desafios. Uma questão essencial é o suporte que esses cientistas recebem, ou deveriam receber, das instituições às quais estão ligados, para que possam empreender projetos e programas de divulgação científica. O apoio institucional é importante para o engajamento da comunidade acadêmica na comunicação da ciência e pode estar materializado em políticas institucionais robustas, que respaldem e estimulem os pesquisadores para o diálogo com a sociedade, e os oriente em boas práticas. O que caracteriza hoje as instituições brasileiras de pesquisa quanto a políticas institucionais de divulgação da ciência? Quais são as maiores dificuldades? O que temos de exemplos de sucesso e de práticas a serem seguidas? Qual a percepção dos cientistas sobre esse apoio institucional? Do que precisamos para avançar? – essas e outras questões vão perpassar as discussões da mesa.

Mesas simultâneas: 15h30 – 17h 

Acessibilidade Comunicacional: Museus Virtuais e Divulgação Científica

Debatedores: Camila Silveira (Universidade Federal do Paraná – UFPR) e Jéssica Norberto Rocha (Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro – Cecierj)

Mediador: Daniel Fernando Bovolenta Ovigli (Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM e Rede Mineira de Comunicação Científica – RMCC)

Envolver diversos setores em um processo participativo auxilia instituições voltadas à cultura científica a tornarem seus espaços convidativos, abertos e inclusivos. Com foco na importância da acessibilidade comunicacional, a mesa trata de museus virtuais e divulgação científica. As debatedoras apresentarão as perspectivas relacionadas ao conceito de acessibilidade, bem como ideias e estratégias adotadas em experiências realizadas em espaços científico-culturais.

Divulgação Científica no Twitter: segue o fio

Debatedores: Luiza Caires (Jornal da Universidade de São Paulo – USP) e Hugo Fernandes (Universidade Estadual do Ceará – UECE)

Mediadora: Diélen Borges (Universidade Federal de Uberlândia – UFU)

Falar sobre ciência no Twitter é estratégico. Com 186 milhões de usuários ativos em todo o mundo, o Twitter pode não ser a rede social mais popular, mas é onde acontece o debate entre influenciadores e tomadores de decisão: políticos, artistas, jornalistas e, cada vez mais, cientistas. Como aproveitar esse espaço, onde a informação se dissemina com mais rapidez e objetividade, para divulgar a ciência?