Foi realizada nesta quarta-feira, 28, a abertura do 1º Seminário Nacional de Economia Solidária, Desenvolvimento Sustentável e Educação Ambiental. Organizado pela Comissão de Coleta Seletiva Solidária da UFJF-GV, em parceria com projetos de extensão, pesquisa e treinamento profissional, o evento possui uma programação ampla com diversas atividades que discutirão até a próxima sexta-feira, a atuação de Empreendimentos Econômicos Solidários na região de Governador Valadares, o desenvolvimento sustentável e a educação ambiental.
Durante a mesa de abertura, a professora Fernanda Alcântara, Presidente da Comissão de Coleta Seletiva Solidária, convidou aos estudantes e servidores a participarem das atividades, ouvindo e propondo ações em conjunto com a sociedade civil organizada. “Queremos socializar os nossos trabalhos, mas também ouvir a comunidade envolvida, que ela seja recepcionada no ambiente acadêmico. Que a gente possa sentir essas experiências, ouvir, agir e propor ações em conjunto com a comunidade”.
A abertura contou ainda com a participação do diretor-geral da UFJF-GV, Peterson Andrade; e do diretor do Instituto de Ciências da Vida, Ângelo Denadai. Em sua fala, Peterson destacou que “um evento como esse, planta várias sementes para o fomento de cooperações institucionais. A soma dos esforços faz com que as ações ganhem força.”. Ângelo, por sua vez, ressaltou o desejo de que o Seminário realizado em meio ao aumento do desmatamento e de incêndios na Amazônia “sirva de reflexão para que queimadas não voltem a acontecer visto que a proteção ambiental é dever de todos”.
Em seguida, a programação do primeiro dia de eventos priorizou a discussão sobre economia solidária. Na palestra inaugural, Ana Lívia de Souza Coimbra, pró-reitora de extensão da UFJF, abordou aspectos importantes da economia solidária e sua relação com a extensão universitária, bem como a história da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Federal de Juiz de Fora (Intecoop). Criada em 1998, a Intecoop faz parte do primeiro grupo de incubadoras do país e surgiu a partir de um projeto de extensão que oferecia suporte à formação e desenvolvimento de geração de trabalho e renda, sob a forma de cooperativas e associações populares.
Em 2016, depois de ficar cinco anos desativada, a Intecoop de Juiz de Fora foi retomada pela Pró Reitoria de Extensão. Atualmente se divide em três frentes de trabalho e três núcleos que se organizam para apoiar e assessorar os coletivos: Agroecologia; Arte, Artesanato, Cultura e Reciclagem; e Movimentos Sociais. Agora, Ana Lívia sugere a criação de uma Intecoop autônoma em Governador Valadares. “A gente pode ter uma Intecoop também no campus de GV. A sugestão que eu trago para vocês é que os projetos de extensão conversem, para que tenhamos uma incubadora também em Governador Valadares. Os projetos de extensão podem continuar existindo, mas dentro de uma estrutura de uma Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares. Se esses projetos existirem, mas não estiverem vinculados aos fóruns regional, estadual e brasileiro, serão projetos de extensão que terão resultados micro, só no local em que serão desenvolvidos”.
A programação do primeiro dia de atividades continuou com a realização de duas mesas-redondas que abordaram os temas “Economia Solidária e Reciclagem” e “Associações, Organização dos Catadores e a Cadeia Produtiva da Reciclagem”.