Fabrício Teixeira Viana defendeu a dissertação “Monumentos, esculturas e espaço público: A Imaginária Urbana em Juiz de Fora/MG (1906 – 2016)”, no último dia 25 (foto: Twin Alvarenga/UFJF)
A análise de três espaços públicos, caracterizados por três monumentos históricos presentes neles, norteou a pesquisa de mestrado do acadêmico do Programa de Pós-Graduação em Ambiente Construído (PPGAC), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Fabrício Teixeira Viana. A intenção do pesquisador foi a de remontar a trajetória de Juiz de Fora, por meio da contextualização e das representatividades imaginária e simbólica destes espaços e monumentos.
“Sou do interior do Rio de Janeiro, mas moro em Juiz de Fora há quase nove anos e sempre tive interesse em retratar a história da cidade, que já foi muito bem contada por outros autores”, revela Fabrício. Ele mostrou que o recorte temporal da pesquisa tomou como base o ano de 1906, data de inauguração da estátua do Cristo Redentor, localizada no Morro do Imperador. Segundo o mestrando, esta foi uma tentativa de abranger toda a história da arte pública da cidade.
O estudo também analisou a obra “Marco do Centenário”, inaugurada em 1951 na Praça Pantaleone Arcuri, no bairro Poço Rico, e a escultura “Releitura de Abaporu”, criada em 2015, e instalada na Praça Antônio Carlos, no Centro. Para realizar a pesquisa, o acadêmico utilizou a metodologia aplicada pelo pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) e diretor do Museu de História Nacional, Paulo Knauss.
“Ele conceitua os objetos pela cidade como ‘Imaginária Urbana’, que seria um coletivo de imagens onde esses objetos dizem muito a respeito do local, da memória social e da história urbana e, assim, contam de alguma forma a história da cidade por extensão. Consegui, então, registrar a importância desses três espaços até a contemporaneidade”, pontua Fabrício.
Para ele, a metodologia utilizada pela dissertação possibilita o desenvolvimento de outras pesquisas que busquem analisar outros espaços de Juiz de Fora e até mesmo de outras cidades.
O professor orientador do estudo, Antonio Ferreira Colchete Filho, explica que a memória de uma cidade pode ser contada a partir da relação com os espaços públicos, onde os monumentos e esculturas se instalam. “A cultura urbana é evidenciada através da história desses elementos que são, de alguma forma, colocados na cidade com o crivo do próprio artista e da população. Esta é uma relação entre agentes sociais que ajudam a construir o espaço público e a noção da nossa vida urbana.”
Contato:
Fabrício Teixeira Viana (mestrando)
fabricioviana.arq@hotmail.com
Banca examinadora:
Prof. Dr. Antonio Ferreira Colchete Filho (orientador – UFJF)
Prof. Dr. Klaus Chaves Alberto (co-orientador – UFJF)
Prof. Dr. Frederico Braida Rodrigues de Paula (UFJF)
Profa. Dra. Patricia Menezes Maya Monteiro (UFRJ)
Outras informações: (32) 2102-6465 – Programa de Pós-Graduação em Ambiente Construído (PPGAC)