Na última segunda-feira, 24, o Conselho Superior (Consu) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) aprovou, em reunião ordinária, a minuta do regimento da Moradia Estudantil. Aprovada por unanimidade, a resolução é uma demanda antiga dos estudantes e compromisso de campanha da gestão Reconstruir a UFJF, que assumiu o reitorado em abril de 2016. Os prédios oferecem 113 vagas para alunos que não sejam de Juiz de Fora e se enquadrem nos critérios sócio-econômicos exigidos pelo documento.
“Foi muito marcante o Conselho Superior finalmente aprovar o regimento da Moradia Estudantil. Com isso, criam-se as condições institucionais para que nós possamos abrir o edital e efetivamente inaugurar e habitar a moradia estudantil”, celebra o Reitor da UFJF, Marcus Vinicius David.
Segundo a vice-reitora, Girlene Silva, a gestão encontrou os prédios sem meios de habitação e trabalhou para dar as condições físicas e estruturais necessárias para a entrega dos equipamentos. “Não tinha mesmo condição de ser aberta. É um marco, uma luta dos nossos estudantes. O Conselho, ao aprovar o regimento, consolidou essa luta. Trata-se de uma reivindicação dos últimos 10 anos e ficamos felizes em poder ofertar essa possibilidade de habitação.”
Fórum definiu Regimento
Todas as deliberações a respeito da retomada das obras da Moradia foram expostas no Fórum Permanente de Assistência Estudantil, que conta com sete representantes indicados pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) e sete funcionários da Pró-reitoria de Assistência Estudantil (Proae), que se reúnem mensalmente, com o intuito de discutir todas as questões envolvidas na política estudantil da Universidade.
“Em decorrência da emergência da Moradia, em grande medida, esse Fórum se dedicou à discussão de como a gente poderia estar viabilizando essa habitação. Nesse sentido, todas as reformas necessárias, a compra de utensílios, foram discutidas com os estudantes, que estiveram juntos conosco dando opinião, apresentando as suas demandas. E, paralelo a isso, nós tínhamos, quando chegamos, uma minuta de regimento que já tinha avançado, mas que naquele momento estava paralisada”, relata o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Marcos Freitas.
O Coordenador de Assuntos Estudantis do DCE, Vitor Furtado, reitera o caráter democrático das discussões e argumenta que a representação estudantil buscou se aproximar, ao máximo, das demandas dos alunos, por meio do Conselho de Centros e Diretórios Acadêmicos. “A reitoria lidou bem, foi bem sensível aos estudantes. Foi feito um trabalho conjunto, para que a Moradia saísse o quanto antes, as reformas ocorressem, porque ela já estava pronta, se não me engano, há quatro anos. E a reitoria se mostrou bem atenta, próxima a esse assunto, sempre mostrando vontade de fazer, querendo que a Moradia fosse habitada.”
Moradia será habitada no primeiro semestre
No início de 2017, as obras de reforma, acabamento dos prédios e implantação das lavanderias foram concluídas, com verba destinada pelo Conselho Superior. A expectativa é que os equipamentos possam ser habitados ainda no primeiro semestre deste ano.
Para Marcos Freitas, ainda que que o número de vagas oferecidas não contemple todo o universo de necessidades, a aprovação do regimento da Moradia denota um marco para a luta estudantil na UFJF. “Mesmo não dando conta de toda a demanda, a gente não tem a menor dúvida de que isso foi um grande passo para a Universidade, de criação de um equipamento que vai favorecer muito aos nossos alunos que se encontram em uma situação de vulnerabilidade social”, finaliza.