Como experiências cotidianas influenciam quimicamente a nossa saúde mental? O que a química tem a ver com a psicologia e qual é a ciência por trás dessa relação? Na próxima quinta, 21, às 19h, os pesquisadores Marcone de Oliveira, do Departamento de Química do Instituto de Ciências Exatas (ICE), e Juliana Perucchi, do Departamento de Psicologia do Instituto de Ciências Humanas (ICH), vão até o Experimental Container Bar, em Juiz de Fora, para promover um diálogo sobre essas questões.

Química e psicologia: o que tem a ver?

De acordo com o Ministério da Saúde, em 2021, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 400,3 mil atendimentos a pessoas com transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de substâncias como drogas e álcool. O número mostra um aumento de 12% em relação a 2020, ano com 356 mil registros. Seguindo uma tendência semelhante, levantamento divulgado pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), mostra que nos últimos dois anos, o país registrou um aumento de 18,6% no consumo de medicamentos voltados para a saúde mental.

“É um tema extremamente atual, rico, e que viabiliza ampla discussão, uma vez que vai ao encontro da mudança cultural que nós, enquanto seres humanos, estamos vivenciando no planeta, principalmente após o advento da pandemia por Covid-19”, aponta Oliveira. De acordo com o pesquisador, a conexão entre psicologia e química é imperativa no nosso cotidiano. “Como seres sociais e emocionais, o nosso corpo reage quimicamente aos estímulos externos do cotidiano, gerando sentimentos, os quais podem resultar em sensações de bem estar ou mal estar”, explica.

“Me vê uma dose de ciência!”
O evento faz parte do projeto de extensão “Ciência ao Bar” que leva pesquisadores para conversar sobre ciência nos bares da cidade desde 2019. O principal objetivo é que cientistas dialoguem com o público de forma descontraída sobre diversos temas acadêmicos. “Em vez de a ciência ficar restrita ao meio acadêmico, esse tipo de evento torna o conhecimento científico mais democrático, permitindo que qualquer pessoa, independentemente de sua formação, tenha acesso a informações sobre descobertas e inovações”, aponta Bárbara Almeida, coordenadora do projeto.

Mais informações: Ciência ao Bar