Nesta semana, entre os dias 6 e 8 de outubro, o Cine-Theatro Central recebeu as cerimônias de Colação de Grau Unificada da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), reunindo centenas de formandos de diferentes cursos. Durante os três dias, o palco histórico do teatro se encheu de emoção, com a presença da reitora Girlene Alves, do vice-reitor Telmo Ronzani, além de diretores e coordenadores dos cursos, que acompanharam de perto esse marco na trajetória acadêmica dos estudantes.
Veja as fotos da cerimônia
Colação de grau 06 de outubro, às 17h
Colação de grau 06 de outubro, às 19h30
Colação de grau 07 de outubro, às 17h
Colação de grau 07 de outubro, às 19h30
Colação de grau 08 de outubro, às 17h
Em seu discurso, a reitora agradeceu aos formandos, familiares e servidores da Universidade, reforçando o papel da UFJF como espaço público de transformação e compromisso com o país. “Para nós, da UFJF, este é também um momento de reafirmar nosso compromisso. Precisamos exercitar a defesa da soberania do nosso país, que coloca a educação como o caminho para transformar a nação”, destacou. Ao final do discurso, Girlene também reforçou a importância da educação para a redução das desigualdades.

Mais de 800 estudantes receberam o diploma durante os três dias de evento (Foto: Carolina de Paula/UFJF)
Uma das oradoras, a formanda em Química Fernanda Ximenes, fez um discurso marcado pela emoção e pela reflexão sobre a trajetória coletiva. Em suas palavras, “nós, formandos, representamos a força da ciência, da tecnologia, da saúde e da educação. Representamos a esperança de um país mais justo e mais humano. Tivemos professores que acreditaram em nós, familiares que compreenderam nossas ausências e amigos que se tornaram nossa família. Que nunca nos falte coragem para continuar sonhando e transformando o mundo com o conhecimento que levamos daqui”, concluiu.
Formação profissional e humana
Para Rafael Medeiros, formado em Ciências Sociais, o curso foi determinante em seu amadurecimento pessoal e profissional. “O curso ajuda as pessoas a pensarem melhor o mundo em que vivem, a se posicionarem e se entenderem como seres humanos políticos. A antropologia me permite compreender como a sociedade funciona e quais são os seus desafios coletivos”, contou.
Na mesma perspectiva, César de Souza, de Ciência da Religião, ressaltou o quanto a Universidade ampliou sua visão de mundo: “a diversidade que encontrei na UFJF foi transformadora. Mesmo me considerando uma pessoa aberta, fui profundamente impactado pelas vivências e pelas trocas que a Universidade me proporcionou. Isso foi essencial para a minha formação humana.”

Entre os recém-diplomados, o sentimento de gratidão pela universidade pública e de esperança pelo futuro foi unanimidade (Foto: Twin Alvarenga)
Apoio que transforma
O sentimento de orgulho e gratidão também se estendeu às famílias que acompanharam de perto a trajetória dos estudantes. Márcio de Oliveira Abreu, irmão da formanda Cíntia de Oliveira Abreu, de Arquitetura e Urbanismo, contou sobre a emoção de ver a irmã concluir a graduação. “Somos de família humilde, de Pedro Teixeira (MG), e ver Cíntia formada na UFJF, uma das universidades mais importantes do país, é uma sensação difícil de descrever. É muita gratidão, muita emoção mesmo.” A mãe de Cíntia, Maria Fátima de Oliveira Abreu, compartilhou o mesmo sentimento: “Mesmo com as dificuldades, ela persistiu e chegou até aqui. É um orgulho imenso”.
Entre as formandas, Letícia Samuel, de Engenharia Elétrica, habilitação em Sistemas Eletrônicos, também destacou o apoio familiar como fator essencial para a conquista. “Sou de Bicas (MG) e vim morar em Juiz de Fora para estudar. Minha família sempre me apoiou em tudo e esse suporte foi fundamental para eu chegar até aqui.”
Orgulho e novos caminhos
Entre os recém-diplomados, o sentimento de gratidão pela universidade pública e de esperança pelo futuro foi unanimidade. Para Daniel Leonel, de Arquitetura e Urbanismo, a formatura representa a superação de desafios pessoais e sociais. “Formar na UFJF é mais do que um sonho, é ultrapassar barreiras. Como uma pessoa negra em um curso muitas vezes elitizado, chegar até aqui e já estar no mercado de trabalho é extrapolar limites que foram colocados sobre mim”, contou.
Já Davi Loures, de Ciências Exatas, encara o futuro com entusiasmo e com foco na pesquisa. “Pretendo seguir no mestrado, continuando a pesquisa que iniciei na área de modelagem estatística. Tenho me encontrado muito na pesquisa acadêmica, desde que iniciei na iniciação científica”, explicou.
Entre aplausos, sorrisos e lágrimas, as cerimônias encerraram uma semana de celebrações que reforçaram o papel da UFJF como um espaço de transformação social.

