A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), por meio do Núcleo de Estudos em Política Local (NEPOL), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCSO), firmou um convênio com o Observatório de Economia e Política Brasil-Argentina da Universidade Nacional de San Martín (UNSAM), da Argentina. O objetivo é desenvolver pesquisas sobre a atuação da ultradireita na política subnacional dos dois países.

Parceria se concretiza no projeto colaborativo “Caminhos da Ultradireita na América Latina: análise subnacional comparada”, coordenado pelas professoras Marta Mendes da Rocha, da UFJF, e Ximena Simpson, da UNSAM (Foto: Arquivo pessoal)
A parceria se concretiza no projeto colaborativo “Caminhos da Ultradireita na América Latina: análise subnacional comparada”, coordenado pelas professoras Marta Mendes da Rocha (UFJF) e Ximena Simpson, da UNSAM. O convênio encontra-se em fase de elaboração e aprovação do plano de trabalho conjunto.
O estudo busca compreender, de forma comparativa, a ascensão da ultradireita nos dois países, com foco no nível subnacional — estados, províncias e municípios. A proposta analisa desde as semelhanças históricas entre os países até o comportamento de prefeitos, intendentes, governadores e vereadores no Brasil e na Argentina, investigando tanto o modo como desempenham suas funções no governo local quanto a forma como contribuem para a manutenção dessa ideologia em âmbito nacional.
A iniciativa reúne docentes, pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação na articulação de esforços para compreender como se configuram as direitas radicais em chave subnacional e para fortalecer a cooperação acadêmica internacional.
Em agosto, membros do NEPOL visitaram a UNSAM para avançar na agenda de pesquisa e no desenho de atividades futuras. O encontro também contou com a participação de estudantes e pesquisadores convidados, com o objetivo de disseminar as pesquisas e incentivar novos projetos comparativos entre os dois países.
Segundo Marta, a parceria representa uma oportunidade de aprofundar o conhecimento científico a partir das semelhanças e diferenças entre os dois países. “Brasil e Argentina compartilham experiências históricas e políticas, como o período das ditaduras militares e a ascensão da ultradireita à presidência, além de serem federações que enfrentam desafios comuns em seus sistemas democráticos.”
Ela destaca ainda que a cooperação vai além da do estudo temático. “Permitir que nossos alunos tenham contato com outros sistemas acadêmicos, aprendam novas línguas e integrem uma rede internacional de pesquisa desde a graduação faz toda a diferença para a formação e amadurecimento dos futuros pesquisadores”, ressalta.
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Núcleo de Estudos sobre Política Local
