Estão abertas as inscrições para o 6º Seminário de Tradução (Setra) da Faculdade de Letras (Fale) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O evento acontece no período de 30 de setembro a 2 de outubro, com o tema Direitos Humanos e Meio Ambiente: Tradução de Gente para Gente, que visa abordar como a sustentabilidade e a cidadania são fundamentais enquanto direitos da pessoa humana. 

Evento gratuito aborda a tradução de gente para gente em meio ao avanço das inteligências artificiais (Imagem: Pixabay)

Oportunidade para tradutores de carreira ou em formação e para demais interessados nas temáticas de ecologia e direitos humanos, o Setra apresenta programação variada, reunindo minicursos, mostras de tradução audiovisual e intersemiótica, conferências e mesas-redondas. Entre os convidados estão a coordenadora do curso de Letras-Libras da UFJF, Carla Couto, o escritor Leonardo Fróes, e a professora do Departamento de Letras da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), Maria Rita Drumond Viana.

O evento é gratuito, e interessados devem preencher formulário eletrônico até 22 de setembro.

Tradução de Gente para Gente
Inspirado pela 30ª Conferência sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontece em Belém (PA), em novembro, o Seminário está alinhado aos “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, estipulados pela Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

A coordenadora da Fale, Charlene Miotti, destaca que, em um mundo onde, por questões sociais e climáticas, a migração é cada vez mais comum, a tradução e a interpretação profissionais, além de uma forma de acesso ao conhecimento produzido ao redor do mundo, são também meios de viabilizar a comunicação necessária entre pessoas de diferentes valores, vivências, culturas e necessidades.

“Um exemplo prático de como tradutores atuam na construção da cidadania global é o serviço de tradução de documentos, diplomas e outros textos que garantem ao imigrante direitos básicos em seu novo contexto. Além disso, pensemos nos intérpretes de Libras: É um trabalho fundamental no processo de inclusão das pessoas surdas no que chamamos de bens imateriais: conhecimento, arte e lazer.” 

Charlene adiciona ainda que a preocupação da Faculdade de Letras em formar profissionais humanos é o cerne da ideia de uma “tradução de gente para gente”. Pois, apesar do avanço das inteligências artificiais utilizadas para tradução, a interpretação humana, segundo ela, “é imprescindível, por sua capacidade criativa e atenta a dados extratextuais que possibilitam, além da leitura de um mundo complexo, uma tradução humanística capaz de promover paz, diversidade e inclusão”.

A programação completa já está disponível no site da Fale.

Outras informações
coord.letrasbacharelado@ufjf.br