Professora Yolanda Guerra (à direita na foto), da UFRJ, autora do livro “A Instrumentalidade do Serviço Social”, foi homenageada no evento (Foto: Rodrigo Teixeira)

Teve início nesta quinta-feira, 3, o Seminário Internacional “30 anos de Instrumentalidade do Serviço Social: histórico e legado”. O evento, que está sendo realizado no Centro de Ciências da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), marca os cem anos dos serviços sociais na América Latina e busca discutir a história, o legado e os desafios da área no Brasil e no mundo. A iniciativa ainda comemora os 30 anos do livro “A Instrumentalidade do Serviço Social”, da professora Yolanda Guerra, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A mesa de abertura contou com o diretor da Faculdade de Serviço Social, Alexandre Arbia, e com a pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, Priscila Faria Pinto, ambos representando a UFJF. Também compuseram a mesa Ariane Paiva, da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (Abepss) – Leste; Ramiro Dulcich, da Associação Latino-Americana de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (Alaeits); Virgínia Alves Carrara, da Rede Ibero Americana de Investigação em Serviço Social, e Luciana Gonçalves Pereira de Paula, da comissão organizadora do evento.

O início contou com uma breve introdução ao trabalho de Yolanda Guerra, além de uma homenagem aos trabalhos feitos por ela ao longo de sua carreira. Após a abertura, a própria Yolanda foi a debatedora da mesa que teve a participação das palestrantes Cláudia Mônica dos Santos (UFJF) e Carmelita Yazbek (PUC-SP), essa de forma on-line, sobre a instrumentalidade na história.

Seminário, que acontece no Centro de Ciências, teve inscrições on-line e presenciais esgotadas e reúne graduandos, pós-graduandos e profissionais de diversos cursos e áreas, muitos deles estrangeiros (Foto: Rodrigo Teixeira)

“Hoje temos a confirmação de que esse livro da professora Yolanda alcança um patamar inédito e é de uma importância imprescindível para o debate nacional”, ressaltou Cláudia. Já Carmelita observou que o Serviço Social hoje se apresenta no Brasil como uma profissão relativamente consolidada. “Esse processo no mundo da produção vai voltar para uma tremenda reflexão teórica. A partir da década de 1990, a profissão avança e prende seus tentáculos. De repente, nos vemos diante da necessidade de entender o social contemporâneo, e de entender a realidade.”

Após o encerramento do debate, o público pôde conversar com Yolanda, que também autografou e assinou dedicatórias nos exemplares dos leitores. O seminário teve as inscrições on-line e presenciais esgotadas e reúne graduandos e pós-graduandos de diversos cursos, além de profissionais de múltiplas áreas, como Educação e Psicologia, muitos deles estrangeiros. 

Diretor da Faculdade de Serviço Social, Alexandre Arbia, compôs a mesa de abertura, ao lado de representantes da UFJF, da Abepss, da Alaeits e da Rede Ibero-Americana de Investigação em Serviço Social (Foto: Rodrigo Teixeira)

Integrante da comissão organizadora, Luciana de Paula, ressalta a importância da participação de acadêmicos estrangeiros nas discussões sobre o serviço social. “A gente pensa que fortalecer esse debate internacionalmente pode, no efeito contrário, nos fortalecer internamente. Vivemos um momento muito duro, de conservadorismo e reacionarismo, e essas parcerias internacionais são importantes para que a gente possa se fazer forte no Brasil.”

O evento continua nesta sexta-feira, 4, com mesas de debates. O encerramento acontece às 20h, com uma atividade cultural em comemoração aos 30 anos do livro de Yolanda Guerra.