Campanha sobre segurança da informação abordará um tema, como autenticação e vazamento de dados, a cada mês até junho

Você usa o nome de um familiar ou a data de nascimento como parte da senha para entrar em seu e-mail ou redes sociais? Essa pergunta até pode parecer  ultrapassada, devido à fragilidade da senha para impedir o acesso de hackers, mas ainda é comum encontrar essas combinações inseguras. E utiliza o mesmo conjunto de letras, símbolos e números para todos os serviços e dispositivos? Também há riscos… A recomendação é usar variações.

Esses são dois dos inúmeros alertas e orientações presentes na campanha nacional de conscientização sobre segurança da informação, promovida por universidades e institutos federais, incluindo a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). 

Coordenadora do CGCO, Patrícia Curvelo, integra colégio de gestores responsável pela campanha (Foto: Arquivo Pessoal)

De janeiro a junho deste ano, serão publicados, principalmente, nos perfis em redes sociais das instituições, materiais relacionados à segurança da informação. Em cada mês, será abordado um tema específico, desde senhas e vírus a compartilhamento de dados em redes sociais (veja abaixo). 

Os temas foram levantados entre os gestores de tecnologia da informação das instituições participantes do Colégio de Gestores de Tecnologia da Informação e Comunicação (CGTIC), da Andifes,  que é a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior. “Primeiro realizamos uma pesquisa aberta para sugestão de temas e depois votamos entre nós quais seriam os mais relevantes”, detalha Patrícia Curvelo, coordenadora do Centro de Gestão do Conhecimento Organizacional da UFJF (CGCO) e representante da instituição no Colégio . 

Responsabilidade compartilhada

Marcel de Toledo - pró-reitor de Sistemas e Dados

Responsabilidade pela segurança da informação deve ser compartilhada, conforme o pró-reitor Marcel Vieira (Foto: Carolina de Paula/UFJF)

Com o crescente número de ameaças cibernéticas e a importância da proteção de dados nas organizações, é essencial que todos os colaboradores estejam cientes dos riscos e das melhores práticas para manter um ambiente digital seguro. Daí a iniciativa ser intitulada  “Segurança no Elemento Humano”, por ter o foco em ações que os usuários podem tomar como prevenção.

“A segurança da informação não é apenas uma questão técnica, mas também uma responsabilidade compartilhada, e esperamos que essa campanha ajude a consolidar essa consciência e fortaleça a proteção dos dados da universidade”, reforça o pró-reitor de Sistemas de Dados e Avaliação, Marcel Vieira.

Ao aderir à campanha, a UFJF  “reforça seu compromisso em promover uma cultura de conscientização e responsabilidade digital entre a comunidade acadêmica”, acrescenta Vieira.

Mês a mês da campanha

Segurança aplicada a redes sociais será o foco da campanha em fevereiro

Em janeiro, a campanha irá apontar formas para tornar senhas e outros meios de autenticação mais fortes a fim de evitar fraudes no acesso a serviços e sistemas. 

Entre outras orientações, nesse tópico, o gestor de Segurança da Informação na UFJF, Rodrigo Duarte, indica “sempre utilizar senhas aleatórias, com tamanho de, pelo menos, dez caracteres variados, misturando numerais, símbolos, letras maiúsculas e minúsculas; evitar uso de palavras existentes em dicionários, mesmo que de outro idioma, datas ou nomes de pessoas”. Veja mais orientações abaixo. 

Em fevereiro, o foco será a segurança aplicada a redes sociais, quando serão abordadas questões sobre compartilhamento de informações e roubo de dados. No mês seguinte, o objetivo é apresentar aspectos sobre segurança em redes de computadores, para impedir acessos não autorizados. 

Já em abril, a campanha trará orientações para evitar vazamento de dados. Em maio, os alertas serão sobre proteção contra estratégias usadas por criminosos para obter informações sensíveis, como senhas e dados bancários. “Geralmente ofertas milagrosas escondem alguma fraude”, alerta Rodrigo Duarte.

No último mês da iniciativa, serão trabalhados aspectos sobre códigos maliciosos, como vírus, criados para infectar computadores e celulares a fim de causarem danos ou crimes. 

Acesso seguro

Especialista recomenda evitar usar palavras em senhas, mas sim uma combinação aleatória de números, símbolos e letras

Com base na temática da campanha, em janeiro, veja dez orientações para uma autenticação mais segura para acesso a serviços, dispositivos e redes sociais:

1 – Sempre utilizar senhas aleatórias e com tamanho de pelo menos dez caracteres variados, misturando numerais, símbolos, letras maiúsculas e minúsculas;

2 –  Evitar uso de palavras existentes em dicionários, mesmo que de outro idioma, datas ou nomes de pessoas;

3 – Não compartilhar suas senhas;

4 – Trocar as senhas regularmente e em casos de desconfiança de vazamento;

5 – Evitar deixar a senha anotada em papéis ou documentos do computador não criptografados;

6 – Evitar deixar a senha salva em navegadores ou aplicativos;

7 – Utilizar recursos de autenticação multifator sempre que disponíveis;

8 – Nunca trocar a senha através de links em aplicativos ou e-mails recebidos sem solicitação, o ideal é fazer a troca diretamente no site oficial do serviço ou aplicativo;

9 – Em caso de dúvidas sobre ligações ou e-mails, buscar, no site do fabricante ou prestador, informações sobre os canais oficiais de atendimento e verificar a autenticidade da solicitação;

10 – Nunca passar senhas por e-mail, aplicativos de mensagem ou ligação telefônica.

Outras informações
Projeto Segurança no Elemento Humano
ufjf.br/cgco

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