Projeto fez levantamento sobre as condições urbanas da cidade e a percepção de moradores, e agora pode resultar em parcerias e iniciativas de pesquisa e extensão (Foto: Alexandre Dornelas))

A comunidade acadêmica da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) acompanhou, nessa quarta-feira, 21, a apresentação do projeto “Territórios da Cidadania: promovendo a igualdade com integração de políticas públicas”. Realizado pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) e pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), o projeto agora pretende estimular a participação de pesquisadores, professores, estudantes e entidades da sociedade civil no enfrentamento dos desafios do contexto urbano local, por meio de parcerias, projetos de pesquisa e extensão.

Relatório foi entregue pelo secretário Martvs das Chagas ao reitor Marcus David (Foto: Alexandre Dornelas)

Sobre o “Territórios da Cidadania”, a prefeita Margarida Salomão explicou que “trata-se de conhecer ativamente, com a participação dos moradores, quais são os problemas enfrentados e qual é a percepção que eles têm do território, especialmente em relação às questões sociais”. O levantamento foi liderado pela Secretaria de Planejamento do Território e Participação Popular (Seppop) e realizado por meio de um Mapa Rápido Participativo (MRP) com a coleta de dados primários sobre as condições urbanas. 

Além disso, foi feito um perfil econômico, a partir de uma pesquisa domiciliar para compreender as principais características demográficas e socioeconômicas da população. A metodologia foi aplicada em 139 territórios de vulnerabilidade em Juiz de Fora, bem como nos dois distritos rurais (Sarandira e Caetés). “A pesquisa contou com o apoio dos moradores e moradoras dos territórios, permitindo que participassem dessa transformação em suas próprias comunidades”, destacou o secretário da Seppop, Martvs das Chagas.

A prefeita Margarida Salomão comentou sobre a importância de ouvir as demandas da população sobre o território (Foto: Carolina de Paula)

O reitor da UFJF, Marcus David, destacou o interesse pelo tema por parte de diversas unidades acadêmicas presentes no evento, e a importância em se obter “dados concretos sobre a realidade de territórios muitas vezes negligenciados por políticas públicas”. A apresentação ocorreu no Anfiteatro das Pró-Reitorias, e foi organizada pela Pró-Reitoria de Extensão (Proex), em parceria com a PJF e a ONU-Habitat.

Criação de observatório

A oficial nacional da ONU-Habitat para o Brasil, Rayne Ferretti Moraes, destacou que a apresentação dos dados marca também o início da segunda fase do projeto, que consiste na criação de um observatório de políticas públicas para o município de Juiz de Fora. “A proposta é que esse órgão seja capaz de produzir e analisar dados de diferentes temas.”

Segundo ela, a construção do observatório envolve três etapas principais: a criação do modelo de apresentação, por exemplo, um site em formato interativo; a definição da matriz de indicadores a serem monitorados; e por fim, os trabalhos gerados a partir desses dados como artigos, infográficos e outros conteúdos para a sociedade.

Participação acadêmica

Professores, alunos, conselheiros e entidades da sociedade civil compareceram à cerimônia interessados na possibilidade de discutir e desenvolver novas pesquisas que impactem diretamente a sociedade. O aluno do curso de Ciências Sociais, Lucas David, viu no evento a oportunidade de aprofundar seus estudos, em diálogo com sua formação prévia como técnico de edificações e engenharia de produção.

“O tema de políticas habitacionais tem muito me interessado, tanto o histórico como as políticas que já tiveram bons resultados. Estar aqui hoje é uma oportunidade de dar continuidade no meu desejo de conseguir desenvolver algo interessante para o nosso município”, ressaltou Lucas David.

Segundo a pró-reitora de Extensão, Ana Lívia Coimbra, a aproximação da comunidade acadêmica da realidade e dos desafios apresentados pelo município podem estimular o desenvolvimento de novos projetos na instituição. “Neste contexto de curricularização da extensão é um benefício muito grande para a Universidade, já que capacitamos os nossos estudantes através do contato e da realização de ações na realidade, a partir das demandas sociais”, encerra a pró-reitora.

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