Energia elétrica do campus e de outros espaços será monitorada para avaliar oportunidades de melhorias (Foto: Daiane Ferreira)

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) criou uma Comissão Permanente de Gestão de Energia (CPGEN), que irá identificar oportunidades para melhorar o desempenho energético nas instalações físicas da instituição. As medidas visam a redução de custos a partir da adequação de processos, modernização de equipamentos e conforto ambiental dos usuários.

De acordo com o presidente da CPGEN, o engenheiro eletricista Vagner Vieira Reis, a primeira etapa é compreender o uso da energia na instituição. A ideia é instalar equipamentos para monitoramento nas edificações como forma de levantar dados de consumo e curvas de cargas. De posse desses dados, será possível propor ações – seja por meio de campanhas de sensibilização da comunidade acadêmica ou de investimentos na infraestrutura física da instituição. 

Ainda segundo Reis, quando se fala em eficiência energética, é preciso associar os dados sobre os custos de energia da UFJF com a qualidade do uso final da energia. Só assim é possível ter uma avaliação adequada se há oportunidades de redução de custos.

A equipe que irá compor a comissão foi nomeada pelo reitor da UFJF, Marcus David, e terá a responsabilidade de adotar as recomendações previstas no decreto Nº 10.779, de 25 agosto de 2021, onde são estabelecidas medidas para a redução do consumo de energia elétrica no âmbito da administração pública federal. Além disso, a CPGEN irá incentivar as boas práticas de gestão e assessorar a Administração Superior nas questões relacionadas ao tema. As medidas serão aplicadas em todos os espaços pertencentes à UFJF, em Juiz de Fora e Governador Valadares.

Na primeira reunião realizada pela comissão este mês foram definidas as diretrizes iniciais e a implementação de grupos temáticos de trabalho, entre eles, o de arquitetura. De acordo com a arquiteta Daniella Ongaro, o objetivo é contribuir com estudos e diagnósticos do ambiente construído universitário, com foco no levantamento e análise dos elementos construtivos, funcionais e de implantação das edificações que influenciam o desempenho energético. 

Segundo o presidente da Comissão, os resultados são esperados a médio e longo prazo, a partir das campanhas de conscientização e da captação de recursos financeiros para medidas de eficiência energética que demandem maior disponibilidade orçamentária. “A eficiência energética faz parte da agenda para o desenvolvimento sustentável do planeta. Dessa forma, os membros da comissão esperam apoio tanto dos gestores como dos usuários em geral da Universidade”, destaca Reis.