Momento de celebração para mais de cem formandos que colaram grau na noite de segunda, 10 (Foto: Alexandre Dornelas)

Sorrisos, abraços apertados, capelos para o alto e aquela certeza de ter concluído o ensino superior em uma instituição democrática, diversa, pública e de qualidade. Esses foram os sentimentos presentes durante a cerimônia de colação de grau dos mais de cem formandos dos cursos de Jornalismo, Rádio, TV e Internet (RTVI), Farmácia, Enfermagem e Odontologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Veja aqui o álbum de fotos da cerimônia.

A solenidade, realizada na última segunda-feira, 10, no Cine-Theatro Central, foi marcada pela presença de alunos engajados e em busca de novos sonhos, seja continuando os  estudos na pós-graduação ou desbravando o mercado de trabalho. Segundo o reitor, Marcus Vinicius David, a UFJF se orgulha em apresentar os recém-formados à sociedade. “Temos a grande certeza do trabalho zeloso que realizamos no processo de ensino desses novos profissionais. Destaco dois indicadores recentes: a avaliação nacional do ensino superior e a avaliação da pós-graduação, em que os cursos de graduação e pós-graduação receberam resultados significativos. Mas, mais que isso, a universidade pública se destaca por ser a principal fonte de conhecimento do país”, destacou o reitor.

Marcus David ainda fez um panorama no ensino superior público e dos ataques sofridos em busca de manchar a imagem das instituições públicas. “Não existe nenhuma nação desenvolvida no mundo sem uma rede de universidades que atende a milhões de estudantes e produzem pesquisas. Esse patrimônio é decisivo para melhorar o nosso país. Ele é um patrimônio que vale a pena defender. A universidade pública age como forte vetor de transformação social.”

Abraçando as oportunidades

Oradora da cerimônia, a estudante parafraseou Gabriel García Márquez para falar das mudanças e adversidades impostas durante a graduação (Foto: Alexandre Dornelas)

A oradora do curso de RTVI, Ana Julia Silvino, ressaltou que mesmo diante das adversidades da pandemia, os formandos mostraram resiliência e determinação para defender a universidade pública, produzindo ciência e indo às ruas. “Tivemos que aprender a ser flexíveis, a abraçar as mudanças e encarar os desafios que surgiram diante de nós. Saíremos daqui com a sensação de dever cumprido e com a certeza de que somos merecedores de todo o sucesso que teremos daqui pra frente. Parafraseando Gabriel García Márquez: ‘A vida é uma sucessão contínua de oportunidades’. Então, agora só nos cabe abraçá-las.”

Uma “Bella” surpresa

A graduação é geralmente uma etapa de mudanças, mas, para a formanda de Enfermagem, Jéssica Teutschbein, significaram, de fato, uma nova vida. A gravidez da filha Bella, ao final do curso, fez com que a estudante se desdobrasse entre a vida acadêmica e os desafios da maternidade.

“Engravidei no oitavo período, fase em que realizamos os estágios obrigatórios, e, mesmo com uma bebê de um mês, decidi que iria continuar. Corria para casa, tirava leite para guardar para ela e voltava para a faculdade.” Segundo Jéssica, a conclusão do curso só foi possível pelo apoio dos professores, garantindo que ela pudesse cuidar e amamentar a filha.

A formanda Jéssica, com a filha Bella, e a mãe, comemoraram muito a conquista do diploma superior (Foto: Carolina de Paula)

A mãe da formanda, Lilian de Oliveira, segurava a neta emocionada em frente ao teatro e lembrou dos desafios enfrentados pela filha. “Eu ficava em casa preocupada por ela estar frequentando hospitais, logo após o período de pandemia. Depois que a Bella nasceu, a preocupação aumentou, com medo que Jéssica tivesse contato com vírus e bactérias e levasse para a neném. Ela é muito guerreira e no final deu tudo certo”, se emociona.

Alegria

Árina, com o sorriso radiante, é a primeira da família a se formar em uma universidade (Foto: Carolina de Paula)

Árina Oliveira Reis da Paixão, formanda do curso de Farmácia, traz o sorriso que condiz com o significado do seu nome: “Alegria”, em hebraico. Aprovada pelo grupo D – para pessoas pretas, pardas e indígenas que estudaram em escola pública -, a estudante foi a primeira da família a conquistar um diploma por uma universidade pública, gratuita e de qualidade. O sonho da formanda é ser perita criminal, e descobriu que se graduar em Farmácia abriria as possibilidades de trabalhar na carreira. “Foram seis anos e meio de muita luta, garra e noites sem dormir. Vou levar para sempre os amigos, pois eles são para vida toda”, relembra Árina sobre o curso.

Natural de Itabira, Matheus Costa fez amigos e conseguiu aproveitar as oportunidades da UFJF (Foto: Carolina de Paula)

As lembranças da faculdade também são destacadas formando em Odontologia, Matheus Silva Costa, que veio de Itabira (MG). “São muitas recordações, sobretudo, do aprendizado, dos professores, amigos e, o mais importante, do esforço da minha família para que tudo isso pudesse acontecer.”

Para o futuro, pretende seguir carreira docente e se tornar professor universitário. “Venham de cabeça aberta. A Universidade tem muito a oferecer. Aproveitem todas as oportunidades, não só a graduação, mas os projetos de extensão, pesquisa e tudo aquilo que a UFJF carrega através do tripé universitário”, finaliza, aconselhando os futuros calouros sobre as oportunidades que a UFJF oferece.

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