intercambistas ufjf 2023 - Foto Alexandre Dornelas UFJF

Parte dos 29 intercambistas estrangeiros que ingressam na UFJF neste semestre (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

O mundo se encontra na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) com a chegada de 29 estudantes estrangeiros de graduação e pós-graduação que iniciaram nesta segunda-feira, 13, o semestre letivo. Antes de seguirem para as salas de aula, representantes de quatro continentes, vindos de 19 países, como Bolívia, França, Japão e Senegal, se reuniram para receberem as boas-vindas da instituição, por meio do evento “Orientation Day”, organizado pela Diretoria de Relações Internacionais da UFJF

Livonia dos Santos Araújo da Luz, intercambista de Timor Leste - Foto Alexandre Dornelas UFJF

Livonia Araújo veio de Timor Leste para o mestrado em Linguística (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

Nesta edição, um destaque é a vinda de quatro estudantes de países que têm o português como língua oficial. São originários de Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique e Timor Leste. A timorense Livonia Araújo da Luz disse estar empolgada com o início do mestrado em Linguística, área em que é graduada no seu país de origem. Mesmo antes de pisar em solo brasileiro, ela já se encantava com a variedade de sotaques do Brasil em contraste com as 18 línguas de Timor, sendo tétum e português as duas oficiais. 

Um dos objetivos da entrada dos estudantes é justamente que eles tenham contato com um ambiente multicultural, conforme o diretor de Relações Internacionais, Anderson Bastos Martins. “Ficamos satisfeitos porque retomamos o circuito da mobilidade. Aos poucos, vamos recuperando nossa capacidade de atrair estudantes. Temos pessoas de diversos países, de realidades locais muito diferentes, e elas se encontram aqui. Tentamos criar condições para que compartilhem essas vivências e assim aprendam não só com a Universidade, mas com essa experiência internacional. Encontrarão a cultura brasileira e várias outras.”  

Dos 29 estudantes, 13 são intercambistas de graduação e 16 de pós-graduação, sendo 11 de mestrado e 5 de doutorado. Os novos integrantes universitários vêm por meio de três programas: o Programa Incoming da UFJF; o Programa de Estudantes – Convênio de Graduação (PEC-G); e o Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras (GCub-Mob). Pelo intercâmbio de curta duração, os alunos podem cursar disciplinas de qualquer faculdade ou instituto local que desejarem durante um ou dois semestres. Por meio do PEC-G, os estrangeiros fazem o curso completo. 

Belphon Linardy Bahm Kiminu, intercambista da República do Congo - Foto Alexandre Dornelas UFJF

Daqui a 5 anos, o congolês Belphon Kiminu quer obter o diploma em Engenharia Elétrica – Sistemas Eletrônicos, todo pela UFJF (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

Esse é o caso de Belphon Kiminu, da República do Congo, matriculado em Engenharia – Sistemas Eletrônicos. Será a realização de um sonho para ele ser o primeiro engenheiro na família e ter o diploma, no Brasil, ao considerar a qualidade da graduação na UFJF e a diversidade cultural brasileira. “Aqui temos um pouquinho da África, um pouquinho da Europa e vários sotaques”, afirma o estudante que já está no país, há cerca de um ano – período em que obteve a proficiência em Língua Portuguesa, em Santa Catarina, exigida para graduação via acordo PEC-G. 

A música brasileira, em especial a bossa nova, e a capacidade de a arte ser um instrumento para auxiliar as pessoas inspiraram o colombiano Juan David Devia a vir ao Brasil. Mas o principal interesse, conforme o estudante, foi poder aprender português. “É uma língua muito bonita! Qual a melhor forma de estudar um idioma? Estando no país”. Antes de vir, para treinar a língua falada nestas terras, assistia à série brasileira “3%”. O intercambista deseja empregar artes e design para auxiliar as pessoas a dizerem o que pretendem. “Você pode escrever, gravar, pintar e isso as ajuda a crescer”, explica Devia, originário da Universidad Santo Tomás, em Cali, no Sudeste colombiano.

A arquitetura de Oscar Niemeyer (1907-2012), por sua vez, foi um dos pontos que despertou a atenção de Sergio Medjí, de Guiné-Bissau, novo estudante de Arquitetura e Urbanismo da UFJF. Encantou-se com as obras, em Brasília, e com a possibilidade de ensino em Juiz de Fora, após a recomendação de um brasileiro a um irmão dele ao considerar a cidade tranquila. 

Sergio Aseko Edú Medjí - Guiné Equatorial - Foto - Alexandre Dornelas UFJF

Os traços de Oscar Niemeyer inspiraram Sergio Medjí, da Guiné Equatorial, a escolher Arquitetura e Urbanismo na UFJF (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

Orientation Day
No evento de recepção, estudantes receberam orientações sobre documentação, traços da cultura brasileira, serviços e benefícios oferecidos pela Universidade, além de conhecerem possibilidades de se engajarem em projetos de extensão e de empreendedorismo.

Este é um momento para os estudantes se integrarem. “A DRI oferece um suporte para facilitar a adaptação deles à cultura brasileira e para que consigam navegar com menos dificuldade pela burocracia, que está toda em português”, explica o gerente de Acordos e Incoming, Hugo Rocha. As atividades incluíram ainda almoço no Restaurante Universitário. 

intercambistas estrangeiros ufjf 2023 - Foto Alexandre Dornelas UFJF

Em pé: Delphin Manga (Senegal), Sergio Medjí (Guiné-Equatorial), Cristal Nieves (Porto Rico), Carolina Soto (Porto Rico), Lotte Paauw (Países Baixos), Yumi Kim (Coreia do Sul) e Améla Pawlaczyk (França); sentados: Amal Bachabi (Benin), Livonia Araújo da Luz (Timor Leste), Moe Sasaki (Japão), Belphon Kiminu (República do Congo), Joan Rodriguez (Colômbia) e Juan Devia (Colômbia)  (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

Projeto Buddy
Os estudantes intercambistas recebem apoio de voluntários que pode fazer toda a diferença na estadia deles. Por meio do Projeto Buddy, auxiliam na escolha de moradia, tiram dúvidas sobre procedimentos na UFJF, como a forma de obter a carteirinha de identificação universitária, e também colaboram na escolha de atividades culturais e viagens. Os integrantes já se organizaram para, nos próximos dias, levarem os estrangeiros para conhecerem o campus e a cidade, através de Campus Tour e City Tour. 

A estudante de Letras Sâmara Stella está em sua primeira experiência como buddy – termo em inglês para camarada, companheiro, chapa. Sâmara tem auxiliado a estudante Yumi Kim, da Coreia do Sul, na obtenção de documentos, na solicitação de carteirinha da UFJF e na indicação de moradia. 

“Gosto muito dessa troca de conhecimento, dessa experiência de conhecer novas culturas e de falar da cultura brasileira. Achei uma boa oportunidade”, afirma a universitária local que também pode praticar ensinamentos de Tradução, a habilitação escolhida por ela em Letras.

Para este semestre letivo o Projeto Buddy não recebe mais inscrições. Novas oportunidades são abertas cerca de um mês antes do início de cada período. Para mais informações, acesse o perfil no Instagram: projetobuddy

Origem dos estudantes

Origem 29 estudantes intercambistas estrangeiros da UFJF em 2023

Outras informações
Diretoria de Relações Internacionais: ufjf.br/internationaloffice
Projeto Buddy: instagram.com/projetobuddy

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