Indispensável no combate à pandemia de Covid-19, o Instituto de Ciências Biológicas (ICB) celebrou, na noite dessa quinta-feira, 3, a continuidade da gestão em cerimônia de recondução do professor Lyderson Facio Viccini e de posse da professora Pâmela Gerheim, como vice-diretora. 

Lyderson, que terá como vice a professora Pâmela Gerheim, destacou desafios enfrentados no primeiro mandato, durante a pandemia, e mostrou otimismo em novos tempos (Foto – Alexandre Dornelas/UFJF)

“Termino o meu primeiro mandato e divido com alguns colegas as dificuldades enfrentadas nesses quatro anos. Assumimos a direção do ICB no final de 2018 e, no ano seguinte, fizemos uma série de tentativas na reorganização da unidade, como organização financeira, entre outras ações. Mas fomos acometidos pela pandemia e isso fez com que, diante de todo o desafio de uma gestão em uma instituição pública, em um momento financeiro muito complicado, tivéssemos que nos reinventar.” Durante o primeiro mandato, Viccini teve ao seu lado como vice-diretor, o professor Gilson Costa Macedo.

O diretor eleito destacou, ainda, a importante parceria instituída entre o ICB e a Faculdade de Farmácia, responsável por grande parcela de realização dos testes de Covid na cidade de Juiz de Fora. “O ICB exerceu naquele momento a função que a gente espera de uma universidade pública. Em um momento em que a sociedade brasileira precisou, estávamos presentes. Posso afirmar, com toda a segurança, que a UFJF exerceu papel diferenciado no combate à pandemia na região”. O instituto foi, também, uma das primeiras unidades acadêmicas a receber os alunos após a suspensão temporária das atividades presenciais. “A direção teve que desenhar todo o processo do Ensino Remoto Emergencial (ERE), colocá-lo em prática e, posteriormente, trabalhar para o retorno das atividades presenciais. Foi uma grande responsabilidade”.

O reitor da UFJF, Marcus David, discursou pela primeira vez publicamente após as eleições, e fez questão de comentar sobre o novo momento político que se inicia no país. “Sem dúvida, novas expectativas estão sendo criadas e nos enchem de esperança. Diria que, sob uma análise econômica, não há nem como sermos muito otimistas. Mas a grande transformação que vai ocorrer é que passaremos a ter canais de diálogo com um governo que reconhece a importância da universidade, da ciência e da tecnologia. É por isso que digo aos professores Lyderson e Pâmela: existe a esperança de vivermos tempos melhores”.

Viccini usou os versos da canção “Novo Tempo”, do compositor e cantor Ivan Lins, para encerrar sua fala. “Espero que essa brisa suave que começa a nos tocar possa embalar a viagem da universidade brasileira para momentos em que a interlocução seja mais possível. Essa história que começa agora não termina daqui a quatro anos. A ideia do plano diretor deve ser transformar aquilo que acreditamos em políticas de Estado, algumas de médio, outras de longo prazo. Somos todos passageiros. O importante, então, é construir o caminho para aqueles que virão depois de nós”, salientou.

Para fechar o evento diante das novas expectativas de mudanças, a técnica-administrativa do ICB, Priscila Martins, e o músico Gustavo Coutinho encerraram a noite cantando, entre outras músicas, “Amanhã”, composição de Guilherme Arantes, e “Imagine”, de John Lennon.